Promessa hoje, realidade amanhã? — Versão 2018




18 anos. Menina dos olhos do treinador Pep Guardiola, o inglês Phil Foden representa uma das esperanças de que o futuro do Manchester City será tão bom quanto o presente é. Se a titularidade ainda não é realidade, as oportunidades, que começaram a ser recebidas em 2017/18, só têm aumentado. Canhotinho, o meia opera pela faixa central e há quem diga que está sendo preparado para suceder o ídolo espanhol David Silva. Controle de bola apurado, boa visão de jogo para passar e movimentação constante são os grandes predicados de Foden. “Ele parece muito magro, fraco, mas é realmente muito forte”, disse Guardiola em entrevista coletiva.
5 — Houssem Aouar (Lyon-FRA)
20 anos. Cria das categorias de base do próprio Lyon, que o recebeu aos 11 anos, Houssem Aouar é um meia francês de raízes argelinas e enorme qualidade. Pode atuar em qualquer uma das posições de meio-campo, preferencialmente as mais centrais. Sua estreia aconteceu em fevereiro de 2017, mas, da mesma forma que outros já mencionados, afirmou-se na temporada 2017/18, sobretudo em segunda metade. Seu começo de campanha em 2018/19 é excelente, com seis gols anotados em 18 partidas na Ligue 1. Suas qualidades de condução de bola e a tomada de decisões corretas, com passes e movimentações, são trunfos.

20 anos. Outro meio-campista central, Exequiel Palacios é um jogador profissional dos quadros do River Plate desde 2015, mas de pouquíssima minutagem. No referido ano, fez apenas um jogo no Campeonato Argentino, o que se repetiu no ano seguinte. Seu salto aconteceu mesmo em 2018, assumindo as rédeas da meia-cancha do clube bonaerense. Com muita personalidade, firmou parceria com o veterano Leonardo Ponzio. Intenso, de ótima saída de bola, elegância e boa finalização de média distância, Palacios aparece como esperança também para a Seleção Argentina, pela qual estreou também em 2018. É fortemente vinculado a uma transferência ao Real Madrid.


9 — Callum Hudson-Odoi (Chelsea-ENG)

10 — Renan Lodi (Athletico-BRA)

11 — Achraf Hakimi (Real Madrid-ESP/Borussia Dortmund-ALE)
20 anos. Lateral que apareceu com destaque no Real Madrid em 2017, Achraf Hakimi subiu aos profissionais como alternativa ao titular Dani Carvajal e o reserva Nacho. Acabou tendo oportunidades em jogos de menor importância, mostrou potencial e foi titular da Seleção Marroquina na Copa do Mundo de 2018. Precisando de espaço para evoluir, o jovem, que é alternativa pela direita e pela esquerda, foi emprestado por duas temporadas ao Borussia Dortmund, clube em que tem sido titular e destaque, com um gol e três assistências em 12 jogos na Bundesliga, e outros três passes para gols em quatro partidas da Liga dos Campeões.
12 — Mattéo Guendouzi (Lorient-FRA/Arsenal-ENG)
19 anos. Volante que goza da confiança do treinador do Arsenal, Unai Emery, o franco-marroquino chegou ao clube inglês como uma promessa, mas já vem sendo utilizado com regularidade — muitas vezes como titular. Ainda parece “verde”, mas a desenvoltura que tem para participar do jogo, passar a bola e se oferecer como alternativa aos seus companheiros chama a atenção. A inconsistência de suas performances parece algo corrigível com o passar dos anos.
13 — Rúben Dias (Benfica-POR)
21 anos. O Benfica vivia uma crise sem fim para a sua zaga. Luisão já não era sombra do grande zagueiro que por muitos anos foi alternativa para a Seleção Brasileira. Jardel e Lisandro López viviam lutando contra uma série de problemas físicos. Esse foi o contexto em que o treinador Rui Vitória se viu, obrigado a lançar um jovem defensor sem qualquer experiência em setembro de 2017. Aos poucos, com a volta de Jardel, Luisão perdeu todo o seu espaço, foi ao banco de reservas e acabou se aposentando. E, cCom muita tranquilidade, demonstrando qualidade no jogo aéreo, força física e aptidão para sair jogando, Rúben Dias se afirmou, sendo hoje indiscutível.
14 — Mason Mount (Vitesse-HOL/Derby County-ENG)
19 anos. Outra cria das categorias de base do Chelsea, Mount faz parte do grupo de jogadores que os Blues têm emprestado pela Europa. Em 2017/18, foi enviado ao parceiro holandês do clube londrino, o Vitesse. O meia aproveitou suas chances, fez 14 gols e criou nove assistências em 32 jogos na Eredivisie. Sua visão de jogo é um ponto a ser destacado, assim como a qualidade na condução de bola. Hoje no Derby County, é treinado por Frank Lampard e dá continuidade a sua evolução.
15 — Marc Cucurella (Barcelona-ESP/Eibar-ESP)

16 — Pedrinho (Corinthians-BRA)
20 anos. O corpo franzino e o físico ainda em desenvolvimento escondem um jogador de grande talento. O meia corinthiano foi um dos poucos motivos de sorrisos da Fiel em 2018. Com o time em má forma, desmantelado após o título do Campeonato Brasileiro de 2017, Pedrinho ganhou espaço e, para muitos, deveria ter sido titular a temporada inteira. Habilidoso, de boa finalização de média distância e muito veloz, caiu nas graças da torcida. Jogou poucos jogos em 2017 e se firmou em 2018. Agora, tem sido especulada uma transferência para o futebol europeu.
17 — Moussa Diaby (PSG-FRA)

18 — Diogo Dalot (Porto-POR/Manchester United-ENG)

19 — Hiroki Abe (Kashima Antlers-JAP)
19 anos. Eleito o melhor jovem estreante do ano no Campeonato Japonês, Hiroki Abe é tratado como joia no Kashima Antlers. Meia com facilidade para conduzir a bola com os dois pés e rápido, é jogador das equipe sub-19 do Japão e foi um dos destaques do time na disputa do último Mundial de Clube, depois de participar da campanha do título na Liga dos Campeões da Ásia. Ainda não é titular absoluto da equipe, mas conquistou muito espaço em 2018.
20 — Matheus Cunha (Sion-SUI/RB Leipzig-ALE)
19 anos. No meio de 2017, Matheus Cunha deixou o Coritiba e partiu para uma aventura no Sion, da Suíça. Pouco mais de um ano depois, o atacante brasileiro vai ganhando espaço e se tornando um dos destaques do RB Leipzig em sua boa campanha na Bundesliga. Ótimo finalizador, com ambos os pés e também de cabeça, chama a atenção também pela facilidade com a qual se adaptou ao futebol europeu, com tamanha juventude. Na Alemanha, tem recebido maiores oportunidades nos jogos da Liga Europa, já tendo anotado três gols em seis jogos. “Ele é especialmente bom na frente do gol e é versátil. Ele se desenvolveu magnificamente no último ano no Sion”, disse o treinador do clube Ralf Rangnick ao site oficial da Bundesliga.

22 — Gedson Fernandes (Benfica-POR)
19 anos. Outro produto das categorias de base do Benfica chamado ao socorro do time diante das dificuldades dos Encarnados no mercado de transferências, Gedson tem sido regularmente titular. O meio-campista subiu aos profissionais apenas no início da temporada 2018/19, mas teve impacto imediato. Típico jogador que percorre longas faixas do campo, iniciando as jogadas e muitas vezes se aproximando da área adversária para finalizar — o típico box-to-box —, tem seu início de trajetória comparado ao de Renato Sanches. Possui técnica e bom porte físico. Apesar de ter nascido em São Tomé e Príncipe, representa Portugal, tendo feito suas primeiras partidas pelo país em setembro de 2018.
23 — Sandro Tonali (Brescia-ITA)

24 — Weston McKennie (Schalke 04-ALE)
20 anos. A temporada 2017/18 do Schalke 04 foi brilhante. O vice-campeonato da Bundesliga, com enorme vantagem para o terceiro colocado, consagrou um trabalho excepcional de reconstrução feito pelo treinador Domenico Tedesco. Um dos jogadores que ganharam espaço com ele foi o meio-campista norte-americano Weston McKennie, que parece não se incomodar com o trabalho de “formiguinha”. Atleta que joga duro, tenta muitos desarmes, vai bem no jogo aéreo e raramente desiste de uma jogada, tem se desenvolvido rapidamente, mesmo com o clube fazendo uma temporada 2018/19 decepcionante. “Ele tem boa mentalidade, é forte, tem os pés no chão e trabalha duro”, disse seu treinador à Fox Sports.
25 — Florian Neuhaus (Borussia Monchengladbach-ALE)
21 anos. Depois de atuar por duas temporadas na segunda divisão alemã, primeiro defendendo o Munique 1860 e depois o Fortuna Dusseldorf (emprestado pelo Gladbach), Neuhaus finalmente vem recebendo minutos na Bundesliga e seu desempenho tem sido soberbo. Em 17 partidas, o meio-campista já ofereceu sete assistências e marcou um tento. Tem no passe e na boa tomada de decisões seus trunfos e é um dos pilares da Seleção Alemã Sub-21.
26 — Alex Meret (SPAL-ITA/Napoli-ITA)
21 anos. Não é habitual o despontar de jovens goleiros. Pela responsabilidade intrínseca à posição, o mais normal é ver os arqueiros de potencial passarem algum tempo na reserva, aprendendo com os mais experientes. Cria da Udinese, Alex Meret colocou essa realidade em xeque em 2017/18 quando, emprestado à SPAL (que já havia defendido na segunda divisão um ano antes), mostrou suas qualidades. Apesar de ter sofrido lesões, revelou-se um goleiro de muitos reflexos e de ótimas defesas à queima roupa. Foi vendido ao Napoli, clube em que, machucado vinha sendo reserva do colombiano David Ospina, tendo conquistado espaço no final de 2018.

28 — Bruno Guimarães (Athletico-BRA)
21 anos. Outro jogador que se desenvolveu no time sub-23 do Athletico, depois de ter sido contratado junto ao Audax, e que ganhou destaque após a efetivação do treinador Tiago Nunes, Bruno Guimarães terminou 2018 como um dos melhores volantes do futebol brasileiro. Com muita visão de jogo e bom passe, fez o papel de segundo volante no clube paranaense, ditando o ritmo de suas ações. Não é brutal nos desarmes e interceptações, mas também não deixa a desejar; sai-se melhor na pressão do que propriamente no combate. Foi crucial na campanha que terminou com o título da Copa Sul-Americana pelo rubro-negro.

30 — Declan Rice (West Ham-ENG)
19 anos. Polivalente defensor, Declan Rice tem sido um dos pilares do treinador Manuel Pellegrini no comando do West Ham. Selecionável irlandês desde março de 2018, o jogador recebeu suas primeiras oportunidades reais na temporada 2017/18, atuando majoritariamente como zagueiro. Sob a batuta do chileno, entretanto, tornou-se titular absoluto, como volante, e deu um salto de qualidade. Seus passes (inclusive os longos) melhoraram sensivelmente, sua aptidão para o desarme e as interceptações também. Rice tem sido um leão à frente da defesa dos Hammers. “Ele é um jogador que sempre quer aprender mais, tem um futuro brilhante pela frente”, disse Pellegrini ao Irish Times.
Ótimos nomes, senti falta do Pedro do Fluminense, demonstrou faro de artilheiro mesmo em um time com um conjunto frágil, abraços.
Obrigado pelo comentário, Matheus! Essas listas, via de regra, sempre deixarão bons nomes de fora. Concordo com você: Pedro fazia um ano espetacular, coroado com convocação, até ter o azar da lesão. Abraços!