Times de que Gostamos: Milan 1988-1990

Na última semana
lembrei o ótimo time do Bayer Leverkusen da temporada 2001-2002, o time do quase (quase campeão alemão,
quase campeão da Copa da Alemanha e quase campeão da UEFA Champions League).
Hoje rememoro o fantástico time do Milan das temporadas 1988/1989 e 1989/1990.
Em pé: Maldini, Rijkaard, Ancelotti, Gullit, Van Basten e Galli;
Agachados: Colombo, Costacurta, Baresi, Evani, Tassotti.
Equipe: Milan

Período: 1988/1990

Time Base
Galli; Tassotti, Costacurta, Baresi, Maldini; Rijkaard, Ancelotti (Albertini), Colombo, Donadoni; Gullit e Van Basten. Téc. Arrigo Sacchi

ConquistasBicampeonato
da UEFA Champions League, Supercopa da Itália, Bicampeonato mundial e Bicampeonato da Supercopa da Europa








Atacantes letais
e defensores intransponíveis foram a chave do sucesso
da equipe rossonera mais famosa do mundo no
período entre 1988 e 1990. Somadas a experiência dos grandes Franco Baresi, Carlo
Ancelotti e Tassotti e a juventude e vitalidade de van Basten, Maldini e
Albertini, o Milan viveu dias de glória na Europa.

O goleiro da
equipe de Milão foi o italiano Galli (foto). Provavelmente o jogador de menor expressão
do esquadrão milanês, o guarda metas era um jogador completo, porém sem nenhuma
qualidade excepcional. Ele chegou ao clube em 1986, após ter marcado seu nome
na história da Fiorentina, e permaneceu até 1990. Pela Seleção Italiana fez 19
jogos entre 1980 e 1986.

A defesa do
Milan dos anos em questão foi uma das melhores de todos os tempos na história
do futebol mundial.
A dupla de zaga foi composta pelo correto Costacurta e pelo
monstro Franco Baresi (foto)
. O primeiro, então jovem, era o menos habilidoso dos
jogadores da defesa, contudo firme, rápido e bom cabeceador ele se mostrou
muito eficiente. Já Baresi está certamente na lista dos melhores defensores da
história do esporte bretão
. Técnico, consciente, intransponível e com
posicionamento impecável, ele capitaneou a equipe em direção ao sucesso.

Pelas laterais
jogavam dois jogadores que também estão na lista dos melhores de todos os
tempos em suas profissões. A direita era dominada por Mauro Tassotti, mito da
lateral rossonera, ele defendia e
atacava com muita prudência e qualidade. Em 17 anos de Milan participou de mais
de 400 jogos pela equipe. Do outro lado, o domínio era exercido por Paolo
Maldini (foto). Enquanto Tassotti foi um mito do clube, Maldini foi uma lenda
,
defendendo-o entre 1985 e 2009. Sua noção de posicionamento e técnica refinada fizeram
do italiano um lateral quase perfeito.

Protegendo o
meio-campo da equipe, Rijkaard (foto) mostr
ava uma elegância poucas vezes vista em
jogadores de características defensivas
. Esquio, o holandês jogava sempre com a
cabeça levantada. Seus passes e lançamentos ditavam o ritmo do meio-campo
milanista. Outra forte característica do volante era o bom cabeceio. Um pouco
mais à frente o espaço era ocupado por Carlo Ancelotti, hoje treinador do Real
Madrid. Além de ser um jogador de ótima técnica, Ancelotti, tinha liderança e
foi, por vezes, a válvula de escape da equipe.
O escrete rossonero tinha como meias ofensivos
Colombo e Donadoni (foto)
. O primeiro jogava mais pelo lado direito e era menos
incisivo que o segundo. Colombo ajudava tanto na criação das jogadas quando no
fechamento de espaços no meio-campo e nas laterais.  Cabia a ele ajudar na cobertura dos avanços ofensivos
de Tassotti e Rijkaard. Já Donadoni tinha mais talento. Rápido e driblador, o
meia-esquerda tinha muita habilidade. Sendo o responsável pela aproximação
do meio-campo com o ataque.

Já o ataque era
composto por uma das mais sintonizadas duplas de todos os tempos. Holandeses,
Gullit e van Basten (foto) eram letais
. Gullit, conhecido como o Tulipa Negra, era
muito alto e rápido. Com pernas longas, era quase impossível parar o atacante
(que chegou a atuar como meia e também como líbero). Outra característica
importante do craque era a capacidade que tinha de assistir os seus companheiros. Marco van Basten que o diga. E, falando nele, afirmo que o neerlandês foi um
dos mais excepcionais centroavantes a pisar na Terra. Seus chutes potentes,
cabeçadas certeiras e gols de rara beleza nunca serão esquecidos pelos
torcedores de Ajax e Milan.
Infelizmente sua carreira foi abreviada por graves
lesões.

No banco do
Milan haviam ainda algumas ótimas opções, dentre elas o volante Albertini, o
atacante Massaro e principalmente o meia Evani (foto). Opção pelo meio-campo,
pelas pontas ou pelo ataque, o italiano era quase o 12º jogador da
equipe. O treinador era Arrigo Sacchi, que só foi bem sucedido de fato no
Milan.

Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse
período:

Final da UEFA Champions League 1988-1989: Milan 4×0
Steaua Bucuresti

Estádio Camp
Nou, Barcelona

Árbitro: Karl-Heinz
Tritschler

Público 97.000

Gols: ’18 e ’38 Gullit e
’28 e ’46 van Basten (Milan)

Milan: Galli; Tassotti,
Costacurta (F. Galli), Baresi, Maldini; Rijkaard, Ancelotti, Colombo, Donadoni;
Gullit (Pietro Virdis) e van Basten. Téc. Arrigo Sacchi

Steaua: Lung; Iovan,
Bumbescu, Ungureanu, Petrescu; Stoica, Rotariu (Balint), Minea, Hagi; Piturca e
Lacatus. Téc. Anghel Iordanescu


Final da Supercopa da Europa 1988-1989: Milan 1×0
Barcelona

Estádio San
Siro, Milão

Árbitro: Helmut
Kohl

Público 55.000

Gol: ’55 Evani (Milan)

Milan: Galli; Tassotti,
Costacurta, Carobbi, Maldini; Rijkaard, Diego Fuser, Evani, Donadoni; Massaro
(Simone)e van Basten. Téc. Arrigo Sacchi

Barcelona: Zubizarreta;
López Rekarte (Onésimo), Alexanko, Serna; Roura, Roberto, Bakero, Milla;
Salinas e Begiristain. Téc. Johan Cruyff
Final do Mundial de Clubes 1988-1989: Milan 1×0
Atlético Nacional

Estádio
Nacional, Tóquio

Árbitro: Erik
Fredriksson

Público 60.228


Gol: ‘118 Evani (Milan)

Milan: Galli; Tassotti,
Costacurta, Baresi, Maldini; Rijkaard, Ancelotti, Diego Fuser (Evani),
Donadoni; Massaro (Marco Simone) e van Basten. Téc. Arrigo Sacchi

Atlético Nacional:
Higuita; Luis Herrera, Gilardo Gomez, Andrés Escobar, Francisco Cassiani;
Leonel Álvarez, Alexis García, José Pérez; John Trellez, Niver Arboleda
(Usuriaga) e Jaime Arango (Gustavo Restrepo). Téc. Francisco Maturana
Final da UEFA Champions League 1989-1990: Milan 1×0
Benfica

Estádio Prater,
Viena

Árbitro: Helmut
Kohl

Público 58.000

Gol: ’68 Frank Rijkaard
(Milan)

Milan: Galli; Tassotti,
Costacurta, Baresi, Maldini; Rijkaard, Ancelotti (Massaro), Colombo (F. Galli),
Evani; Gullit e van Basten. Téc. Arrigo Sacchi

Benfica: Silvino; José
Carlos, Ricardo Gomes, Aldair, Samuel; Hernâni, Jonas Thern, Vítor Paneira
(Vata), Valdo; Pacheco (César Brito) e Magnusson. Téc. Sven-Goran Eriksson

Final da Supercopa da Europa 1989-1990: Milan 2×0
Sampdoria

Estádio Renato
Dell’Ara, Bolonha

Árbitro: Zoran
Petrovic

Público 21.735

Gols: ’44 Gullit e ’76 Rijkaard (Milan)

Milan: Pazzagli, Tassotti,
Costacurta (F. Galli), Baresi, Maldini; Rijkaard, Ancelotti, Carbone, Evani;
Gullit (Donadoni) e Agostini. Téc. Arrigo Sacchi

Sampdoria: Pagliuca;
Pellegrini, Lanna, Vierchowod, Bonetti; Pari, Katanec (Branca), Mikhaylichenko
(Dossena), Lombardo; Mancini e Vialli. Téc. Vujadin Boskov


Final do Mundial de Clubes 1989-1990: Milan 3×0
Olimpia

Estádio
Nacional, Tóquio

Árbitro: José
Roberto Wright

Público 60.228

Gols: ’43 e ’65 Rijkaard e
’61 Stroppa (Milan)

Milan: Pazzagli; Tassotti,
Costacurta, Baresi, Maldini (F. Galli); Rijkaard, Stroppa, Carbone, Donadoni
(Gaudenzi); Gullit e van Basten. Téc. Arrigo Sacchi

Olimpia: Ever Almeida;
Silvio Suárez, Mario Ramirez (Chamas), Remigio Fernandez, Virginio
Cáceres;  Luis Monzón, Jara (Cubilla),
Guasch, Balbuena; Samaniego, Amarilla. Téc. Luis Cubilla

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