Times de que Gostamos: Real Betis 2004-2005
lembrança do excelente time do Zenit da temporada 2007-2008, treinado por Dick Advocaat e liderado no
campo por Andrey Arshavin, rememoro o ótimo time que o Real Betis teve na
temporada 2004-2005, recheado de jogadores brasileiros.
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Em pé: Benjamin, Arzu, Doblas, Juanito, Melli, Fernando Varela. Agachados: Pablo Niño, Ricardo Oliveira, Edu, Luis Fernández e Joaquín. |
Rivas (Fernando Varela), Luis Fernández; Marcos Assunção, Arzu; Joaquím, Edu,
Fernando (Denílson); Ricardo Oliveira. Téc. Lorenzo Serra Ferrer

clube tradicional, o Real Betis, rival local do Sevilla, não conquistou muitos
título em sua história. Na esfera nacional, Los Verdiblancos conquistaram três títulos, um Campeonato Espanhol,
na longínqua década de 40 e duas Copas del Rey, a primeira na década de 70 e a segunda
na temporada 2004-2005.
extremamente ofensivo, técnico e rápido, o Betis, abrilhantado pelo
talento brasileiro, fez uma temporada assaz consistente. No Campeonato
Espanhol, em dois duelos contra o Barcelona – campeão na referida temporada –
conquistou uma vitória e um empate. Contra o Villarreal, terceiro colocado,
também somou quatro pontos, mas, na competição, o momento mais importante foi a
vitória contra o rival Sevilla, na 35ª rodada, pois, além da vitória em si, o
Betis ultrapassou seu rival na tabela, conseguindo vaga nas eliminatórias da
UEFA Champions League da temporada seguinte.
temporada de extrema qualidade, em junho de 2005, após derrotar o Osasuña por
2×1, o clube levantou a Copa del Rey.

segurança, tendo sido muito importante na semifinais da Copa del Rey, quando, na disputa por pênaltis, defendeu as cobranças dos bascos do Athletic, Asier del Horno e Santiago
Ezquerro. De goleiro do time B, com as lesões dos experientes Toni Prats,
goleiro com mais de 250 partidas pelo clube, e Pedro Contreras, Doblas
firmou-se como titular da equipe. Entretanto, a queda de sua forma e a chegada
do português Ricardo reduziram suas possibilidades na equipe e, em 2008, ele
deixou o clube.

equipe, ajudando a dar liberdade para os meias, os titulares desempenhavam um papel muito
defensivo, restrito à marcação. Do lado direito, o espanhol Melli (foto), cria da base
do clube, era o titular, sendo também opção para a zaga. Durante o período em
que defendeu os Verderones,
representou a Seleção Espanhola nos escalões sub-16, 17, 19, 20 e 21 e envergou
a camisa do Betis em mais de 200 partidas. Pelo outro lado, na esquerda, a titularidade
cabia a Luis Fernández, que atuou por uma década no time andaluz. Além dos
dois, numa eventual necessidade de poder de ataque pelos flancos, o treinador
Serra Ferrer utilizava o meio-campista Fernando Varela pela faixa destra da
defesa.

miolo de zaga atuaram dois jogadores com muita força física e impressionante
qualidade no jogo aéreo. Juanito (foto), jogador que defendeu a Seleção Espanhola nas
UEFA Euro de 2004 e 2008 e na Copa do Mundo de 2006, tinha mais qualidade
técnica, tendo sido um dos grandes zagueiros espanhóis na primeira década do
século XXI. Em 12 anos de clube – entre o Betis B e o time principal – disputou
mais de 300 partidas. Seu companheiro, David Rivas, tinha menos refino técnico,
mas não menos eficiência. Formado no clube, passou mais de uma década na
equipe. Juanito e Rivas foram, durante longos anos, os principais capitães da
equipe.

equipe atuaram dois jogadores possuidores de características muito mais úteis à
construção de jogadas do que à destruição. O brasileiro Marcos Assunção (foto), famoso
por sua mortal capacidade nas cobranças de faltas, somou-se ao espanhol Arzu,
formando uma dupla muito técnica. O hispânico, que jogava mais recuado, é outro
jogador formado na base do Betis que disputou mais de 300 partidas pelo clube. Já
Marcos Assunção foi um dos principais esteios da equipe. Forte no controle do
meio-campo e na gestão da bola, era certeza de perigo em toda a bola parada de
ataque do clube alviverde.
clube atuava com três meias-atacantes com características distintas. Pelo lado
direito atuava Joaquín (foto), o jogador mais agudo da equipe. Talento nato e precoce,
o atleta, que é mais um formado no clube andaluz, disputou sua primeira Copa
do Mundo com 21 anos. Seus dribles e gols o transformaram num dos maiores
ídolos da equipe na história. Mais aberto pela faixa canhota, Fernando,
meio-campo formado no Real Madrid, era o responsável pela maior centralização e
armação das jogadas. Menos veloz que seus companheiros, era o mais cerebral. Por fim, Edu, brasileiro formado no São Paulo, completava o setor, sempre aproximando-se
do centroavante, sendo, muitas vezes, um segundo atacante.
ataque, o também brasileiro Ricardo Oliveira (foto) viveu uma de suas melhores fases
da carreira, senão a melhor. Recebendo munição de todos os lados, o
centroavante anotou 22 gols no Campeonato Espanhol (com um hat-trick
contra o Athletic Bilbao) e 26 no total, se firmando como o maior artilheiro
Bético na temporada. Não fosse uma
lesão grave nos ligamentos do joelho, Ricardo poderia ter conseguido um lugar
na Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 2006.

clube gerido por Serra Ferrer havia um bom leque de opções. Para o gol, o
clube tinha os já citados Toni Prats e Pedro Contreras; para a defesa, o competente
zagueiro uruguaio Alejandro Lembo; para a meia-cancha, Capi, Juanjo Cañas e Benjamín;
para o ataque, o brasileiro Denílson (foto), o experiente Alfonso Pérez e o explosivo Dani, autor de gols
importantes na temporada, dentre eles o do título da Copa del Rey.
Ficha técnica de
alguns jogos importantes nesse período:
Campeonato Espanhol: Betis 2×1 Barcelona
Ruiz de Lopera, Sevilha
Pérez Lasa
Ricardo Oliveira (Betis); Gerard (Barcelona)
Doblas; Melli, Juanito, David Rivas, Washington Tais; Marcos Assunção (Arzu),
Benjamín (Fernando), Cañas; Edu, Ricardo Oliveira, Joaquím (Alfonso). Téc.
Serra Ferrer
Valdés; Oleguer (Gerard), Puyol, Rafa Márquez, van Bronckhorst; Xavi (Iniesta),
Damiá, Deco; Giuly (Larsson), Eto’o, Ronaldinho. Téc. Frank Rijkaard
Campeonato Espanhol: Betis 1×0 Sevilla
Ruiz de Lopera, Sevilha
Pérez Lasa
Oliveira (Betis)
Doblas; Melli, Juanito, David Rivas, Luis Fernández; Marcos Assunção, Arzu;
Joaquín, Fernando (Benjamin), Denílson (Varela); Ricardo Oliveira (Dani). Téc.
Serra Ferrer
Notario; Daniel Alves, Sergio Ramos, David Prieto, David Castedo; Martí, Jordi López (Renato),
Jesús Navas, Adriano (Antoñito); Júlio Baptista e Darío Silva (Makukula). Téc.
Joaquín Caparrós
del Rey: Betis 2×1 Osasuña
Calderón, Madrid
Oliveira e ‘115 Dani (Betis); ’84 John
Aloisi (Osasuña)
Doblas; Melli, Juanito, Rivas (Lembo), Luis Fernández; Marcos Assunção, Arzu
(Varela); Joaquín, Edu (Dani), Fernando; Ricardo Oliveira. Téc. Serra Ferrer
Unai Expósito, Josexto, Cruchaga, Clavero; Pablo García, Puñal (David López),
Valdo, Delporte; Webó (John Aloisi) e Richard Morales (Savo Milosevic). Téc.
Javier Aguirre
Galooooo