Times de que Gostamos: Internazionale 2009-2010
semana, tratei do grande time do Dynamo Kyiv, do craque ucraniano Oleg Blokhin.
Nesta, falo do excepcional time da Internazionale de Milão, da temporada
2009-2010, treinado pelo grande José Mourinho.
Em pé: Chivu, Júlio César, Thiago Motta, Maicon, Lúcio, Samuel; Agachados: Zanetti, Cambiasso, Diego Milito, Eto’o e Sneijder. |
Maicon, Samuel, Lúcio e Chivu (Javier Zanetti); Cambiasso, Thiago Motta
(Stankovic), Sneijder; Pandev, Eto’o, Diego Milito. Téc.: José Mourinho/Rafa
Benítez
Conquistas: Campeonato
Italiano, Copa da Itália, UEFA Champions League, Supercopa da Itália e Mundial
de Clubes
títulos nacionais da Juventus – punida por manipulação de resultados –, a
Internazionale, ou simplesmente Inter, viveu bons anos de soberania no futebol
italiano. Já tetracampeã nacional, a equipe, que perdera Luis Figo, que se
aposentara, e o sueco Zlatan Ibrahimovic, vendido ao Barcelona em negociação que
rendeu vários milhões ao clube, além da contratação de Samuel Eto’o, queria
mais. Comandada pelo “papa-títulos” José
Mourinho, o clube, já soberano no país, queria dominar o continente.
inovações táticas e por conseguir extrair o melhor de seus atletas, o técnico
português “inventou” um novo Samuel Eto’o, não mais preso à área, mas caindo
pelas pontas, e fez com que jogadores como Diego Milito, Wesley Sneijder e Maicon alcançassem seu auge técnico. Além
disso, conquanto na maioria das partidas a Inter jogasse no 4-3-3, Mou também
soube moldar a equipe no 4-4-2, que ficou famoso por “estacionar o ônibus” à
frente da sua meta contra o Barcelona.
os setores, a Inter da temporada 2009-2010 conquistou todos os títulos
possíveis. Apesar disso, já na temporada seguinte, sob o comando do contestado
Rafa Benítez, a equipe começou a sofrer um forte declínio. Mas, antes disso,
ainda conquistou a Supercopa da Itália e o Mundial de Clubes, contra o fraco
Mazembe que surpreendera o Internacional, então treinado por Celso Roth.
e fase de sua carreira, o goleiro brasileiro Júlio César (foto) era certeza de
segurança e tranquilidade no gol Nerazzurri.
Na temporada, disputou 54 partidas, conseguindo o impressionante número de 25
encontros sem conceder gols. Em média, o goleiro sofreu 0,83 gols por jogo,
marca extremamente baixa. Além disso, segundo o site ESPN FC, fez 155 defesas nestes jogos. Ao todo, em 299 jogos
pelo clube, entre 2005 e 2012, conseguiu deixar a meta limpa 127 vezes. Não há
dúvidas de que o momento do brasileiro era fantástico. Grandes reflexos, bom
posicionamento e grande elasticidade o tornavam, naquele momento, um dos
melhores arqueiros do mundo.
da defesa, Maicon (foto) era todo força e capacidade física. Não parecia ter apenas
dois pulmões. Com grande condicionamento, atacava e defendia, ia e voltava o
tempo inteiro. Nessa temporada, teve seu melhor desempenho da carreira. Em 52
partidas, marcou sete gols e fez 12 assistências, marca excepcional. Do lado
contrário, normalmente, o titular foi o romeno Cristian Chivu, atleta de
características defensivas, que raramente apoiava o ataque, mas que garantia a
proteção da faixa canhota e dava mais liberdade para os avanços de Maicon.
formada pela dupla argentino-brasileira Walter Samuel (foto, à esq.) e Lúcio (foto, à dir.) viveu dias de grande
segurança. Fortes fisicamente, bons no jogo aéreo e úteis na saída de bola, os
beques, que tinham bom entrosamento, eram também valiosos no ataque, sempre
anotando seus gol em bolas vindas da cobrança de faltas e escanteios. Juntos, balançaram as
redes adversárias em seis ocasiões na temporada.
defesa, atuou outra dupla argentino-brasileira. Esteban Cambiasso (foto, à dir.) – 13º jogador
que mais defendeu a equipe na história, com 404 aparições – e Thiago Motta, este
naturalizado italiano, davam grande consistência à equipe. Craques dos desarmes
e sempre muito bem posicionados, devido à sua ótima qualidade de passes e
aproximação ao ataque, eram também os responsáveis por iniciar as jogadas da
equipe.
Além dos dois, o
multifuncional Javier Zanetti (foto, à esq.) e o meia-central sérvio Dejan Stankovic também
eram opções usuais na equipe. O primeiro, eterno capitão da equipe, é o jogador
que mais vestiu a camisa da Inter na história, contabilizando 845 jogos, entre 1996 e 2014. Bom
em todos os fundamentos, compunha com qualidade o meio-campo. Já Stankovic, excelente
passador e dono de visão de jogo privilegiada, era boa escolha para aumentar o
controle do jogo da equipe.
controlando as ações ofensivas da equipe, distribuindo o jogo e cobrando faltas
e escanteios, o holandês Wesley Sneijder (foto) viveu a melhor fase de sua carreira.
Sabidamente técnico e habilidoso, mas, até então, muito inconstante, se
encontrou no clube de Milão, pelo qual anotou oito gols e proveu 12
assistências na temporada. O camisa 10 soube gerir o jogo da equipe de forma
fantástica. Sua grande forma era o reflexo da boa relação que construiu com o
treinador José Mourinho. Até hoje, sempre que se encontram, os dois não hesitam
em fazer elogios mútuos.
trio de atletas de características distintas se encaixou com grande perfeição.
Pelo lado esquerdo, o macedônio Goran Pandev não tinha grande velocidade, mas
era extremamente técnico, sendo menos incisivo que seus companheiros, porém
mais útil para a composição da equipe. Na faixa destra do ataque, Samuel Eto’o (foto, à esq.) mostrava porque o Barcelona errara ao envolve-lo na transferência de Ibrahimovic.
Velocíssimo, habilidoso e ainda dono de grande faro de gol, foi vital para o
clube, marcando 16 gols. Já no centro do ataque, atuou o decisivo Diego Milito (foto, à dir.).
Matador por essência, artilheiro por profissão, marcou impressionantes 30
tentos na temporada, jogando sempre com grande intensidade e aproveitando até o
menor ressalto da bola para marcar.
reservas, além do gênio tático José Mourinho (foto, à esq.), grande responsável pelo
encaixe e sucesso da equipe, havia jogadores extremamente úteis. Para a zaga,
havia a experiência do rápido zagueiro Iván Córdoba e do violento Marco
Materazzi. O meio-campo tinha o classudo e experiente Patrick Vieira e o
energético Sulley Muntari. Já no ataque despontava a estrela do controverso
Mario Balotelli (foto, à dir.), isso tudo sem ressaltar a presença do interminável goleiro
Francesco Toldo. A Inter 2009-2010 tinha uma grande equipe titular, ótimos
reservas e um técnico único, especial.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse
período:
Meazza, Milão
Rizzoli
Diego Milito, ’45 Maicon e ’67 Stankovic (Inter)
Thiago Silva, Nesta, Jankulovski; Gattuso, Flamini (Seedorf), Pirlo; Ronaldinho
(Huntelaar), Pato, Borrielo (Ambrosini). Téc.: Leonardo
Maicon, Lúcio, Samuel, Chivu; Thiago Motta (Muntari), Javier Zanetti,
Stankovic, Sneijder (Vieira); Eto’o e Diego Milito (Balotelli). Téc.: José
Mourinho
Inter 3×1 Barcelona
Meazza, Milão
’61 Milito (Inter); ’19 Pedro (Barcelona)
(Chivu), Lúcio, Samuel, Zanetti; Thiago Motta, Cambiasso, Sneijder; Pandev
(Stankovic), Diego Milito (Balotelli) e Eto’o. Téc.: José Mourinho
Alves, Piqué, Puyol, Maxwell; Busquets, Keita, Xavi; Pedro, Ibrahimovic
(Abidal), Messi. Téc.: Pep Guardiola
Roma
Maicon, Córdoba (Samuel), Materazzi, Chivu; Thiago Motta, Zanetti, Cambiasso,
Sneijder (Balotelli/Muntari); Samuel Eto’o e Diego Milito. Téc.: José Mourinho
Burdisso (Marco Motta), Juan, Mexès, Riise; De Rossi, Pizarro (Totti),
Perrotta, Taddei; Vucinic e Luca Toni (Ménez). Téc.: Claudio Ranieri
Inter
Bernabéu, Madrid
(Inter)
Badstuber; van Bommel, Altintop (Klose), Schweinsteiger; Thomas Müller, Ivica
Olic (Mario Gómez) e Arjen Robben. Téc.: Louis van Gaal
Maicon, Lúcio, Samuel, Chivu (Stankovic); Cambiasso, Zanetti, Sneijder; Pandev
(Muntari), Diego Milito (Materazzi) e Eto’o. Téc.: José Mourinho
Meazza, Milão
Eto’o (Inter); ’21 Riise (Roma)
Maicon, Lúcio, Samuel, Chivu; Cambiasso, Zanetti (Stankovic), Sneijder (Materazzi);
Pandev (Mariga), Milito, Eto’o. Téc.: Rafa Benítez
Juan, Mexès, Riise; De Rossi, Perrotta, Pizarro (Taddei); Ménez (Okaka),
Vucinic (Adriano), Totti. Téc.: Claudio Ranieri
e ’85 Biabiany (Inter)
Kaususula, Nkulukuta, Mbenza; Mihayo, Ekanga, Singuluma, Kabangu, Kaluyituka (Ndonga);
Kasongo (Kanda). Téc.: Lamine N’Diaye
Maicon, Lúcio, Córdoba, Chivu (Stankovic); Thiago Motta (Mariga), Zanetti,
Cambiasso; Pandev, Diego Milito (Biabiany), Eto’o. Téc.: Rafa Benítez
gostei muito
Timaço!! Saudades do bom futebol da Inter.
Excelente time, e texto aqui apresentado.
mas faltou o nome do Eto’o na primeira foto do time (formado)
É verdade, Ricardo. Obrigado por avisar!
Vieira não fazia parte da equipe 2009/2010,ele já estava no Manchester City,entrou como campeão por que fez parte do plantel no início da temporada apenas, mas já havia se transferido, não chegou nem a jogar na ucl.
Pedro, obrigado pela contribuição, mas o Vieira jogou a primeira metade da temporada, a transferência para o City aconteceu apenas em janeiro de 2010.
A melhor inter que eu vi na vida com craques pra todo lado e um raposa no banco de tecnico.time muito eficiente mas com bom futebol conseguindo amarrar chelsea barcelona e bayern.pena que durou pouco pois mourinho saiu e alguns jogadores como maicon nunca mais jogaram em alto nivel mesmo assim da pra comparar com o time bi europeu e mundial 64-65.
Incrivel reportagem. Foi uma temporada maravilhosa pra Inter.