O recomeço de Wellington Silva no Fluminense
Atacante de lado de campo, o brasileiro teve problemas para ser aproveitado em solo inglês. Sem conseguir a licença de trabalho necessária ao desempenho do futebol na Terra da Rainha, foi sendo repassado a clubes espanhóis, na expectativa de conseguir o passaporte do país e passar a poder atuar no futebol bretão. Finalmente, em 2015, o conseguiu, após rodar por Levante, Alcoyano, Ponferradina, Real Murcia e Almería, sem destaque.
Em seu reinício no Tricolor Carioca fica claro que o jogador não evoluiu como se esperava, mas segue mostrando talento acima da média e pode vir a ser muito útil a seu clube. Assim também tem pensado Levir Culpi, treinador que o elogiou recentemente:
“Me surpreende até certo ponto porque eu não conhecia o Wellington. É interessante que alguns jogadores são carismáticos. A torcida comprou o Wellington. Ele representa o torcedor e faz um golaço desse. É muito bom”, disse o treinador após ver o jogador marcar um belo gol na vitória do Flu contra a Ponte Preta.
Outro ponto que deve estar sendo positivamente considerado é a dedicação e entrega do jogador nas partidas, tanto ofensiva quanto defensivamente, fazendo a recomposição quando seu time é agredido. Seu mapa de calor na partida contra o Internacional não deixa margem para dúvidas. Wellington (que devido à presença do lateral direito Wellington Silva abandonou o uso de seu sobrenome) está se esforçando para agarrar sua oportunidade. Isso é algo que Levir preza muito, como comprova seu histórico.
Reprodução: Footstats.net |
De volta a seu lar, o jogador tem recebido o apoio que muitas vezes lhe faltou durante os últimos anos, encontrou um técnico disposto a apostar em seu futebol mesmo sem conhecê-lo bem e um clube cuja tática lhe permite um bom encaixe.
Tendo recebido suas primeiras oportunidades aberto pelo flanco esquerdo, o jogador mostrou ser capaz de exercer bem a função, ajudando o lateral esquerdo William Matheus e os meio-campistas e atacantes tricolores, com constante movimentação e proatividade. É também relevante mencionar que Wellington executou cinco desarmes em menos de duas partidas completas, número extremamente representativo para um atleta de sua posição.