Times de que Gostamos: LDU 2008
Depois de falar sobre o bom time
do Atlético de Madrid da temporada 1995-1996, que conquistou o doblete, trato do eficiente time da LDU,
que, surpreendentemente, conquistou a Copa Libertadores da América.
do Atlético de Madrid da temporada 1995-1996, que conquistou o doblete, trato do eficiente time da LDU,
que, surpreendentemente, conquistou a Copa Libertadores da América.
Em pé: Manso, Urrutia, Cevallos, Calle, Ambrosi; Agachados: Bolaños, Araújo, Vera, Bieler, Campos e Guerrón. |
Time: LDU
Período: 2008
Time base: Cevallos;
Araújo, Jayro Campos, Calle (Calderón); Vera, Urrutia; Guerrón, Manso, Bolaños,
Ambrosi; Bieler. Téc.: Edgardo Bauza
Araújo, Jayro Campos, Calle (Calderón); Vera, Urrutia; Guerrón, Manso, Bolaños,
Ambrosi; Bieler. Téc.: Edgardo Bauza
Um time competente; um técnico
competente; uma formação tática diferente; um fator extracampo de inigualável
influência – a altitude –; uma consequência: o primeiro e único título da Copa
Libertadores da América conquistado por uma equipe equatoriana. A LDU de Edgardo Bauza
jogava em um esquema tático híbrido de 3-6-1 e 3-2-4-1, com segurança defensiva
e uma transição velocíssima.
competente; uma formação tática diferente; um fator extracampo de inigualável
influência – a altitude –; uma consequência: o primeiro e único título da Copa
Libertadores da América conquistado por uma equipe equatoriana. A LDU de Edgardo Bauza
jogava em um esquema tático híbrido de 3-6-1 e 3-2-4-1, com segurança defensiva
e uma transição velocíssima.
Atribuir o título à altitude de
Quito, exclusivamente, seria simplista e injusto, mas desconsiderá-la também
seria falho. É possível – e até mesmo provável – que o melhor time da
Libertadores de 2008 fosse o Fluminense, o que de forma alguma tira os
créditos da LDU, que teve uma duríssima trajetória até a final, deixando pelo
caminho Estudiantes (que seria campeão no ano seguinte), San Lorenzo e América
do México (que eliminara Flamengo e Santos).
Quito, exclusivamente, seria simplista e injusto, mas desconsiderá-la também
seria falho. É possível – e até mesmo provável – que o melhor time da
Libertadores de 2008 fosse o Fluminense, o que de forma alguma tira os
créditos da LDU, que teve uma duríssima trajetória até a final, deixando pelo
caminho Estudiantes (que seria campeão no ano seguinte), San Lorenzo e América
do México (que eliminara Flamengo e Santos).
Outro fator que esteve presente
em algumas ocasiões foi a sorte, o miraculoso fator que, não obstante tenha
Thiago Neves marcado três tentos, impediu o craque tricolor de anotar o pênalti
sacramental na finalíssima, no Maracanã. No ano seguinte, ainda conquistaria a
Copa Sul-Americana, mas com um time de menos qualidade.
em algumas ocasiões foi a sorte, o miraculoso fator que, não obstante tenha
Thiago Neves marcado três tentos, impediu o craque tricolor de anotar o pênalti
sacramental na finalíssima, no Maracanã. No ano seguinte, ainda conquistaria a
Copa Sul-Americana, mas com um time de menos qualidade.
A meta equatoriana era defendida
pelo folclórico José Francisco Cevallos (foto). Lenda no Barcelona de Guayaquil, clube
pelo qual jogou mais de 15 anos e foi vice-campeão da Libertadores, perdendo
contra o Vasco da Gama, só conseguiu glórias além-fronteiras quando mudou-se
para a LDU. Meio trapalhão, mas dono de bons reflexos e muita sorte, nunca será
olvidado em seu país. As três defesas penais na final da Libertadores e seu histórico,
em geral, nunca o permitirão. Suas mais de 80 partidas pela Seleção de seu país
lhe rendem, inclusive, a alcunha de Las
manos de Ecuador.
pelo folclórico José Francisco Cevallos (foto). Lenda no Barcelona de Guayaquil, clube
pelo qual jogou mais de 15 anos e foi vice-campeão da Libertadores, perdendo
contra o Vasco da Gama, só conseguiu glórias além-fronteiras quando mudou-se
para a LDU. Meio trapalhão, mas dono de bons reflexos e muita sorte, nunca será
olvidado em seu país. As três defesas penais na final da Libertadores e seu histórico,
em geral, nunca o permitirão. Suas mais de 80 partidas pela Seleção de seu país
lhe rendem, inclusive, a alcunha de Las
manos de Ecuador.
A zaga foi composta por um trio
de características diferentes, cuja unidade gerou impressionante entrosamento e
qualidade. Jogador de grande influência, Norberto Araújo (foto), argentino
naturalizado equatoriano, era a principal liderança do setor e o responsável
pelo bom funcionamento, atuando, mormente, pelo centro da defesa.
de características diferentes, cuja unidade gerou impressionante entrosamento e
qualidade. Jogador de grande influência, Norberto Araújo (foto), argentino
naturalizado equatoriano, era a principal liderança do setor e o responsável
pelo bom funcionamento, atuando, mormente, pelo centro da defesa.
Pelo lado direito, Jayro Campos
era o zagueiro com o melhor trato da bola, sendo usado frequentemente para dar
início às jogadas da equipe. Passou em 2010 pelo Atlético Mineiro e, apesar de
ter tido um início excelente, perdeu espaço durante o ano e acabou deixando
o time. Diego Calderón zagueiro canhoto, era o outro elemento da defesa, mas lesionou-se
no decorrer da competição e viu-se suplantado por Renán Calle, beque mais
limitado tecnicamente, mas não menos eficiente.
era o zagueiro com o melhor trato da bola, sendo usado frequentemente para dar
início às jogadas da equipe. Passou em 2010 pelo Atlético Mineiro e, apesar de
ter tido um início excelente, perdeu espaço durante o ano e acabou deixando
o time. Diego Calderón zagueiro canhoto, era o outro elemento da defesa, mas lesionou-se
no decorrer da competição e viu-se suplantado por Renán Calle, beque mais
limitado tecnicamente, mas não menos eficiente.
Na contenção, à frente da zaga, Enrique
Vera e Patricio Urrutia (foto), o capitão da equipe, garantiam ótima saída de bola e
muito combate. Vera, paraguaio, era um verdadeiro motor e dedicava-se a cada
dividida como se lhe valesse a vida. Apesar disso, também tinha muita qualidade
técnica, a qual lhe permitiu jogar, em algumas ocasiões, mais avançado. Já
Urrutia tinha grande senso de posicionamento, ótimo passe e muita eficiência
nos remates de média/longa distância. “El Pato”, como ficou conhecido, chegou a
passar pelo Fluminense em 2009, mas lesões e a falta de sequência encurtaram
sua passagem pelo Brasil.
Vera e Patricio Urrutia (foto), o capitão da equipe, garantiam ótima saída de bola e
muito combate. Vera, paraguaio, era um verdadeiro motor e dedicava-se a cada
dividida como se lhe valesse a vida. Apesar disso, também tinha muita qualidade
técnica, a qual lhe permitiu jogar, em algumas ocasiões, mais avançado. Já
Urrutia tinha grande senso de posicionamento, ótimo passe e muita eficiência
nos remates de média/longa distância. “El Pato”, como ficou conhecido, chegou a
passar pelo Fluminense em 2009, mas lesões e a falta de sequência encurtaram
sua passagem pelo Brasil.
Aberto pelo lado direito, Joffre Guerrón
era uma flecha imberbe. Imparável em suas velocíssimas arrancadas, o
equatoriano foi o melhor jogador da Libertadores e foi vendido ao Getafe, onde
não se destacaria sendo emprestado ao Cruzeiro e passando depois pelo Atlético
Paranaense, sem muito sucesso em ambos. Pelo flanco contrário, Paul Ambrosi e Luis
Bolaños fizeram uma parceria excelente. Rápidos, faziam jogadas tanto pela
linha de fundo quanto pelo centro, levando enorme perigo aos adversários.
Bolaños é mais um que passou sem sucesso pelo Brasil, tendo representado Santos
e Internacional.
era uma flecha imberbe. Imparável em suas velocíssimas arrancadas, o
equatoriano foi o melhor jogador da Libertadores e foi vendido ao Getafe, onde
não se destacaria sendo emprestado ao Cruzeiro e passando depois pelo Atlético
Paranaense, sem muito sucesso em ambos. Pelo flanco contrário, Paul Ambrosi e Luis
Bolaños fizeram uma parceria excelente. Rápidos, faziam jogadas tanto pela
linha de fundo quanto pelo centro, levando enorme perigo aos adversários.
Bolaños é mais um que passou sem sucesso pelo Brasil, tendo representado Santos
e Internacional.
Na criação das jogadas, o
baixinho e argentino Damián Manso (foto) era a tranquilidade e o equilíbrio do time.
Brilhantes passes fizeram dele a engrenagem que garantia o funcionamento
harmonioso do time. Avançado, o argentino Claudio Bieler era o matador da
equipe. Oportunista e goleador por natureza, tinha inteligência tática e neste
time também foi responsável por abrir espaços para as infiltrações de seus
companheiros.
baixinho e argentino Damián Manso (foto) era a tranquilidade e o equilíbrio do time.
Brilhantes passes fizeram dele a engrenagem que garantia o funcionamento
harmonioso do time. Avançado, o argentino Claudio Bieler era o matador da
equipe. Oportunista e goleador por natureza, tinha inteligência tática e neste
time também foi responsável por abrir espaços para as infiltrações de seus
companheiros.
Responsável por montar a “máquina
LDU”, harmonizando as engrenagens, o argentino Edgardo Bauza (atual campeão da
Libertadores, com o San Lorenzo) (foto) foi, possivelmente, o grande responsável pelos
êxitos do ótimo time da LDU, não só pelo título, mas por ter conseguido gerir
bem seu elenco. Após a conquista continental, o clube perdeu Guerrón e Vera e,
mesmo assim, deu muito trabalho ao poderoso Manchester United, na derrota no
Mundial de Clubes. As necessárias entradas de William Araújo e Néicer Reasco – nas vagas da dupla que deixou o time –, não prejudicaram muito a equipe.
LDU”, harmonizando as engrenagens, o argentino Edgardo Bauza (atual campeão da
Libertadores, com o San Lorenzo) (foto) foi, possivelmente, o grande responsável pelos
êxitos do ótimo time da LDU, não só pelo título, mas por ter conseguido gerir
bem seu elenco. Após a conquista continental, o clube perdeu Guerrón e Vera e,
mesmo assim, deu muito trabalho ao poderoso Manchester United, na derrota no
Mundial de Clubes. As necessárias entradas de William Araújo e Néicer Reasco – nas vagas da dupla que deixou o time –, não prejudicaram muito a equipe.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse período:
Fase de Grupos da Copa Libertadores da América: LDU 6×1 Arsenal
Estádio Casa Blanca, Quito
Árbitro: Benito Archundia
Público 11.767
Gols: ’15 Urrutia, ’20 Manso, ’29 e ’43 Luis Bolaños, ’65 Bieler,
’90 Obregón (LDU); ‘4 Leguizamón (Arsenal)
’90 Obregón (LDU); ‘4 Leguizamón (Arsenal)
LDU: Cevallos; Campos, Araújo, Calderón; Vera, Urrutia; Guerrón
(Obregón), Manso (E. Vaca), Bolaños, Ambrosi; Bieler (A. Delgado). Téc.:
Edgardo Bauza
(Obregón), Manso (E. Vaca), Bolaños, Ambrosi; Bieler (A. Delgado). Téc.:
Edgardo Bauza
Arsenal: Cuenca; Espínola, Baéz, Casteglione, Matellán, Díaz
(Andrizzi); Pellerano, Garnier, Yacuzzi; Leguizamón (Carrera) e Biagini (Calderón).
Téc.: Gustavo Alfaro
(Andrizzi); Pellerano, Garnier, Yacuzzi; Leguizamón (Carrera) e Biagini (Calderón).
Téc.: Gustavo Alfaro
Oitavas de final da Copa Libertadores da América: LDU 2×0 Estudiantes
Estádio Casa Blanca, Quito
Público 17.540
Gols: ’63 Guerrón e ’77 Manso (LDU)
LDU: Cevallos; Campos, Araújo, Calderón; Vera (W. Araújo), Urrutia;
Guerrón, Manso, Bolaños, Ambrosi; Bieler (Delgado). Téc.: Edgardo Bauza
Guerrón, Manso, Bolaños, Ambrosi; Bieler (Delgado). Téc.: Edgardo Bauza
Estudiantes: Andújar; Angeleti, Desábato, Basanta, Juan Díaz; Edgar
González, Verón, Galván (Moreno y Fabianesi), Benítez; Lugüercio (Pablo Piatti)
e Lázzaro (Maggiolo). Téc.: Roberto Sensini
González, Verón, Galván (Moreno y Fabianesi), Benítez; Lugüercio (Pablo Piatti)
e Lázzaro (Maggiolo). Téc.: Roberto Sensini
Final da Copa Libertadores da América: Fluminense 3(1)x 1(3) LDU
Estádio Maracanã, Rio de Janeiro
Ábritro: Héctor Baldassi
Público 90.000
Gols: ‘6 Bolaños (LDU); ’12, ’28, ’58 Thiago Neves (Fluminense);
Urrutia, Salas e Guérron marcaram seus pênaltis, Jayro Campos perdeu (LDU);
Conca, Thiago Neves e Washington desperdiçaram suas cobranças penais, Cícero
marcou (Fluminense)
Urrutia, Salas e Guérron marcaram seus pênaltis, Jayro Campos perdeu (LDU);
Conca, Thiago Neves e Washington desperdiçaram suas cobranças penais, Cícero
marcou (Fluminense)
Fluminense: Fernando Henrique; Gabriel (Maurício), Thiago Silva,
Luiz Alberto, Júnior César; Ygor (Dodô), Arouca (Roger), Cícero, Conca, Thiago
Neves; Washington. Téc.: Renato Gaúcho
Luiz Alberto, Júnior César; Ygor (Dodô), Arouca (Roger), Cícero, Conca, Thiago
Neves; Washington. Téc.: Renato Gaúcho
LDU: Cevallos; Campos, Araújo, Calle; Vera, Urrutia; Guerrón, Manso
(W. Araújo), Bolaños (F. Salas) e Ambrosi; Bieler. Téc.: Edgardo Bauza
(W. Araújo), Bolaños (F. Salas) e Ambrosi; Bieler. Téc.: Edgardo Bauza
Semifinais do Mundial de Clubes: Pachuca 0x2 LDU
Estádio Nacional, Tóquio
Árbitro: Alberto Mallenco
Gols: ‘4 Bieler e ’26 Bolaños (LDU)
Pachuca: Calero; Rojas, Manzur, Leobardo López, Fausto Pinto; Jaime
Correa (Paul Aguilar), José Francisco Torres (Carlos Rodríguez), Damián Alvarez,
Christian Giménez; Marioni e Cárdenas (Luis Montes). Téc.: Enrique Meza
Correa (Paul Aguilar), José Francisco Torres (Carlos Rodríguez), Damián Alvarez,
Christian Giménez; Marioni e Cárdenas (Luis Montes). Téc.: Enrique Meza
LDU: Cevallos; Reasco (Larrea), Campos, Araújo, Calle, Calderón;
Urrutia, Manso, W. Araújo, C. Bolaños; Bieler (Navia). Téc.: Edgardo Bauza
Urrutia, Manso, W. Araújo, C. Bolaños; Bieler (Navia). Téc.: Edgardo Bauza
Final do Mundial de Clubes: LDU 0x1 Manchester United
Estádio Nissan, Yokohama
Público 68.682
Gol: ’73 Wayne Rooney (Manchester
United)
United)
LDU: Cevallos; Reasco (Larrea), Campos, Araújo, Calle (Ambrosi),
Calderón; Urrutia, Manso, W. Araújo, C. Bolaños (Navia); Bieler. Téc.: Edgardo
Bauza
Calderón; Urrutia, Manso, W. Araújo, C. Bolaños (Navia); Bieler. Téc.: Edgardo
Bauza
Manchester United: van der Sar; Rafael (G. Neville), Ferdinand, Vidic, Evra;
Carrick, Anderson (Fletcher), Park; Cristiano Ronaldo, Rooney e Tévez (J.
Evans). Téc.: Sir Alex Ferguson
Carrick, Anderson (Fletcher), Park; Cristiano Ronaldo, Rooney e Tévez (J.
Evans). Téc.: Sir Alex Ferguson