Times de que Gostamos: PSG 1992-1994
Em pé: Fournier, Sassus, Ricardo Gomes, Le Guen, Lama, Roche. Agachados: Weah, Ginola, Colleter, Guérin, Valdo |
Lama; Sassus, Ricardo Gomes, Alain Roche (Antoine Kambouaré), Patrick Colleter;
Paul Le Guen, Laurent Fournier, Vincent Guérin, Valdo; George Weah e David
Ginola. Téc.: Artur Jorge
Francês e Copa da França
se tornou um importante acionista do clube, na década de 90, o Paris
Saint-Germain firmou-se como um dos mais vitoriosos clubes franceses. Com
grandes jogadores, vieram as conquistas. O investimento, que se iniciou em 1991, rendeu seus primeiros frutos logo na temporada seguinte. Por pouco, o sucesso
não foi ainda maior.
1992-1993, o clube voltou a ganhar a Copa da França – 10 anos após a última
conquista –, ficou com a segunda posição no Campeonato Francês (que, com o
escândalo de manipulação de resultados, terminou sem campeão, uma vez que o
Olympique Marseille foi destituído de sua glória e o PSG recusou-a) e fez
excelente campanha na Copa da UEFA, chegando às semifinais depois de alcançar
um inacreditável 4×1 contra o Real Madrid, que havia vencido a partida de ida
por 3×1.
seguinte, o sucesso foi ainda maior. Repetindo boa campanha em uma competição
continental – chegando às semifinais da UEFA Winner’s Cup e sendo eliminado
pelo Arsenal – conseguiu o título nacional e, com jogadores da qualidade do
brasileiro Valdo e do liberiano George Weah, montou uma de suas melhores
equipes da história. O ápice, veio em 1996, com o título da UEFA Winner’s Cup.
Goleiro baixo,
Bernard Lama (foto) tinha pouco mais de 1,80m, o que não o impediu de se confirmar
como um dos maiores goleiros da história do PSG, senão o maior. Dono de
invejável impulsão, grande agilidade e reflexos absurdos entra também na lista
dos maiores arqueiros da história do futebol francês. Ao todo, contabilizando
suas duas passagens pelo clube parisiense (1992-1997 e 1998-2000), disputou
aproximadamente 300 jogos. Em 1994, foi eleito o melhor jogador francês do ano,
pela revista France Football. Pela Seleção Francesa, jogou as Eurocopas de 1996 e 2000, além da Copa do Mundo de 1998.
direita, o clube contou com um jogador diferente, um verdadeiro personagem do
futebol. Jean-Luc Sassus (foto) chegou ao PSG já aos 30 anos e, na ponta dos cascos,
ganhou inclusive uma chance na Seleção Francesa. O que levou os holofotes ao
jogador foram suas decisões no início de carreira. Apelidado de “Gênio da
Matemática”, no ensino médio, relutou em assinar seu primeiro contrato
profissional de futebol e, quando o fez, continuou seus estudos. Levando em
conta as dificuldades do mundo do futebol, Sassus sempre entendeu que deveria
ter um “plano B”. E decidiu viver como na juventude, quando estudava e jogava
futebol, todavia, neste turno, ganhando – e muito bem – para jogar.
No flanco
oposto, Patrick Colleter era um jogador sem características que se sobressaíssem,
mas, contudo, sem deficiências aparentes. Em sua vitoriosa passagem pelo clube
parisiense, ficou muito lembrado como um jogador duro e impetuoso, sobretudo
por suas performances contra o Olympique de Marseille, grande rival do PSG.
Na zaga, o clube
da capital francesa tinha uma dupla (ou um trio), que além de ter sido
reverenciada pela sua grande qualidade defensiva, marcava muitos e importantes
gols. Os titulares, na maior parte do tempo, foram o brasileiro Ricardo Gomes (foto) e
o francês Alain Roche.
impressionante, boa técnica e grande liderança – apesar dos muitos problemas
físicos. Já o francês, que há época era presença certa em sua Seleção e veio
do rival Olympique, superou a desconfiança do torcedor e disputou mais de 200
jogos pelo time. Antoine Kambouaré, o terceiro elemento, era alternativa à Gomes e Roche, mas atuou muito e ficou notabilizado por marcar gols
importantes, normalmente no apagar das luzes, garantindo resultados
improváveis ao clube. Nas duas temporadas, os três defensores marcaram,
juntos, 19 gols.
marcação, Paul Le Guen (foto) e Laurent Fournier se tornaram jogadores icônicos no
clube. Tendo ambos disputado mais de 250 jogos, chegaram à Seleção
Francesa e ficaram marcados pela seriedade, aplicação tática e por terem sido
incansáveis, doando-se ao máximo pela liberdade dos jogadores de frente. Entre
2007 e 2009, Le Guen foi o treinador do clube parisiense.
Na criação, o
habilidoso e técnico Vincent Guérin (outro que vestiu a camisa de Les Bleus) dividiu espaço com o
brasileiro Valdo (foto). De características diferentes, compuseram uma dupla muito
interessante. Enquanto o francês tinha grande predileção pela condução da bola
e movimentação pelos lados do campo, Valdo frequentava, mormente, a faixa
central do campo, sempre com uma impressionante capacidade de distribuição de
bola, finalização e comprometimento – não à toa, jogou até os 40 anos.
ainda mais o jogo do esquadrão francês, David Ginola e George Weah (foto) formaram uma
dupla de frente fantástica. O primeiro era um daqueles jogadores que nos levam
a pensar como não obteve mais sucesso. Rápido, driblador, elegante e letal
finalizador, foi chamado de El Magnifico.
Um dos motivos para que não tenha conseguido maior sucesso foi uma falha no
jogo decisivo que culminou com a não-classificação da França para a Copa do
Mundo de 1994. Já Weah – único jogador africano a vencer o prêmio de melhor
jogador do mundo, em 1995 – tinha tudo o que um grande atacante precisa. Instinto,
grande habilidade, finalização apuradíssima, velocidade e explosão.
reservas, além do vitorioso treinador Artur Jorge – que chegou credenciado pelo
título da UEFA Champions League com o Porto – havia outros jogadores de
qualidade, sobretudo Raí (foto), que chegou em 1993 credenciado pelo bicampeonato da Copa Libertadores da América, com
o São Paulo, e rapidamente se tornaria ídolo da equipe. Além dele, vale ressaltar
o versátil Francis Llacer e o meia-atacante Daniel Bravo.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse
período:
Princes, Paris
’87 Valdo, ’90 Kombouaré (PSG); ’90 Zamorano (Real Madrid)
Germain), Ricardo Gomes, Kombouaré, Colleter; Paul Le Guen, Valdo, Vincent
Guérin; George Weah, A. Simba (Daniel Bravo), David Ginola. Téc.: Artur Jorge
Prosinecki, Luis Enrique (Alfonso); Butragueño (Villarroya) e Zamorano. Téc.:
Floro
Princes, Paris
Harrel
’59 Roche (PSG)
Colleter; Le Guen, Laurent Fournier, Vincent Guérin (Calderaro), Daniel Bravo
(Valdo); George Weah e David Ginola. Téc.: Artur Jorge
Guyot, Vulic, Le Dizet; Ferri, Claude Makelele, Ziani (Moreau), Pedros; Loko
(Lima) e Ouédec. Téc.: J. Suaudeau
Princes, Paris
Sundell
Bravo), Colleter; Le Guen, Fournier, Guérin , Valdo; George Weah e David
Ginola. Téc.: Artur Jorge
Winterburn; Jensen, Selley, Paul Davis (M. Keown); Alan Smith (K. Campbell),
Paul Merson e Ian Wright. Téc.: George Graham
Bordeaux
Princes, Paris
Jean-Marie Lartigot
(PSG); Sénac (Bordeaux)
Cobos, Llacer; Le Guen, Fournier, Guérin, Valdo (Daniel Bravo); George Weah e
David Ginola. Téc.: Artur Jorge
Daniel, Plancque, Vercruysse (Marcel Dib); Dugarry, Paille (Zinedine Zidane),
Fofana. Téc.: Rolland Courbis