Times de que Gostamos: Benfica 1960-1962
Em pé: Angelo, Cruz, João, Cavém, Germano e Costa Pereira. Agachados: Augusto, Eusébio, Águas, Coluna e Simões. |
Pereira; Mario João, Germano, Ângelo; Cruz, Cavém; Coluna, Eusébio, José Augusto
(Santana), Simões e Águas. Téc. Béla Guttmann
Campeonato Português, Taça de Portugal e Bicampeonato da UEFA Champions League.
húngaros de 1954, a equipe do Benfica do início da década de 60 assustou pela
beleza e ousadia de seu futebol. Treinado por Béla Guttmann – treinador húngaro
que “criou” Ferenc Puskas e Jószef Bozsik, no modesto Kispesti AC, e passou,
dentre outros clubes pelo Milan, São Paulo e seleção húngara –, o escrete adotou o
famoso esquema tático WM.
Traduzindo-o para a atualidade seria uma espécie de 3-2-5. Impensável nos dias
atuais? Talvez. Mas revolucionário à época.
presença, sobretudo, de dois cracaços de bola, os moçambicanos Eusébio e Mário
Coluna, o Benfica, à exemplo dos magiares de 54, trouxe ataque massivo e impressionante
capacidade de confundir os adversários. Não fosse o Peñarol de Luis Cubilla e o
Santos de Pelé, poderia ter sido ainda maior.
Moçambique – ainda colônia lusa – defendeu o Benfica por treze anos (entre 1954
e 1967), sendo titular em 10 deles. Conquanto tenha se tornado uma figura
extremamente representativa no clube, ficou notabilizado por alguns frangos
históricos e clamorosos. O mais famoso deles é, provavelmente, o sofrido na
final da UEFA Champions League de 1963, contra a Internazionale. Pela seleção
portuguesa atuou 22 vezes. É corriqueiramente escolhido o melhor goleiro da
história do clube.
A linha de defesa, composta pelo
zagueiro direito Mario João, pelo zagueiro central Germano de Figueiredo (foto) e pelo
zagueiro esquerdo Ângelo Martins apresentava uma qualidade impressionante – o que
era imprescindível, dada a “ousadia” do esquema tático. Mário João começou sua
empreitada no Benfica como meia-esquerda, treinado, então, pelo brasileiro Otto
Glória. Com a chegada de Guttmann, foi colocado no lado da defesa Encarnada. Polivalente, podia jogar na
direita ou na esquerda.
últimos 50 anos, feita pela UEFA em 2004, ficou conhecido por seu primor
técnico e classe, chegando a atuar no meio-campo e no ataque em várias
ocasiões. Já Ângelo Martins, que é lembrado como “O Sarrafeiro”, era o menos
sutil da defesa. Para os Benfiquistas o apelido é retrato de sua dedicação e de
seu brio.
protegida, cabia a Fernando Cruz uma atenção especial ao setor. Mais um jogador
conhecido pela polivalência, podia atuar na lateral esquerda ou ainda mais
recuado na defesa central. É difícil explicar o que seria no futebol atual. Um
volante? Talvez.
de Cruz atuou um dos jogadores mais híbridos da história. Domiciano Cavém, era
aquele atleta que todo técnico deseja. Atuava no meio-campo, ofensivo ou
defensivo, no ataque, ao centro ou pelas pontas, e, ainda, na lateral direita –
sempre com qualidade. Em mais de 400 jogos marcou mais de 100 tentos. Conta-se
que era supersticioso. Certa vez sonhou que, se mantivesse a barba, venceria a
partida seguinte. Até sua morte teria se arrependido de não ter atuado na final
da UEFA Champions League, de 1963, com barba.
apoteótico quinteto difícil de explicar. Mario Coluna (foto à direita), “o monstro sagrado”
seria o regente da ópera Encarnada. Capitão
português em 1966, foi o motor do Benfica. O jogo elegante e os passes precisos
marcaram o atleta que, além de tudo, é ainda lembrado por sua força no
vestiário, exercendo notável liderança.
José Augusto, pela direita, e António Simões, pela esquerda. O primeiro jogava
muito aberto, tendo como características principais o bom cruzamento e a forte bola aérea. Do outro lado, Simões – que foi apelido de “Rato
Mickey” – notabilizou-ser por ser um grande driblador e o principal assistente
do time.
Águas (foto à direita). O gênio e o artilheiro. Os dois maiores artilheiros da história das Águias. Águas, artilheiro por essência,
fazia gols de todos os tipos. Pelo Benfica foram 377 em 379 jogos. Já Eusébio,
maior jogador português de todos os tempos, era a verdadeira magia. O “Pantera
Negra” é lenda. Era rápido, driblador, forte e artilheiro. Entretanto, tudo isso junto não
descreve com precisão o maior de todos os lusos. Em
440 jogos marcou 473 gols. Eusébio, que faleceu neste ano, é mito.
inovador e interessantíssimo treinador Béla Guttmann (foto) haviam alguns jogadores
muito importantes. Para a defesa, José Neto, para o meio-campo, Joaquim Santana e
para o ataque, José Torres (estes dois últimos ganhariam a titularidade nos anos
seguintes), um verdadeiro poste de 1,91m que, ao fim de sua passagem no
Benfica, confirmou-se um dos maiores artilheiros da história do clube com 226
gols em 259 jogos.
alguns jogos importantes nesse período:
Champions League de 1960-1961: Benfica 3×2 Barcelona
’32 Rammalets (contra), ’55 Coluna (Benfica); ’21 Kocsis e ’75 Czibor
(Barcelona)
Pereira; Mário João, Germano, Ângelo; Cruz, Neto; Santana, Coluna, Eusébio,
Cavém, José Augusto, Águas. Téc. Béla
Guttmann
Ramallets; Foncho, Gensana, Grácia; Verges, Garay; Luis Suárez, Kocsis, Kubala,
Czibor e Evaristo. Téc. Enrique Orizaola
Mundial de Clubes de 1961: Peñarol 2×1 Benfica
Centenario, Montevidéu
Praddaude
(Benfica); ‘5 e ’40 José Sasía (Peñarol)
Maidana; W. Martínez, Cano, Gonçalves, Walter Aguerre; E. González, Cubilla;
Ernesto Ledesma, Juan Joya, Alberto Spencer, José Sasía. Téc. Roberto Scarone
Pereira; Ângelo, José Neto, Humberto Fernandes; Cruz, Cavém; Coluna, Simões,
José Augusto, Eusébio, Águas. Téc. Béla Guttmann
finais da UEFA Champions League de 1961-1962: Benfica 6×0 Nuremberg
Lisboa
e ’55 Eusébio, ’21 Coluna, ’63 e ’78 José Augusto (Benfica)
Pereira; Mário João, Germano, Ângelo; Cruz, Coluna; Cavém, Simões, José
Augusto, Eusébio e Águas. Téc.
Béla Guttmann.
Zenger, Strehl, Morlock, Flachenecker. Téc. Herbert
Widmayer
Champions League de 1961-1962: Benfica 5×3 Real Madrid
Olímpico, Amsterdã
Horn
’33 Cavém, ’50 Coluna, ’63 e ’69 Eusébio (Benfica); ’18, ’23, ’40 Puskas (Real
Madrid)
Pereira; Mário João, Germano, Ângelo; Cruz, Cavém; Coluna, José Augusto, Simões,
Eusébio e Águas. Téc. Béla Guttmann
Araquistáin; Casado, Santamaría, Miera; Felo, Pachín; Di Stéfano, Del Sol,
Tejada, Gento, Puskas. Téc. Miguel Muñoz
O maior esquadrao de portugal em todos os tempos e com 06 titulares levaram portugal a um terceiro lugar na copa 66.na decada de 60 foram cinco finais de champions com um bi 61-62 eas outras tres derrotas tem explicacao pouco logica.depois do bi europeu o treinador bella gutman teria pedido um aumento salarial que foi negado pela diretoria.revoltado bella decidiu ir embora mas antes soltou uma frase que se tornou uma maldicao no estadio da luz dizendo que se ele nos proximos 100 anos o benficanao voltaria a ser campeao europeu.na epoca ninguem deu bola mas o fato curioso que o benfica de la pra ca ja perdeu 05 finais de champions mais 03 de copa uefa/europa league.e ai coincidencia ou praga ate hoje ninguem sabe.