Times de que Gostamos: Portsmouth 2007-2008
Portsmouth, que, em 2007-2008, sob o comando de Harry Redknapp, conquistou a FA
Cup, chegando à UEFA Cup do ano seguinte.
Glen Johnson, Sol Campbell, Distin, Hreiðarsson; Papa Bouba Diop (Lass Diarra),
Pedro Mendes, Muntari, Kranjcar; Utaka e Kanu (Defoe). Téc.: Harry Redknapp
distante dos holofotes que o cercaram em meados da última década, o Portsmouth
vive sob as sombras de seus sucessos. Mas o que aconteceu, exatamente? Elevado
à Premier League pelo treinador Harry Redknapp, o clube fez, entre 2003-2004 e
2005-2006, campanhas ruins, mas conseguiu se manter na elite.
2006, o magnata Alexandre Gaydamak chegou ao clube com intenções ambiciosas.
Dono do time, o empresário passou a emprestar dinheiro à equipe, financiando
contratações caras e o pagamento de vultuosos salários. Foi assim que o clube
conseguiu alçar voos altos e o título da FA Cup. Não obstante, veio a crise
mundial e, se dizendo em complicações financeiras geradas com a recessão,
decidiu vender o clube, atolado em dívidas de empréstimos e impostos (que seriam posteriormente descobertas).
torcedor do Pompey, viveu dias
inesquecíveis em meio aos anos 2000, mormente, entre as temporadas 2006-2007 e
2008-2009. Em meio a esses anos, veio o título da FA Cup, muito lembrado pelo
fato de o Portsmouth ter eliminado o Manchester United, de Cristiano Ronaldo, Wayne
Rooney e Carlos Tévez, em um jogo maluco, que contou com lesão de Edwin van der
Sar, expulsão de Tomasz Kuszczak – seu reserva –, terminando com Rio Ferdinand
no gol.
também fez boa campanha, ficando em 8º lugar.
experiente David James (foto). Embora não fosse um goleiro espetacular, era
considerado por muitos o melhor goleiro inglês da época. Contratado junto ao
Manchester City, chegou ao clube com 36 anos, mas ainda conseguiu destaque,
defendendo a Seleção Inglesa na Copa do Mundo de 2010. Na campanha da FA Cup, em
seis jogos, ajudou a equipe a manter cinco clean
sheets, sofrendo um único gol, contra o Plymouth Angle.
fracassar no Chelsea, o jovem Glen Johnson (foto) finalmente despontava como a
referência inglesa de sua posição. Na temporada, o ala disputou 39 jogos,
marcou um gol e proveu cinco assistências. Pelo flanco contrário, o titular foi
o islandês Hermann Hreiðarsson. Mais afeito às funções de defesa, era muito
importante para o balanço defensivo da equipe, que, habitualmente, tendia a
atuar mais pelo lado destro. Era também peça importante no elenco, uma vez que
podia atuar como zagueiro.
fortes da sexta melhor defesa da Premier League 2006-2007. Do lado direto, havia toda
a experiência de Sol Campbell (foto), ídolo do Arsenal e capitão da equipe. Se já não
tinha a explosão física do auge de sua carreira, o beque ainda conservava um
senso de posicionamento apuradíssimo e importante força nas bolas aéreas. Do
lado esquerdo, o titular era Sylvain Distin. Zagueiro de enorme força física, o francês
detinha, à época, velocidade, encaixando-se bem com Campbell e ajudando-o no jogo
aéreo.
primeiro gol da Copa do Mundo de 2002, o senegalês Papa Bouba Diop era o
primeiro jogador do meio-campo do Portsmouth. Atleta de enorme força, era
conhecido como The Wardrobe (“O Armário”)
e também era opção para a zaga. Apesar de sua enorme força defensiva, também tinha
como um de seus trunfos potentes finalizações de média distância. Quem atuou
muitas vezes em sua ausência foi Lass Diarra, ex-Chelsea e que mais tarde
defenderia o Real Madrid.
atuavam o português Pedro Mendes, mais à direita, e o ganense Sulley Muntari (foto),
pelo lado esquerdo. Bom construtor de jogo e passador, o primeiro era quem
melhor cadenciava e distribuía o jogo. Por outro lado, com enorme vitalidade, Muntari
era o “motorzinho” do time. Se não tinha a calma de Pedro Mendes, tinha muita
velocidade e uma capacidade pulmonar absurda.
atacantes, o talentoso meio-campo croata Niko Kranjcar (foto) era o maestro do time.
Com grande visão de jogo e jogando sempre com elegância, o atleta era o jogador
de maiores qualidades do time. Em 42 jogos, marcou cinco gols e proveu seis
assistências. Embora fosse muito técnico, tinha um grande problema: a
instabilidade, que o fazia passar, por vezes, despercebido.
O ataque, que tinha muitas opções
de qualidade, foi normalmente composto por uma dupla de nigerianos. Por um
lado, havia a velocidade e grande movimentação de John Utaka, que muito
contribuía para o brilho da maior estrela da equipe, o centroavante Nwankwo
Kanu (foto). Apesar da idade avançada e da falta de condições físicas ideais (sofreu,
inclusive, um problema cardíaco durante a carreira), o atacante ainda tinha
total conhecimento da grande área adversária.
opções de grande qualidade, sobretudo Milan Baros, que sofreu o pênalti responsável
pela vitória do Portsmouth contra o Manchester United e deu a assistência para
o gol de Kanu, na semifinal, e Jermain Defoe, que não pôde disputar a FA Cup (já
havia disputado pelo Tottenham, mas marcou gols importantes na Premier League).
estava a identificação do treinador Harry Redknapp (foto), que chegou ao
clube como diretor de futebol, mas, rapidamente, assumiu o comando da equipe,
conduziu-a à Premier League e – excetuando um brevíssimo período em que foi
dispensado – realizou um trabalho de seis anos. Além dos jogadores já citados,
o time contou, ainda, com a qualidade do polivalente Lauren, ex-Arsenal, dos
meio-campistas Sean Davis e Richard Hughes e do atacante David Nugent.
Diarra, Papa Bouba Diop, Muntari, Kranjcar (Hughes); Utaka (Lauren) e Kanu (Baros).
Téc.: Harry Redknapp
der Sar (Kuszczak); Brown, Vidic, Ferdinand, Evra; Hargreaves (Anderson),
Scholes, Nani, Cristiano Ronaldo; Rooney e Tévez (Carrick). Téc.: Alex Ferguson
Diarra, Papa Bouba Diop, Muntari, Kranjcar; Baros (Nugent), Kanu (Davis). Téc:
Harry Redknapp
Greening, Koren, Morrison (Brunt), Gera (Do-heon Kim); Bednar (Miller),
Phillips. Téc.: Tony Mowbray
Pedro Mendes (Papa Bouba Diop), Muntari, Kranjcar (Baros); Utaka (Nugent) e
Kanu. Téc.: Harry Redknapp
(Trevor Sinclair), McPhail, Wittingham (Aaron Ramsey); Hasselbaink (Thompson),
Parry. Téc.: Dave Jones
Era um time muito interessante mesmo, talvez se alguns jogadores fossem mais jovens, o time teria durado um pouco mais!
Esse time me marcou muito foda demais goleiro James tomando aquele golaço do Cristiano Ronaldo
Que saudade dessa época. Parece que foi ontem que o Portsmouth tinha montado esse timeço.