Times de que Gostamos: Everton 1984-1985
Na última semana, contei um pouco do que o melhor Benfica de todos os tempos mostrou ao mundo.
Nesta, lembro o último grande time do Everton, o da temporada 1984-1985.
Nesta, lembro o último grande time do Everton, o da temporada 1984-1985.
Em pé: Mountfield, Andy Gray, Trevor Steven, Graeme Sharp,Kevin Sheedy, Van Den Hauwe Agachados: Gary Stevens, Southall, Ratcliffe, Bracewell, Peter Reid. |
Time: Everton
Período: 1984-1985
Time base: Neville Southall; Gary Stevens, Derek Mountfield, Kevin
Ratcliffe, Van Den Hauwe; Peter Reid, Paul Bracewell, Trevor Steven, Kevin
Sheedy; Graeme Sharp e Andy Gray. Téc. Howard Kendall
Ratcliffe, Van Den Hauwe; Peter Reid, Paul Bracewell, Trevor Steven, Kevin
Sheedy; Graeme Sharp e Andy Gray. Téc. Howard Kendall
Conquistas: Campeonato
Inglês, FA Charity Shield e European Cup Winner’s Cup.
Inglês, FA Charity Shield e European Cup Winner’s Cup.
Provavelmente o
Everton mais vencedor de todos os tempos, o time da temporada 1984-1985 apresentava
um estilo de jogo bem “inglês”, com um esquema tático 4-4-2 típico. Com defesa e meio-campo
muito sólidos, meias de boa qualidade técnica pelos lados e atacantes de área
eficientes, os Toffees abusavam das
bolas alçadas na área e também dos contra-ataques rápidos, puxados pelos dois
meias lateralizados – que, por vezes, alternavam posições com os atacantes.
Everton mais vencedor de todos os tempos, o time da temporada 1984-1985 apresentava
um estilo de jogo bem “inglês”, com um esquema tático 4-4-2 típico. Com defesa e meio-campo
muito sólidos, meias de boa qualidade técnica pelos lados e atacantes de área
eficientes, os Toffees abusavam das
bolas alçadas na área e também dos contra-ataques rápidos, puxados pelos dois
meias lateralizados – que, por vezes, alternavam posições com os atacantes.
Individualmente, destacaram-se o goleiro Neville Southall, o ótimo volante Peter Reid e os meias
Trevor Steven e Kevin Sheedy, mas o que tornou, de fato, este time muito
poderoso, foi seu conjunto. A equipe era de tal forma entrosada que parecia que os jogadores tinham nascido para jogar juntos, todos conscientes de suas funções e dispostos
a ajudar o todo.
A única
lamentação dos torcedores fica a cargo na tragédia de Heysel, na partida entre
Liverpool e Juventus, quando Hooligans ingleses
atacaram torcedores italianos. O porquê? Os clubes ingleses foram banidos das
competições europeias por cinco anos, e o melhor Everton da história perdeu a
grande chance de conquistar a maior honra europeia: a UEFA Champions League.
Trevor Steven e Kevin Sheedy, mas o que tornou, de fato, este time muito
poderoso, foi seu conjunto. A equipe era de tal forma entrosada que parecia que os jogadores tinham nascido para jogar juntos, todos conscientes de suas funções e dispostos
a ajudar o todo.
A única
lamentação dos torcedores fica a cargo na tragédia de Heysel, na partida entre
Liverpool e Juventus, quando Hooligans ingleses
atacaram torcedores italianos. O porquê? Os clubes ingleses foram banidos das
competições europeias por cinco anos, e o melhor Everton da história perdeu a
grande chance de conquistar a maior honra europeia: a UEFA Champions League.
Como já falado,
o gol dos azuis de Liverpool era defendido por Neville Southall (foto), goleiro galês
e recordista de aparições por sua seleção, com 92 jogos. Dono de
impressionantes reflexos, defendeu o Everton entre 1981 e 1998 e é,
provavelmente, o maior goleiro do clube em toda a história. Suas notáveis
atuações renderam-lhe, inclusive, o prêmio de melhor jogador do ano, em 1985, em votação
feita pela Football Writers’ Association. É também o atleta que mais vezes
defendeu o Everton, com impressionantes 750 partidas.
o gol dos azuis de Liverpool era defendido por Neville Southall (foto), goleiro galês
e recordista de aparições por sua seleção, com 92 jogos. Dono de
impressionantes reflexos, defendeu o Everton entre 1981 e 1998 e é,
provavelmente, o maior goleiro do clube em toda a história. Suas notáveis
atuações renderam-lhe, inclusive, o prêmio de melhor jogador do ano, em 1985, em votação
feita pela Football Writers’ Association. É também o atleta que mais vezes
defendeu o Everton, com impressionantes 750 partidas.
A zaga foi
formada pelo também galês, e capitão, Kevin Ratcliffe (foto), e pelo inglês Derek
Mountfield. O primeiro, cria da base do clube, tornou-se capitão aos 23 anos,
pouco após ser fixado na defesa (em seu início de carreira era um medíocre
lateral esquerdo). Ficou famoso por ser um zagueiro muito rápido e por gostar
de um estilo de jogo duro, sendo um grande adepto dos carrinhos. Disputou 493
jogos pelo clube. Já Mountfield tinha a seu favor o forte jogo aéreo, ajudando
a equipe tanto na defesa quanto no ataque. Em 106 jogos pelo Campeonato Inglês,
marcou 19 gols.
formada pelo também galês, e capitão, Kevin Ratcliffe (foto), e pelo inglês Derek
Mountfield. O primeiro, cria da base do clube, tornou-se capitão aos 23 anos,
pouco após ser fixado na defesa (em seu início de carreira era um medíocre
lateral esquerdo). Ficou famoso por ser um zagueiro muito rápido e por gostar
de um estilo de jogo duro, sendo um grande adepto dos carrinhos. Disputou 493
jogos pelo clube. Já Mountfield tinha a seu favor o forte jogo aéreo, ajudando
a equipe tanto na defesa quanto no ataque. Em 106 jogos pelo Campeonato Inglês,
marcou 19 gols.
Fechando o time
pelos lados da defesa, o clube contou com o lateral direito Gary Stevens (foto) e com
o lateral esquerdo Pat van den Hauwe. Stevens, outra cria do clube, não conquistou um lugar na história do futebol pela beleza de
seu futebol e sim por sua determinação e vigor físico, sendo importante também
na Seleção Inglesa, pela qual disputou as Copas do Mundo de 1986 e 1990. Já van
den Hauwe, belga de nascimento e jogador da seleção galesa, chegou ao clube em
1984 e ficou conhecido por ser temido pelos rivais na mesma medida em que era destemido
em campo, sendo apelidado de “Psycho Pat”.
pelos lados da defesa, o clube contou com o lateral direito Gary Stevens (foto) e com
o lateral esquerdo Pat van den Hauwe. Stevens, outra cria do clube, não conquistou um lugar na história do futebol pela beleza de
seu futebol e sim por sua determinação e vigor físico, sendo importante também
na Seleção Inglesa, pela qual disputou as Copas do Mundo de 1986 e 1990. Já van
den Hauwe, belga de nascimento e jogador da seleção galesa, chegou ao clube em
1984 e ficou conhecido por ser temido pelos rivais na mesma medida em que era destemido
em campo, sendo apelidado de “Psycho Pat”.
Pelo centro do
meio-campo, jogaram o craque Peter Reid (foto) e Paul Bracewell. Reid foi um volante de
classe. Se não era tão adepto ao jogo físico, tinha enorme capacidade de
construção de jogo. Hábil e formidável passador, é mais um jogador “eterno” do Everton. Contratado a baixo
custo, veio com o estigma de contrair muitas lesões. Apesar disso, superou-se,
foi eleito o melhor jogador do Campeonato de 1984-1985 pela federação dos
jogadores profissionais da Inglaterra e defendeu o English Team na Copa do Mundo de 1986. Bracewell, por outro lado,
resguardava um pouco mais a equipe, sendo mais defensivo. Todavia, também tinha boa
qualidade de passe e só não foi à Copa
do Mundo de 1986 por conta de uma fratura na perna.
meio-campo, jogaram o craque Peter Reid (foto) e Paul Bracewell. Reid foi um volante de
classe. Se não era tão adepto ao jogo físico, tinha enorme capacidade de
construção de jogo. Hábil e formidável passador, é mais um jogador “eterno” do Everton. Contratado a baixo
custo, veio com o estigma de contrair muitas lesões. Apesar disso, superou-se,
foi eleito o melhor jogador do Campeonato de 1984-1985 pela federação dos
jogadores profissionais da Inglaterra e defendeu o English Team na Copa do Mundo de 1986. Bracewell, por outro lado,
resguardava um pouco mais a equipe, sendo mais defensivo. Todavia, também tinha boa
qualidade de passe
do Mundo de 1986 por conta de uma fratura na perna.
Abertos pelos
lados, não como wingers, mas como side midfielders, atuaram os habilidosos
Trevor Steven (foto) e Kevin Sheedy. O primeiro foi quem atuou pela direita, fazendo
ótima dupla com Stevens e afirmando-se com um jogador extremamente útil. Trevor foi importante tanto no ataque, com sua enorme habilidade, quanto nas tarefas
defensivas, ajudando na composição do meio-campo. É outro atleta que disputou
as Copas de 1986 e 1990, além das Eurocopas de 1988 e 1992. Sheddy, pela
esquerda, tinha características semelhantes às de Steven e era o cobrador de
faltas e escanteios da equipe. Nascido em Gales, atuava pela Seleção da
Irlanda.
lados, não como wingers, mas como side midfielders, atuaram os habilidosos
Trevor Steven (foto) e Kevin Sheedy. O primeiro foi quem atuou pela direita, fazendo
ótima dupla com Stevens e afirmando-se com um jogador extremamente útil. Trevor foi importante tanto no ataque, com sua enorme habilidade, quanto nas tarefas
defensivas, ajudando na composição do meio-campo. É outro atleta que disputou
as Copas de 1986 e 1990, além das Eurocopas de 1988 e 1992. Sheddy, pela
esquerda, tinha características semelhantes às de Steven e era o cobrador de
faltas e escanteios da equipe. Nascido em Gales, atuava pela Seleção da
Irlanda.
Isolados na
frente, o Everton contou com a dupla escocesa, Andy Gray (foto, à esquerda) e Graeme Sharp (foto, à direita). Gray
atuou apenas entre 1983 e 1985, mas conseguiu um lugar na história dos Toffees. Conhecido por sua liderança e
personalidade forte ajudou na afirmação de jovens jogadores e formou grande
dupla com Sharp. Seus trunfos no campo era a qualidade nas bolas aéreas. No
final da temporada, com a contratação de Gary Lineker, optou por sair do clube.
Seu companheiro, por outro lado, defendeu o clube por longos 11 anos e é o
segundo maior artilheiro da história do clube, com 159 gols. Sua principal
característica também era o jogo aéreo. Mas, apesar disso, tanto Gray quanto Sharp, sabiam usar os pés com qualidade.
frente, o Everton contou com a dupla escocesa, Andy Gray (foto, à esquerda) e Graeme Sharp (foto, à direita). Gray
atuou apenas entre 1983 e 1985, mas conseguiu um lugar na história dos Toffees. Conhecido por sua liderança e
personalidade forte ajudou na afirmação de jovens jogadores e formou grande
dupla com Sharp. Seus trunfos no campo era a qualidade nas bolas aéreas. No
final da temporada, com a contratação de Gary Lineker, optou por sair do clube.
Seu companheiro, por outro lado, defendeu o clube por longos 11 anos e é o
segundo maior artilheiro da história do clube, com 159 gols. Sua principal
característica também era o jogo aéreo. Mas, apesar disso, tanto Gray quanto Sharp, sabiam usar os pés com qualidade.
No banco de
reservas a equipe teve um dos maiores treinadores de sua história, o inglês
Howard Kendall (foto), ex-jogador do próprio clube. Com ele, o clube revelou e lapidou
jovens que se tornariam grandes jogadores da história do Everton e conquistou
grandes glórias. Além dele, haviam alguns jogadores que jogavam regularmente,
casos dos competentes John Bailey, lateral esquerdo, do meio-campo Kevin
Richardson e do meia-atacante Adrian Heath, que sempre marcava seus golzinhos.
reservas a equipe teve um dos maiores treinadores de sua história, o inglês
Howard Kendall (foto), ex-jogador do próprio clube. Com ele, o clube revelou e lapidou
jovens que se tornariam grandes jogadores da história do Everton e conquistou
grandes glórias. Além dele, haviam alguns jogadores que jogavam regularmente,
casos dos competentes John Bailey, lateral esquerdo, do meio-campo Kevin
Richardson e do meia-atacante Adrian Heath, que sempre marcava seus golzinhos.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse período:
Final da FA Charity Shield: Everton 1×0 Liverpool
Árbitro: Keith Hackett
Público 100.000
Gol: ’55 Grobbelaar
(contra) (Everton)
(contra) (Everton)
Everton: Southall; Stevens, Mountfield, Ratcliffe, Bailey; Reid,
Bracewell, Steven, Richardson; Heath e Sharp. Téc. Howard Kendall
Bracewell, Steven, Richardson; Heath e Sharp. Téc. Howard Kendall
Liverpool: Grobbelaar; Neal, Hansen, Lawrenson, Kennedy; Whelan, Nicol,
Wark, Lee (Walsh); Kenny Dalglish e Ian Rush. Téc. Joe Fagan
Wark, Lee (Walsh); Kenny Dalglish e Ian Rush. Téc. Joe Fagan
Semifinal da UEFA Winner’s Cup: Everton 3×1 Bayern de Munique
Estádio Goodison Park, Liverpool
Público 49.476
Gols: ’48 Sharp, ’73 Gray e ’86 Steven (Everton); ’38 Hoeness (Bayern)
Everton: Southall; Stevens, Mountfield, Ratcliffe, van den Hauwe; Reid,
Bracewell, Steven, Sheedy; Sharp e Gray. Téc. Howard Kendall
Bracewell, Steven, Sheedy; Sharp e Gray. Téc. Howard Kendall
Bayern: Pfaff; Eder (Rummeniegge), Augenthaler, Willmer (Beierlorzer),
Pflüger; Nachtweih, Lerby, Matthäus, Dremmler, Kögl; Hoeness. Téc. Udo Lattek
Pflüger; Nachtweih, Lerby, Matthäus, Dremmler, Kögl; Hoeness. Téc. Udo Lattek
Final da UEFA Winner’s Cup: Everton 3×1 Rapid Viena
Estádio De Kuip, Rotterdam
Árbitro: Paolo Casarin
Público 38.500
Gols: ’57 Gray, ’72 Steven, ’85 Sheedy (Everton); ’83 Krankl (Rapid)
Everton: Southall; Stevens, Mountfield, Ratcliffe, Bailey; Reid, van den
Hauwe, Steven, Sheedy; Gray e Sharp. Téc. Howard Kendall
Hauwe, Steven, Sheedy; Gray e Sharp. Téc. Howard Kendall
Rapid: Konsel; Lainer, Weber, Brauneder, Garger; Kienast, Hrstic,
Weinhofer (Panenka); Kranjcar, Krankl e Pacult (Bröss). Téc. Otto Baric
Weinhofer (Panenka); Kranjcar, Krankl e Pacult (Bröss). Téc. Otto Baric
Liverpool fez a gente ser pequeno
Na cidade dos beatles era o liverpool que tocava o terror mas entre 84-85e depois 87(ultima vez campeao ingles)os azuis tiveram breves momentos de felicidade que estao na memoria para sempre.os reds continuaram a dominar e os azuis nunca mais fizeram frente.