Terá Felipão ressuscitado o espírito da Seleção Brasileira?
Na Copa das Confederações vimos
depois de muito tempo uma empatia entre a Seleção Brasileira e o Torcedor. Muitos
creditam o afastamento do torcedor ao afastamento da própria Seleção
Brasileira, que por conta de um contrato realiza a suprema maioria de seus
jogos fora do país. Pode até ser. Mas o que não se pode negar é o fato de que
com o retorno do treinador Luiz Felipe Scolari o torcedor tem visto uma equipe
com muito mais disposição e vontade de vencer do que víamos nos tempos de Mano
Menezes. Busco apresentar algumas atitudes do novo-velho treinador brasileiro
que podem ter alavancado essa mudança nas apresentações da Seleção.
depois de muito tempo uma empatia entre a Seleção Brasileira e o Torcedor. Muitos
creditam o afastamento do torcedor ao afastamento da própria Seleção
Brasileira, que por conta de um contrato realiza a suprema maioria de seus
jogos fora do país. Pode até ser. Mas o que não se pode negar é o fato de que
com o retorno do treinador Luiz Felipe Scolari o torcedor tem visto uma equipe
com muito mais disposição e vontade de vencer do que víamos nos tempos de Mano
Menezes. Busco apresentar algumas atitudes do novo-velho treinador brasileiro
que podem ter alavancado essa mudança nas apresentações da Seleção.
Canarinho no período de julho de 2010 até novembro de 2012. Dificilmente um
trabalho de dois anos seria tão ruim que não houvesse o que aproveitar. E de
fato houve um setor que trabalhou em nível de razoável para bom na “Era Mano”.
A defesa.
promoveu o ingresso de David Luiz a Seleção, afirmou Thiago Silva como
reconhecendo isso, e não tendo a prepotência de querer mudar tudo a sua volta
manteve este setor intocado favorecendo o futebol do Brasil.
toda a trajetória de Felipão: a imposição de sua presença, seu modo de trabalho.
Foi assim na sua primeira passagem pelo Brasil quando não convocou Romário para
a Copa de 2002, da mesma forma na seleção portuguesa, quando barrou medalhões
como Vítor Baía, Fernando Couto e Figo (que por merecimento retornaria). E isso
tem uma explicação lógica.
Felipão é conhecido por montar
sempre elencos coesos. Ou seja, jogadores que não se adaptem a forma de
trabalho adotada por ele estão fora. Em compensação, aqueles que se enquadram,
mesmo que não possuam extrema qualidade ganham o gosto de Felipão.
mesmo contundido se juntou a delegação brasileira em Londres. Em compensação
ficou bem pouco impressionado com atitudes de Ramires e Ronaldinho Gaúcho. Por
mais que a qualidade destes seja indiscutível, em termos de grupo, há um
benefício quando se convocam jogadores que “abraçam a causa” da Seleção. Foi o
caso, por exemplo, de Leandro Damião, centroavante do Internacional, que está
longe de ter indiscutível qualidade, mas pela dedicação ganhou o gosto de
Felipão.
Felipão foram algumas escolhas. Ele deixou de lado o fato de Hernanes ter sido
expulso contra a França na gestão anterior e voltou a convocá-lo. Deixou de
lado a fama de “nervosinho” de Marcelo e o manteve, confiou em Fred, que foi
testado em várias ocasiões, mas apesar do clamor popular feito em torno dele,
nunca havia se firmado na seleção.
pelo futebol, desconsiderando a falta de experiência e ainda optou por
jogadores de sucesso na Europa e que não eram lembrados no Brasil como Dante e
Filipe Luis. Em suma Luiz Felipe parece ter alcançado uma maturidade em alguns
aspectos, coisa que já lhe faltou em outros momentos.
treinador definiu seu goleiro, Júlio César, e também que a seleção teria um
primeiro volante de marcação e usaria um centroavante. Definidas essas
prioridades, restou buscar o volante e o centroavante ideais. Após alguns
testes Luiz Gustavo e Fred ganharam as vagas, mas o mais importante foi que
desde o início de seu novo trabalho o técnico treinou a equipe com a mesma
formação tática. Sem dúvida alguma, com essa definição é muito mais fácil
adequar os jogadores ao jogo brasileiro.
para o Brasil, mas com trabalho está conseguindo o apreço da mídia e dos
torcedores. Falta ainda um ano para a Copa do Mundo. O medo de um fracasso no Mundial
parece ter se dissipado. Com a conquista da Copa das Confederações batendo a poderosa
Espanha, voltamos a vencer grandes seleções. E é assim que continuamos, agora
muito mais satisfeitos, na esperança de sermos o 7º anfitrião campeão em 2014.