Felipe Anderson é o que o Manchester United precisa?

O noticiário europeu tem sido
frequentemente preenchido por linhas que ligam o brasileiro Felipe Anderson, atleta da Lazio, ao
poderoso Manchester United. As cifras de uma eventual negociação girariam em
torno de 50 milhões de euros, segundo o conceituado jornalista Gianluca Di
Marzio. Embora a equipe da capital italiana mostre-se resistente à
negociação, os Biancocelesti
estariam em busca de Geuvânio, outra cria do Santos, para substituir seu camisa
10. No entanto, os Red Devils estão
certos em buscar o jogador?

Em minha visão, por algumas
razões, não. Por que um clube que já conta com várias apostas para o setor
ofensivo contrataria outra, ainda mais a peso de ouro? Pensar em Felipe
Anderson de outra forma é ingenuidade. O jogador nunca foi unânime no
Santos e sequer apresenta números extremamente consistentes com a camisa da
Lazio que justifiquem as aludidas cifras. Sua temporada atual é fraca e em nada
se parece com a última, a qual deu-lhe o grande status de que goza agora.
Tendo figuras como Memphis Depay,
Anthony Martial (foto), Jesse Lingard, Adnan Januzaj (que voltou de um malfadado
empréstimo ao Borussia Dortmund), Nick Powell e Andreas Pereira para maturar, seria correto contratar Felipe Anderson? Caso estivéssemos falando de um
jogador de classe mundial, com uma longa sequência de êxitos, o negócio até
valeria, mas este não é o caso e o clube deveria rever suas prioridades. A defesa deveria ser uma delas.
Incontáveis são os turnos em que
os Red Devils entraram em campo com a
defesa completamente remendada. Daley Blind, Marcos Rojo, Matteo Darmian,
Ashley Young e Michael Carrick são alguns dos nomes que já foram utilizados em
várias posições, sem, contudo, destacarem-se.

Embora as estatísticas não
mostrem um desempenho ruim (o clube é a segunda melhor defesa da Premier League), o setor defensivo do United apresenta
constantes e preocupantes deficiências e não se vê sinal de reforço por ali. Muito do fraco desempenho defensivo do United é mascarado pelas brilhantes intervenções do goleiro David De Gea, que tem média de 2,56 defesas por jogo, segundo maior número dentre os arqueiros titulares das equipes da primeira metade da tabela da Premier League. 

O citado brasileiro dá mostras de
que pode se tornar um grande jogador no futuro, mas ainda não o é. Com 50
milhões de euros, o Manchester United certamente conseguiria reforçar sua tão
criticada retaguarda. Como comprova a especulação em foco, dinheiro não anda faltando em Old Trafford.
Quando a imprensa liga jogadores
da estirpe de Thomas Müller, por exemplo, a um negócio milionário para os Red Devils, é absolutamente
compreensível, uma vez que o jogador tem mostrado grande eficiência ao longo
dos anos o que, novamente, não é o caso de F. Anderson.
Na atual temporada o jogador da
Lazio disputou 19 partidas no Campeonato Italiano e é apenas o 116º colocado no
ranking de jogadas criadas. Além disso, justificar a fraqueza deste desempenho
com a má fase do time é equivocado, posto que o brasileiro é apenas o oitavo
jogador de sua equipe que mais cria ocasiões de gols, com 11. Em sua frente
estão Ricardo Kishna, Senad Lulic, Stefan Radu, Keita Balde, Marco Parolo, Antonio
Candreva e Lucas Biglia.
É claro que no futebol já está
inequivocamente comprovado que a lógica nem sempre atua e, assim sendo, caso se
concretize o negócio, Felipe Anderson pode confirmar-se a peça que faltava para
conduzir o clube a uma evolução e à retomada do caminho construído por Sir Alex Ferguson durante vários anos.
No entanto, as evidências e fatos não indicam isso. Várias são as
possibilidades que o clube tem pelo citado valor e há maiores problemas do que
o setor ofensivo do elenco, embora seu desempenho – como o de todo o time –
seja insatisfatório na temporada.

Sem Resultados

  1. Unknown disse:

    Definitivamente é um jogador que o Manchester não precisa, jogador com um poder de desagradar torcedores incrível.

  2. Wladimir Dias disse:

    Como ressaltei no texto, partilho da sua opinião, Luan.

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