Times de que Gostamos: Arsenal 2003-2004
Budapest Honvéd, dos anos 1950, é recordada a história do último campeão inglês invicto, o
Arsenal, na temporada 2003-04.
Em pé: Vieira, Bergkamp, Edu, Lehmann, Lauren, Campbell e Touré.
Agachados: Ashley Cole, Ljungberg, Henry e Pirés.
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Ashley Cole; Patrick Vieira, Gilberto Silva, Pirés, Ljungberg; Bergkamp, Thierry
Henry. Téc. Arsene Wenger.
Arsenal de 2003-04 jogava um futebol ao mesmo tempo vistoso e eficiente. Muito disso ocorreu em função da presença de dois
jogadores em especial, que viviam a plenitude de seu futebol, o melhor momento de
suas carreiras: Patrick Vieira e Thierry Henry.
Foto: Getty Images |
Os franceses foram os principais
jogadores de um time único. Todavia, nessa temporada, não houve qualquer titular que
pudesse ser criticado. O time foi quase perfeito. Em 38 partidas pela Premier League, a equipe saiu vencedora
em 26 ocasiões. Os outros 12 jogos foram empates. O Arsenal invicto teve um assombroso
saldo positivo de 47 gols; melhor defesa e melhor ataque da competição. Melhor tudo. Aquele ano também confirmava uma espécie de auge do clube. Sob o comando de Arsène Wenger desde 1996, ele vinha se remodelando há um bom tempo.
Foto: Action Images/Reuters |
Não demorou muito tempo para abandonar a alcunha de Boring Arsenal, passando, pelo contrário, a ser visto como um dos times de futebol mais bonito da Europa. A política de contratações do treinador francês, que convenceu alguns de seus compatriotas, ainda com pouca idade, a se mudar para Londres, foi um diferencial daquele homem que foi muito mais do que um técnico. Wenger também ganhou fama por descobrir talentos em mercados pouco explorados, por lapidar jovens e encontrar uma melhor posição no campo para seus atletas alcançarem seu potencial máximo.
Naquela temporada, o time encontrou sintonia fina. Sua contratação de maior impacto, o jovem José Antonio Reyes, não foi uma necessidade, apenas aumentou as possibilidades do time. Vital foi apenas a chegada de um novo guardião.
goleiro. O velho clichê se fez valer aqui também. Após a saída do
simbólico e histórico David Seaman para o Manchester City, pouco antes de sua aposentadoria, o Arsenal buscou no Borussia Dortmund o
goleiro Jens Lehmann para a temporada. E o arqueiro alemão comandou a defesa
menos vazada da competição. Atuando em todas as partidas da liga, fez com
que até o mais saudoso torcedor dos Gunners não sentisse falta do antigo ídolo. A fase do goleirão no Arsenal foi tão boa que o levou a tomar a vaga de Oliver Kahn na seleção de seu país.
muito seguros e bons no jogo aéreo, o ídolo Sol Campbell e o marfinense Kolo Touré.
Este detinha mais velocidade e explosão física do que aquele, que compensava essa
deficiência com ótimo posicionamento e uma força notável pelo alto. Nas laterais, havia dois atletas com vocação
ofensiva. Pela esquerda, o ascendente Ashley Cole, então com 23 anos, pasmava o
mundo com uma invejável capacidade de ataque, ótimo vigor físico e eficiente
marcação. Pelo outro lado, figurava Lauren, contratado como meio-campo e transformado em ala, era mais discreto, mas competente no ataque e sem ressaltáveis deficiências.
Foto: AFP/Getty |
À frente da defesa, estavam, sempre bem postados, os
dois jogadores responsáveis por serem o esteio da equipe. O volante Patrick Vieira, um dos grandes ídolos da história do clube londrino, possuía refinamento técnico e explosão física incomuns, sendo capaz de desempenhar diversas funções na meia cancha, indo bem nos desarmes e no auxílio à construção das jogadas. Além disso,
tinha uma bola aérea muito forte. Ao seu lado, o brasileiro Gilberto Silva, o Invisible Wall (O Muro Invisível, em tradução livre), vivia grande fase e mantinha a organização da retaguarda da equipe. O pentacampeão dava segurança à zaga, permitia os avanços dos laterais e oferecia segurança para que Vieira pudesse ir à frente quando necessário.
força e a velocidade.
Bergkamp, já em fim de carreira, dava seus últimos (e
excelentes) suspiros no futebol. Ele foi o líder de assistências dos Gunners no inglês, com nove. Pirés também vivia
grande momento desde o título da Copa das Confederações de 2001, representando Les Bleus, e Ljungberg, que não
nenhum possuía nenhum grande atributo individual, compunha bem a equipe, ajudando na
marcação e atacando com eficiência.
nessa temporada. Fatal, prolífico ou letal. Classifique como quiser. O fato é que
Henry se fixou no rol dos melhores jogadores da rica história do clube. Cobrando
faltas, finalizando de curta e longa distâncias ou cabeceando, o craque ficou lembrado por ter decidido jogos de
todos os jeitos. Os adversários o temiam com razão. Sua precisão e presença
eram fantásticas e alcançaram o ápice nesse ano.
Foto: Getty Images |
Nessa temporada, a
ideia de futebol considerada ideal pelo treinador Arsène Wenger foi aplicada. O time jogou um
futebol bonito e eficaz, sem a necessidade de exorbitantes gastos. Como tudo que é bom não dura para sempre, este foi um dos últimos anos de título dos Gunners — o último da Premier League. Desde então, a equipe foi gradativamente diminuindo suas ambições.
Foto: Premier League |
teve ainda seis jogadores da seleção da Premier League que foi composta por: Tim Howard
(Manchester United); Lauren, Campbell, John Terry (Chelsea), Cole; Vieira, Steven Gerrard
(Liverpool), Frank Lampard (Chelsea), Pirés; Henry e Ruud Van Nistelrooy (Manchester
United). Além disso, o clube ganhou o prêmio de Fair Play, por ter sido a
equipe mais disciplinada do torneio.
9ª rodada do Campeonato Inglês: Arsenal
2 x 1 Chelsea
Árbitro: Paul Durkin
Público 38.172
e Crespo ‘8 (Chelsea)
Campbell, Kolo Touré, A. Cole; Gilberto Silva, Edu, Parlour (Bergkamp), Pirés (Cygan);
Wiltord (Kanu), Henry. Téc. Arsene Wenger
Huth, Melchiot, Bridge; Makelele, Geremi (Hasselbaink), Lampard, Duff (Joe
Cole); Mutu (Gronkjaer), Crespo. Téc. Cláudio Ranieri
26ª rodada do Campeonato Inglês: Arsenal
2 x 1 Chelsea – 26ª rodada do Campeonato Inglês
e Gudjohnsen ‘1 (Chelsea)
Campbell, Kolo Touré, Clichy; Vieira, Gilberto Silva, Edu, Pirés; Bergkamp (Ljungberg),
Henry. Téc. Arsene Wenger
Gallas, Terry , Bridge; Makelele, Geremi (Joe Cole), Scott Parker (Gronkjaer), Lampard;
Mutu (Hasselbaink), Gudjohnsen. Téc. Claudio Ranieri
35ª rodada do Campeonato Inglês: Arsenal
2 x 2 Tottenham – 35ª rodada do Campeonato Inglês (Jogo do título)
(Arsenal), Jamie Redknapp ’62 e Robbie Keane ’90 (Tottenham)
Campbell, Kolo Touré, A. Cole; Gilberto Silva, Vieira, Parlour (Edu) e Pirés;
Bergkamp (Reyes), Henry. Téc. Arsene Wenger
(Poyet), Ledley King, Gardner, Taricco (Bunjevcevic); Michael Brown, Jamie
Redknapp, Simon Davies, J. Jackson (Defoe); Robbie Keane, Kanouté. Téc. Chris
Hughton
Magnifico post, que saudade desse time do Arsenal, bons tempos.
Bons tempos. Devemos cobrar isso pois merecemos.
Parabéns pelo post!
Grande time, boa época!
Time fanstatico,Henry no auge da forma física, Bergkamp esbanjando elegância e Vieira voando…. Pilares desse grande time
Aí você vê o Arsenal hoje, você fica até envergonhado, não dá, falo a mesma coisa dos elencos do Milan da década passada
Comecei acompanhar futebol Europeu assistindo jogos dos gunners nessa época. Já tinha visto alguns jogos do Real galácticos de ronaldo, Zidane e companhia, mas o q eu comecei acompanhar mesmo foi esse timaço do arsenal, até pq a Band na época começou a transmitir a premier. Na minha opinião Thierry Henry é o jogador q não tem prêmio de melhor do mundo q mais mereceu ganhar. Só não fazia chover nakela época. Q timaço e q nostalgia.
Grandes ícones no Fifa UT
Eu adorava o Arsenal, passei a infância jogando vídeo game e assistindo jogos dele. Arsenal e Bayer são meus times prediletos.
Ótimo post… Nostálgico, foi quando conheci o que era o Arsenal com 13 a 14 anos e me apaixonei. Um super time.