Times de que Gostamos: Olympique de Marseille 1992-1993
Depois de falar
do organizado time do Basel da temporada 2011-2012, que revelou ao mundo a grande qualidade do meia suíço, Xherdan Shaqiri, trato do controverso,
mas indubitavelmente bom, time do Olympique de Marseille, da temporada
1992-1993.
do organizado time do Basel da temporada 2011-2012, que revelou ao mundo a grande qualidade do meia suíço, Xherdan Shaqiri, trato do controverso,
mas indubitavelmente bom, time do Olympique de Marseille, da temporada
1992-1993.
Em pé: F. Barthez, Sauzée, Desailly, R. Völler, Boli; Agachados: Angloma, Abedi Pelé, D. Deschamps, A. Boksic, Eydelie, Di Meco. |
Time: Oympique de Marseille
Período: 1992-1993
Time Base: F. Barthez;
Angloma, Casoni (Eydelie), Boli, Di Meco; M. Desailly, D. Deschamps, Franck
Sauzée, Abedi Pelé; Alen Boksic, Rudi Völler. Téc.: Jean Fernandez/Raymond
Goethals
Angloma, Casoni (Eydelie), Boli, Di Meco; M. Desailly, D. Deschamps, Franck
Sauzée, Abedi Pelé; Alen Boksic, Rudi Völler. Téc.: Jean Fernandez/Raymond
Goethals
Muitas vezes esquecido
por não ter enfrentado o São Paulo na Copa Intercontinental (jogo disputado
antes da efetivação do Mundial de Clubes da FIFA), o Olympique de Marselha é o
único clube francês que conquistou a UEFA Champions League na história.
Todavia, um escândalo totalmente desnecessário e, de certa forma, inexplicável,
manchou a conquista do clube, sua temporada e sua história.
por não ter enfrentado o São Paulo na Copa Intercontinental (jogo disputado
antes da efetivação do Mundial de Clubes da FIFA), o Olympique de Marselha é o
único clube francês que conquistou a UEFA Champions League na história.
Todavia, um escândalo totalmente desnecessário e, de certa forma, inexplicável,
manchou a conquista do clube, sua temporada e sua história.
Prestes a se
tornar campeão francês e às vésperas da disputa da final da UEFA Champions
League, agindo em nome da direção do Olympique, o meio-campista Jean-Jacques
Eydelie contatou três atletas do Valenciennes FC com a intenção de convencê-los
a fazer um jogo fácil e não machucar nenhum dos atletas do Marseille, às
vésperas da finalíssima continental. Detalhe, a vitória contra o Valenciennes
não era vital para a conquista do título, posto que apenas adiantaria o resultado final e
daria a oportunidade dos Phocéens pouparem
jogadores.
tornar campeão francês e às vésperas da disputa da final da UEFA Champions
League, agindo em nome da direção do Olympique, o meio-campista Jean-Jacques
Eydelie contatou três atletas do Valenciennes FC com a intenção de convencê-los
a fazer um jogo fácil e não machucar nenhum dos atletas do Marseille, às
vésperas da finalíssima continental. Detalhe, a vitória contra o Valenciennes
não era vital para a conquista do título, posto que apenas adiantaria o resultado final e
daria a oportunidade dos Phocéens pouparem
jogadores.
O resultado? Com
a delação de um dos jogadores do Valenciennes, o Marseille perdeu o título francês,
sofreu o rebaixamento para a segunda divisão nacional, perdeu o direito de disputar a
Copa Intercontinental, a UEFA Super Cup e também a UEFA Champions League
seguinte. Como consolo, a equipe manteve o título continental. Em decorrência
do escarcéu, o São Paulo enfrentou o Milan – vice-campeão europeu – em Tóquio,
no final do ano.
a delação de um dos jogadores do Valenciennes, o Marseille perdeu o título francês,
sofreu o rebaixamento para a segunda divisão nacional, perdeu o direito de disputar a
Copa Intercontinental, a UEFA Super Cup e também a UEFA Champions League
seguinte. Como consolo, a equipe manteve o título continental. Em decorrência
do escarcéu, o São Paulo enfrentou o Milan – vice-campeão europeu – em Tóquio,
no final do ano.
Apesar de tudo,
da vergonha e do vexame, algo não pode ser olvidado: a equipe do Olympique de
Marselha tinha reconhecida qualidade. Não por acaso, ao fim de suas carreiras,
quatro dos titulares possuíam o título da Copa do Mundo, Fabien Barthez, Didier
Deschamps e Marcel Desailly (com a França, em 1998) e Rudi Völler (pela Alemanha,
em 1990).
da vergonha e do vexame, algo não pode ser olvidado: a equipe do Olympique de
Marselha tinha reconhecida qualidade. Não por acaso, ao fim de suas carreiras,
quatro dos titulares possuíam o título da Copa do Mundo, Fabien Barthez, Didier
Deschamps e Marcel Desailly (com a França, em 1998) e Rudi Völler (pela Alemanha,
em 1990).
Defendendo a
meta marselhesa, Fabien Barthez (foto) era, apesar de jovem, uma das referências da
equipe. Revelado no Toulouse, chegou ao Olympique no início da temporada
1992-1993. Apesar de ser muito lembrado por algumas falhas clamorosas, o
arqueiro francês tinha ótimos reflexos e bom posicionamento. Depois da irrupção
do escândalo, apesar de ter recebido muitas propostas, seguiu na equipe até
1995, quando partiu para o Monaco. Após uma passagem mal sucedida pelo
Manchester United, retornou, em 2003, ao clube.
meta marselhesa, Fabien Barthez (foto) era, apesar de jovem, uma das referências da
equipe. Revelado no Toulouse, chegou ao Olympique no início da temporada
1992-1993. Apesar de ser muito lembrado por algumas falhas clamorosas, o
arqueiro francês tinha ótimos reflexos e bom posicionamento. Depois da irrupção
do escândalo, apesar de ter recebido muitas propostas, seguiu na equipe até
1995, quando partiu para o Monaco. Após uma passagem mal sucedida pelo
Manchester United, retornou, em 2003, ao clube.
Pela lateral
direita, o clube apostou em Jocelyn Angloma (foto), jogador que chegou em 1991 com a dura
missão de substituir o experiente Manuel Amoros, que disputou as Copas de 1982
e 1986 e que, já experiente, passou a ser opção eventual, ficando, na maior
parte do tempo, no banco de reservas. Rápido, bom no apoio e muito vigoroso, Angloma
deu conta do recado. Pela faixa canhota, o titular foi Éric Di Meco. Jogador muito aplicado e, por vezes, excessivamente viril, protagonizou muitas jogadas
violentas, durante sua carreira. Em eleição realizada em 2009, Amoros e Di Meco
foram eleitos para o Dream Team do
Olympique.
direita, o clube apostou em Jocelyn Angloma (foto), jogador que chegou em 1991 com a dura
missão de substituir o experiente Manuel Amoros, que disputou as Copas de 1982
e 1986 e que, já experiente, passou a ser opção eventual, ficando, na maior
parte do tempo, no banco de reservas. Rápido, bom no apoio e muito vigoroso, Angloma
deu conta do recado. Pela faixa canhota, o titular foi Éric Di Meco. Jogador muito aplicado e, por vezes, excessivamente viril, protagonizou muitas jogadas
violentas, durante sua carreira. Em eleição realizada em 2009, Amoros e Di Meco
foram eleitos para o Dream Team do
Olympique.
A zaga foi
formada por uma dupla de jogadores de características parecidas. De um lado, Marcel Desailly (foto). Do outro, Basile Boli. Fortes fisicamente, bons no
posicionamento e ótimos no jogo aéreo (apesar de nenhum dos dois ter grande
estatura, 1,83m para Desailly e 1,80m para Boli) os franceses, de origens
africanas, foram vitais para o sucesso do Marseille. Fosse impedindo, com muita
categoria, os ataques adversários, ou balançando as redes rivais, o desempenho
do duo foi de grande valia. Boli marcou o gol mais importante da história do
clube, o do título da UEFA Champions League. Ademais, ambos representaram em
muitas ocasiões a Seleção Francesa.
No meio-campo, atuaram três volantes com boa pegada e técnica.
Com eficaz chegada ao ataque, Franck Sauzée, tinha um chute formidável finalizando com frequência de média distância, e sendo eficiente cobrador de faltas e pênaltis. Para se ter uma ideia melhor do desempenho do jogador, na
temporada 1992-1993, marcou 18 gols. Também forte na marcação, Jean-Jacques
Eydelie, peça-chave no escândalo, era importante para a estrutura da equipe.
Completando o setor, Didier Deschamps (foto), atual treinador e ex-capitão da Seleção Francesa,
já exercia sua influência no Olympique, onde também foi o capitão. Bom passador,
era o esteio da equipe.
formada por uma dupla de jogadores de características parecidas. De um lado, Marcel Desailly (foto). Do outro, Basile Boli. Fortes fisicamente, bons no
posicionamento e ótimos no jogo aéreo (apesar de nenhum dos dois ter grande
estatura, 1,83m para Desailly e 1,80m para Boli) os franceses, de origens
africanas, foram vitais para o sucesso do Marseille. Fosse impedindo, com muita
categoria, os ataques adversários, ou balançando as redes rivais, o desempenho
do duo foi de grande valia. Boli marcou o gol mais importante da história do
clube, o do título da UEFA Champions League. Ademais, ambos representaram em
muitas ocasiões a Seleção Francesa.
No meio-campo, atuaram três volantes com boa pegada e técnica.
Com eficaz chegada ao ataque, Franck Sauzée, tinha um chute formidável finalizando com frequência de média distância, e sendo eficiente cobrador de faltas e pênaltis. Para se ter uma ideia melhor do desempenho do jogador, na
temporada 1992-1993, marcou 18 gols. Também forte na marcação, Jean-Jacques
Eydelie, peça-chave no escândalo, era importante para a estrutura da equipe.
Completando o setor, Didier Deschamps (foto), atual treinador e ex-capitão da Seleção Francesa,
já exercia sua influência no Olympique, onde também foi o capitão. Bom passador,
era o esteio da equipe.
Mais à frente,
desfilando dribles, desferindo precisos chutes de canhota e assombrando o
público com sua imprevisibilidade, Abedi Pelé (foto) era a peça que tornava o jogo da
equipe mais bonito e criativo. Sua rapidez de raciocínio proporcionou grandes
momentos ao torcedor marselhês. Considerado o terceiro maior jogador africano
de todos os tempos, o ganense foi eleito entre 1991-1993 o jogador africano do
ano. Atualmente, é mais lembrado por ser o pai de Jordan e André Ayew, jogadores da Seleção Ganesa.
desfilando dribles, desferindo precisos chutes de canhota e assombrando o
público com sua imprevisibilidade, Abedi Pelé (foto) era a peça que tornava o jogo da
equipe mais bonito e criativo. Sua rapidez de raciocínio proporcionou grandes
momentos ao torcedor marselhês. Considerado o terceiro maior jogador africano
de todos os tempos, o ganense foi eleito entre 1991-1993 o jogador africano do
ano. Atualmente, é mais lembrado por ser o pai de Jordan e André Ayew, jogadores da Seleção Ganesa.
Finalizando as
jogadas, a equipe dispunha de muito poder de fogo. Depois de perder Jean-Pierre
Papin, seu grande craque, o clube contratou os eficazes Alen Boksic e Rudi
Völler (foto). O primeiro, sérvio, foi o grande artilheiro da equipe na temporada.
Rápido e muito técnico, anotou 29 gols. Já seu parceiro, alemão e mais
experiente, se posicionava bem na área e se mantinha muito atento ao menor
deslize das defesas adversárias. Além disso, tinha excelente poder de
finalização, com atestaram seus 22 gols na temporada.
Na temporada, a
equipe foi treinada primeiro pelo francês Jean Fernandez, ex-jogador do clube,
e, posteriormente, pelo belga Raymond Goethals, extremamente vivido e experiente, e que, inclusive, chegou a treinar o São Paulo, na década de 80. Além disso,
alguns jogadores reservas tiveram importância na temporada, sobretudo o
multifuncional Bernard Casoni, e os meias Jean-Philippe Durand e Jean-Christophe
Thomas.
jogadas, a equipe dispunha de muito poder de fogo. Depois de perder Jean-Pierre
Papin, seu grande craque, o clube contratou os eficazes Alen Boksic e Rudi
Völler (foto). O primeiro, sérvio, foi o grande artilheiro da equipe na temporada.
Rápido e muito técnico, anotou 29 gols. Já seu parceiro, alemão e mais
experiente, se posicionava bem na área e se mantinha muito atento ao menor
deslize das defesas adversárias. Além disso, tinha excelente poder de
finalização, com atestaram seus 22 gols na temporada.
Na temporada, a
equipe foi treinada primeiro pelo francês Jean Fernandez, ex-jogador do clube,
e, posteriormente, pelo belga Raymond Goethals, extremamente vivido e experiente, e que, inclusive, chegou a treinar o São Paulo, na década de 80. Além disso,
alguns jogadores reservas tiveram importância na temporada, sobretudo o
multifuncional Bernard Casoni, e os meias Jean-Philippe Durand e Jean-Christophe
Thomas.
Ficha técnica de algumas partidas importantes nesse
período:
período:
Grupo A da UEFA Champions League: Olympique 3×0 Club
Brugge
Brugge
Estádio
Vélodrome, Marselha
Vélodrome, Marselha
Público 29.000
Gols: ‘4 Sauzée, ’10 e ’25
Boksic (Olympique)
Boksic (Olympique)
OM: Barthez; Angloma,
Casoni, Desailly, Di Meco; Eydelie (Jean-Philippe Durand), Deschamps, Thomas, Sauzée; Abedi Pelé, Alen
Boksic (Jean-Marc Ferreri). Téc.:
Raymond Goethals
Casoni, Desailly, Di Meco; Eydelie (Jean-Philippe Durand), Deschamps, Thomas, Sauzée; Abedi Pelé, Alen
Boksic (Jean-Marc Ferreri). Téc.:
Raymond Goethals
Club Brugge: Verlinden; Disztl, Plovie, Verspaille,
Borkelmans; van der Elst, Staelens, van der Heyden; Verheyen, Amokachi (Rudy
Cossey), Dziubinski. Téc.: Hugo Broos
Borkelmans; van der Elst, Staelens, van der Heyden; Verheyen, Amokachi (Rudy
Cossey), Dziubinski. Téc.: Hugo Broos
Grupo A da UEFA Champions League: Olympique 6×0 CSKA
Moscou
Moscou
Estádio
Vélodrome, Marselha
Vélodrome, Marselha
Árbitro: Serge
Muhmenthaler
Muhmenthaler
Público 30.000
Gols:’5, ’34 e ’49 Sauzée,
’43 A. Pelé, ’71 Ferreri e ’79 Desailly (Olympique)
’43 A. Pelé, ’71 Ferreri e ’79 Desailly (Olympique)
OM: Barthez;
Angloma, Boli, Desailly, Di Meco; Deschamps, Durand, Sauzée (Eydelie), A. Pelé;
A. Boksic e Rudi Völler (Ferreri). Téc.: Raymond Goethals
Angloma, Boli, Desailly, Di Meco; Deschamps, Durand, Sauzée (Eydelie), A. Pelé;
A. Boksic e Rudi Völler (Ferreri). Téc.: Raymond Goethals
CSKA: Guteev; Mamchur,
Minko, Kolotovkin, Mashkarin (Karsakov), Malyukov; Bystrov, Bushamanov (Grishin),
Antonovich; Sergeev e Faizulin. Téc.: Gennadi Kostylev
Minko, Kolotovkin, Mashkarin (Karsakov), Malyukov; Bystrov, Bushamanov (Grishin),
Antonovich; Sergeev e Faizulin. Téc.: Gennadi Kostylev
Final da UEFA Champions League: Olympique 1×0 Milan
Estádio
Olímpico, Munique
Olímpico, Munique
Árbitro: Kurt
Röthslisberger
Röthslisberger
Público 64.400
Gol: ’44 Boli (Olympique)
OM: Barthez; Angloma
(Jean-Philippe Durand), Boli, Desailly, Di Meco; Eydelie, Deschamps, Sauzée,
Abedi Pelé; Alen Boksic, Rudi Völler (Thomas). Téc.: Raymond Goethals
(Jean-Philippe Durand), Boli, Desailly, Di Meco; Eydelie, Deschamps, Sauzée,
Abedi Pelé; Alen Boksic, Rudi Völler (Thomas). Téc.: Raymond Goethals
Milan: Rossi; Tassotti,
Costacurta, Baresi, Paolo Maldini; Rijkaard, Albertini, Donadoni (Jean-Pierre
Papin); Massaro, Lentini, van Basten (Eranio). Téc.: Fabio Capello
Costacurta, Baresi, Paolo Maldini; Rijkaard, Albertini, Donadoni (Jean-Pierre
Papin); Massaro, Lentini, van Basten (Eranio). Téc.: Fabio Capello
O olympique vice campeao em 91 ganha em 93 e poderia enfrentar o sao paulo no mundial com chance de titulo mas incrivelmente dirigentes e jogadores jogaram fora um trabalho que tinha tudo para render mais conquistas ainda.como curiosidade jorge burruchaga que marcou o gol do titulo da copa 86 pra argentina jogava no valenciennes e aceitou o suborno do olympique se ferrou depois disso e teve que voltar pra argentina.
Olimpique de Marseille de todos os tempos
1= Barthez 2=Boli 3=Mozer 4= Desailly 5=Deschamps 6=Abendi Pelé 7= Jean Pierre Papin 8=Francescoli 9= Rud voller 10= Dimitry Payet 11=Boksic