Times de que Gostamos: Braga 2010-2011
perto de viver sua melhor temporada da história em 2010-2011, o Braga.
Em pé: Artur Moraes, Paulão, Alberto Rodríguez, Miguel García, Custódio, Vandinho. Agachados: Paulo César, Alan, Sílvio, Lima e Hugo Viana. |
Alberto Rodríguez, Elderson; Vandinho (Custódio), Leandro Salino, Hugo Viana
(Márcio Mossoró); Alan, Lima, Matheus (Paulo César). Téc. Domingos Paciência
três forças no futebol – Benfica, Porto e Sporting –, passou a conviver com uma
espécie de “quarta força” nos últimos 10 anos: o Braga, da cidade de igual
nome. Garimpando nomes desconhecidos (ou pouco conhecidos) do futebol brasileiro e completando a equipe
com alguns jogadores locais, o time começou a mostrar suas garras na temporada
2009-2010, quando foi vice-campeã portuguesa, ficando atrás do Benfica.
que a equipe chegou perto de viver sua melhor temporada da história. Conquanto
não tenha ido tão bem no Campeonato Nacional – terminando em quarto lugar –, os
bracarenses nunca se esquecerão da excelente campanha do clube na Liga Europa,
em que chegou à final e perdeu para o Porto, de Falcao García.
UEFA Champions League (apesar de ter sofrido derrota acachapante para o Arsenal em
Londres, 6×0). Na fase preliminar, eliminou um forte Sevilla, na Espanha, e na, fase de grupos, embora não tenha ido adiante, venceu o Arsenal em sua casa.
Muito “arrumadinho” taticamente, o time de Domingos Paciência será sempre
lembrado pela ótima temporada, uma das melhores da história do clube.
defendido pelo goleiro Felipe, hoje no Flamengo. Mal tecnicamente e lesionado
em parte do tempo, bateu um recorde negativo da equipe, sofrendo 11 gols em
três jogos e foi para a reserva. Quem assumiu o posto foi Artur Moraes (foto), ex-Cruzeiro
e Roma. E o arqueiro deu conta do recado, arrumando a defesa bracarense e destacando-se
com defesas de grandes reflexos. Sua grande performance o levou ao Benfica na
temporada seguinte.
maior parte das vezes pelo brasileiro Paulão, formado no Atlético Mineiro e
hoje no Real Betis, e pelo peruano Alberto Rodríguez (foto). Ainda que não fosse uma
defesa tecnicamente forte, fazendo o simples e sendo eficiente na bola aérea, a
dupla se destacou. Prova disso foram suas transferências posteriores. Outro
zagueiro que muito atuou na temporada foi o brasileiro Moisés, ex-Cruzeiro e
Flamengo, o qual, tendo características semelhantes às de seu titulares, não
comprometia.
Sílvio (foto), pela direita, e o nigeriano Elderson pela esquerda. Ofensivos, os
alas eram ótimas opções na saída de bola e início da criação ofensiva da
equipe da região do Minho. Outra alternativa muito utilizada por Paciência foi a opção por Sílvio na lateral esquerda, com a entrada do português Miguel García pela direita.
fixo à frente da área e dois meio-campistas centrais à frente, ditando o ritmo
da equipe. Vandinho (foto), o capitão da equipe, era o cão de guarda à frente da
defesa. Com excelente senso de marcação e boa saída de bola, o brasileiro, que
foi formado no Internacional, se tornou ídolo da equipe, defendendo-a em 213
partidas. Na sua ausência, atuou o português Custódio, formado no Sporting CP e
também muito forte na marcação.
com o multifuncional Leandro Salino (acima na foto), ex-Ipatinga e Flamengo, e com o excelente
armador português Hugo Viana (abaixo na foto). O brasileiro dava movimentação à equipe,
circulando por toda a faixa central do campo. Já o luso foi o principal criador
do time. Seu bom passe, tanto curto quanto longo, e sua qualidade na bola
parada foram grandes trunfos da equipe. Quem também atuou nessa função foi Márcio
Mossoró, craque do Paulista de Jundiaí campeão da Copa do Brasil em 2005.
O ataque contou com três peças de
diferentes características. Pela direita, a arma da equipe foi o brasileiro
Alan (à direita da foto). Velocíssimo e com muita facilidade em buscar a bola no meio-campo e
conduzi-la ao ataque, foi um dos melhores jogadores da equipe na temporada. Do
outro lado, o destaque também era brasileiro. Matheus, hoje no Dnipro da
Ucrânia, era também muito veloz, mas, diferentemente de Alan, agregava mais
ofensividade à equipe, sendo mais contundente e agudo. Já Lima (à esquerda da foto), atualmente
no Benfica, era o matador, o “homem gol”.
Quem atuou muitas vezes neste
ataque foi o também brasileiro Paulo César, que, quando estava em campo, revezava-se na função de centroavante com Lima.
banco de reservas contou com algumas peças de qualidade. Na primeira metade da
temporada, o clube contou com o uruguaio cerebral Luis Aguiar, que, embora já não vivesse grandes dias, tinha muito talento. Além dele,
jogadores como o volante Andrés Madrid, o meia-atacante Hélder Barbosa e os
centroavantes Meyong e Élton (ex-Vasco) compunham com qualidade o elenco
bracarense.
Ficha técnica de jogos importantes nesse
período:
Champions League: Sevilla 3×4 Braga
Fabiano, ’84 Jesús Navas e ’90 Kanouté (Sevilla)
Escudé, Dabo (Álvaro Negredo); Zokora, Cigarini (Renato), Jesús Navas, Diego
Perotti; Luis Fabiano e Kanouté. Téc. Álvarez
Rodríguez, Elderson; Vandinho, Leandro Salino, Luís Aguiar (Lima); Alan, Paulo
César (Paulão), Matheus (Élton). Téc. Domingos Paciência
Braga 2×0 Arsenal
Alberto Rodríguez, Elderson; Vandinho (Hugo Viana), Leandro Salino, Luís Aguiar
(Andrés Madrid); Alan, Lima (Élton), Matheus. Téc. Domingos Paciência
Djourou, Gibbs; Denilson, Wilshere, Fabregas (Nasri), Rosicky; Walcott (Vela) e
Bendtner (Chamakh). Téc. Arsène Wenger
Alberto Rodríguez, Sílvio; Custódio, Hugo Viana, Márcio Mossoró (Kaká); Alan,
Lima (Leandro Salino), Meyong (Hélder Barbosa). Téc. Domingos Paciência
Fábio Coentrão; Javi García, César Peixoto (F.Jara), Carlos Martins (A.
Kardec) , Nico Gaitán; Saviola (F. Menezes) e Cardozo. Téc. Jorge Jesus
A. Pereira; Fernando, Guarín (Belluschi), João Moutinho; Hulk, Falcao, Varela (James
Rodríguez). Téc. André Villas-Boas
Alberto Rodríguez (Kaká), Sílvio; Vandinho, Custódio, Hugo Viana (Márcio
Mossoró); Alan, Lima (Meyong), Paulo César. Téc. Domingos Paciência