O que o futebol tem a aprender com o Atleti?
Surpreendentemente, ou não, o Atlético de Madrid, treinado por Diego Simeone, alcançou, nesta temporada, um nível de sucesso fantástico. O título espanhol e a chegada à final da UEFA
Champions League – cuja final será disputada no próximo sábado – consignaram uma
grande campanha. Além do trabalho duro de cada dia, algumas medidas simples
aplicadas pelo clube ajudaram-no a chegar ao patamar atual.
Escolhi alguns pontos por ele empregados e que servem de exemplo para outros clubes.
1 – Por vezes, o problema não é o material humano
Quando Diego
Simeone assumiu o comando do Atlético de Madrid, em dezembro de 2011, o
elenco do clube possuía 21 jogadores. Destes, 11 seguem no clube (considerando o
brasileiro Diego, que deixou o clube em 2012 e retornou em 2014). Do time que
entrou em campo na estreia de Diego Simeone sete jogadores permanecem no elenco
Colchonero e, na ocasião, o clube era
apenas o 11º colocado na tabela do campeonato nacional.
Simeone assumiu o comando do Atlético de Madrid, em dezembro de 2011, o
elenco do clube possuía 21 jogadores. Destes, 11 seguem no clube (considerando o
brasileiro Diego, que deixou o clube em 2012 e retornou em 2014). Do time que
entrou em campo na estreia de Diego Simeone sete jogadores permanecem no elenco
Colchonero e, na ocasião, o clube era
apenas o 11º colocado na tabela do campeonato nacional.
O argentino, ao invés de reformular seu elenco, conseguiu
recuperar a confiança de alguns de seus atletas, e, assim, extrair deles o que
de melhor podem oferecer. Um jogador com confiança é absolutamente melhor do
que outro que não a possui. E isso não tem a ver com a qualidade técnica, o
trato da bola em si. É preciso fazer com que os jogadores acreditem em si
mesmos, o que é parte vital do trabalho do treinador.
recuperar a confiança de alguns de seus atletas, e, assim, extrair deles o que
de melhor podem oferecer. Um jogador com confiança é absolutamente melhor do
que outro que não a possui. E isso não tem a ver com a qualidade técnica, o
trato da bola em si. É preciso fazer com que os jogadores acreditem em si
mesmos, o que é parte vital do trabalho do treinador.
Sob a batuta de
Simeone, Filipe Luís aprimorou a marcação, Miranda e Diego Godín (foto) firmaram-se
como uma das melhores duplas de zaga da Europa e jogadores como Koke
Ressureción e Diego Costa tiveram tranquilidade e espaço para desabrochar seu futebol.
Simeone, Filipe Luís aprimorou a marcação, Miranda e Diego Godín (foto) firmaram-se
como uma das melhores duplas de zaga da Europa e jogadores como Koke
Ressureción e Diego Costa tiveram tranquilidade e espaço para desabrochar seu futebol.
Apenas a título
de informação, na estreia de Diego Simeone pelo clube, o Atleti empatou fora de casa com o Málaga, 0x0. Na ocasião, Thibaut
Courtois, Diego Godín, Filipe Luís, Tiago, Gabi, Juanfran e Diego estavam em
campo. Arda Turan e Adrián López entraram no segundo tempo.
de informação, na estreia de Diego Simeone pelo clube, o Atleti empatou fora de casa com o Málaga, 0x0. Na ocasião, Thibaut
Courtois, Diego Godín, Filipe Luís, Tiago, Gabi, Juanfran e Diego estavam em
campo. Arda Turan e Adrián López entraram no segundo tempo.
2 – Ter um elenco enxuto é melhor do que ter um elenco
inchado
inchado
Atualmente, o elenco
alvirrubro conta com 22 jogadores, ou seja, dois times completos. Com um elenco
enxuto é mais simples manter a motivação dos atletas, uma vez que, certamente, estes atuam mais do que no caso de um elenco inchado. O fato de terem faltado, em
algumas ocasiões, peças de reposição, não representa nada de extraordinário.
alvirrubro conta com 22 jogadores, ou seja, dois times completos. Com um elenco
enxuto é mais simples manter a motivação dos atletas, uma vez que, certamente, estes atuam mais do que no caso de um elenco inchado. O fato de terem faltado, em
algumas ocasiões, peças de reposição, não representa nada de extraordinário.
Outro ponto
positivo desse tipo de atitude é o ganho de entrosamento, já que não são muitas
as possibilidades de alterações mantendo ainda, o corpo da equipe sempre bem
composto, e a estrutura tática, que tem sido vital para os sucessos do
clube.
positivo desse tipo de atitude é o ganho de entrosamento, já que não são muitas
as possibilidades de alterações mantendo ainda, o corpo da equipe sempre bem
composto, e a estrutura tática, que tem sido vital para os sucessos do
clube.
3 – É possível encontrar soluções no próprio elenco
Outro ponto que
se pode aprender com o exemplo do Atlético, é o de que há jogadores cujo máximo
potencial técnico pode ser alcançado em funções diversas das que está
habituado. O exemplo máximo disso é o lateral direito Juanfran. Anteriormente,
o espanhol atuava na meia-direita.
se pode aprender com o exemplo do Atlético, é o de que há jogadores cujo máximo
potencial técnico pode ser alcançado em funções diversas das que está
habituado. O exemplo máximo disso é o lateral direito Juanfran. Anteriormente,
o espanhol atuava na meia-direita.
Outro jogador
que registrou uma adaptação interessante foi o meio-campista Raúl García (foto). Antes
tido como um volante, o atleta passou a ser explorado em funções mais
ofensivas, o que surtiu grande efeito em sua performance. No Campeonato
Espanhol, foi o terceiro maior artilheiro da equipe, atrás apenas de Diego
Costa e David Villa, com nove gols.
que registrou uma adaptação interessante foi o meio-campista Raúl García (foto). Antes
tido como um volante, o atleta passou a ser explorado em funções mais
ofensivas, o que surtiu grande efeito em sua performance. No Campeonato
Espanhol, foi o terceiro maior artilheiro da equipe, atrás apenas de Diego
Costa e David Villa, com nove gols.
Além de Juanfran
e Raúl García, outro jogador cuja descoberta é mérito do Cholo Simeone é o hispano-brasileiro Diego Costa, que, de jogador “emprestável” (foi emprestado em cinco ocasiões), o atleta
se tornou, com a saída do colombiano Falcao García, a principal referência do
ataque rojiblanco.
e Raúl García, outro jogador cuja descoberta é mérito do Cholo Simeone é o hispano-brasileiro Diego Costa, que, de jogador “emprestável” (foi emprestado em cinco ocasiões), o atleta
se tornou, com a saída do colombiano Falcao García, a principal referência do
ataque rojiblanco.
4 – Boa gestão de mercado
Além dos fatores
supracitados, outro que é fascinante de ser analisado são os baixíssimos gastos
do clube em relação a seus concorrentes. Nesta temporada, o balanço do clube foi muito positivo.
Foram gastos 22,6 milhões de euros. Em contrapartida, entraram 65 milhões. Curiosamente,
J. Guilavogui, a contratação mais cara do clube, não deu resultado imediato e
foi, rapidamente, emprestado.
supracitados, outro que é fascinante de ser analisado são os baixíssimos gastos
do clube em relação a seus concorrentes. Nesta temporada, o balanço do clube foi muito positivo.
Foram gastos 22,6 milhões de euros. Em contrapartida, entraram 65 milhões. Curiosamente,
J. Guilavogui, a contratação mais cara do clube, não deu resultado imediato e
foi, rapidamente, emprestado.
O exemplo mais
emblemático da qualidade negocial do clube foi a contratação de David Villa (foto),
por, apenas, 5,1 milhões de euros. Evidentemente que o atacante não vive a
mesma fase que vivia quando chegou ao Barcelona, mas, se serve de comparação,
àquela época, El Guaje custou 40
milhões de euros.
emblemático da qualidade negocial do clube foi a contratação de David Villa (foto),
por, apenas, 5,1 milhões de euros. Evidentemente que o atacante não vive a
mesma fase que vivia quando chegou ao Barcelona, mas, se serve de comparação,
àquela época, El Guaje custou 40
milhões de euros.
Os gigantes do futebol
tem que dar o braço a torcer e reconhecer: há muito o que aprender no exemplo
do Atlético de Madrid.
tem que dar o braço a torcer e reconhecer: há muito o que aprender no exemplo
do Atlético de Madrid.