Elas vêm aí: Gana e Grécia

Na última semana
falei dos selecionados Norte-Americano e Francês, dos craques Landon Donovan e Franck Ribery, respectivamente. Nesta, apresento um pouquinho do que os ganeses
e os gregos trarão de melhor à Copa do Mundo.




GANA

Time base:
Kwarasey (Dauda); Inkoom (Opare), Boye, Mensah (Akaminko), Afful; Essien,
Muntari, Asamoah, Kevin-Prince Boateng (C. Atsu/A. Ayew); Waris e Gyan (J.
Ayew). Téc. Kwesi Appiah

Grupo: G. Com
Alemanha, EUA e Portugal.

Expectativa:
Pode surpreender e avançar às oitavas de finais.

Histórico:
Disputou as Copas de 2006 e 2010. 7ª colocada no último mundial.

Fortalecida pelo
retorno de jogadores importantíssimos
, casos de Michael Essien,
Kevin-Prince Boateng e dos irmãos André e Jordan Ayew – que haviam
abdicado de atuar pela seleção –, o escrete ganesa tem a chance de repetir o
ótimo desempenho de 2010, quando foi o sétimo colocado no mundial da África do
Sul.
Em 2010, Gana ficou “por uma mão”
de chegar às semifinais
Nas duas Copas em que esteve, Gana foi além da fase de grupos. Apesar disso, na que se aproxima, caiu num grupo
muito difícil, com o favoritismo absoluto da seleção alemã e uma suposta
superioridade de Portugal, afinal o país conta
com a grande fase do melhor jogador do mundo – Cristiano Ronaldo – assim, é
difícil fazer quaisquer previsões sobre o desempenho das Black Stars no torneio.

No gol, reside a
primeira indefinição da seleção africana. Adam Kwarasey, do Stromsgodset, da
Noruega e Fatau Dauda do Orlando Pirates disputam a titularidade. O primeiro
foi o preferido nos últimos amistosos, ao passo que o segundo atuou nas partidas
decisivas das eliminatórias, as quais garantiram a classificação ganesa à Copa.
Já a vaga de terceiro goleiro da equipe está entre Stephen Adams, do Aduana
Stars – de Gana – e Brimah Razak do Córdoba, da terceira divisão da Espanha. O
gol é um dos pontos fracos da equipe.

A lateral
direita é outra posição em que há dúvida. Samuel Inkoom, que esteve na última
Copa do Mundo e defende o Platanias da Gécia, e Daniel Opare, ex-jogador do
Real Madrid Castilla e atualmente no Standard Liége, disputam a posição. O
segundo pode também atuar também pela lateral esquerda, como aconteceu na vitória por
6×1 contra o Egito, na última fase de eliminatórias para a Copa do Mundo. Já a
titularidade do lado esquerdo deve ser de Harrison Afful, do Esperance da
Tunísia.

A dupla de zaga
deverá ser formada por John Boye e Jonathan Mensah, jogadores de Rennes e
Evian, respectivamente. Tecnicamente fracos e, grande parte das vezes, reservas
em suas equipes, devem chegar ao Brasil sem ritmo de jogo e são certeza de
sustos aos torcedores. Quem pode ganhar uma das vagas é Jerry Akaminko, atleta do Eskisehirspor da Turquia. Este é, ao menos, titular em sua equipe.

Última escalação de Gana
O meio-campo,
setor mais poderoso da equipe, tem um bom leque de opções. A contenção conta
com a qualidade técnica dos experientes Michael Essien – que, apesar de não ser
mais o grande jogador de anos atrás, ainda tem bom valor – e Sulley Muntari,
ambos jogadores do Milan. Outra possibilidade para esse setor é Emmanuel Badu,
jogador da Udinese, que traria mais vitalidade ao setor combativo do
meio-campo.

Mais à frente,
Kwadwo Asamoah, da Juventus e Kevin-Prince Boateng, do Schalke 04, devem ser os
construtores do jogo ganês. O primeiro possui boa habilidade e muita
velocidade, sendo uma boa válvula de escape pelo lado esquerdo. Já Boateng, com seu retorno à seleção, deve retomar a titularidade, afirmando-se como o
cérebro da equipe. Força, aproximação com o ataque e ótima técnica fazem dele o
jogador mais interessante do selecionado. 



Concorrem por uma vaga de titular no meio-campo
o jovem velocista Christian Atsu, que pertence ao Chelsea e está emprestado ao
Vitesse, e André Ayew, filho de Abedi Pelé, que atua, geralmente, pelo lado
esquerdo do ataque.

Na frente, têm
jogado o rápido e habilidoso Majeed Waris e o matador e capitão Asamoah Gyan,
que tem, 
pela seleção, 30 gols e 10 assistências em 64 jogos. Waris, de 22 anos, atua no Valenciennes mas
pertence ao Spartak Moscow, já Gyan defende o Al-Ain. A principal alternativa
aos dois é Jordan Ayew, irmão de André e que está emprestado pelo Olympique de
Marselha ao Sochaux.

Com o meio-campo
e o ataque compensando a fragilidade defensiva da seleção ganesa, é totalmente
pertinente pensar que os africanos podem ser uma das surpresas positivas da
competição. Com uma mescla de jogadores experientes e vitoriosos com outros
muito jovens, a seleção pode dar liga. Quem sabe não surpreende como em 2010?




















GRÉCIA

Time base:
Karnezis; Torosidis, Sokratis, Siovas (Manolas/Papadopoulos), Holebas;
Katsouranis, Tziolis (Karagounis), Maniatis (Kone); Salpingidis, Samaras e
Mitroglou. Téc. Fernando Santos

Grupo: C. Com
Colômbia, Costa do Marfim e Japão.

Expectativa: Pode
avançar às oitavas de finais.

Histórico: Foi
às Copas de 1994 e 2010. 25ª colocada no último mundial.

Seleção
conhecida pelo seu pragmatismo
, jogando, na maior parte das vezes, futebol
esteticamente feio, a Grécia conseguiu pela primeira vez em sua história se classificar
para duas Copas do Mundo consecutivas.
Em 1994 os gregos disputaram sua primeira
Copa do Mundo.

Com uma equipe
experiente e num grupo extremamente equilibrado, os gregos tem a chance de, pela
primeira vez em sua história, avançar às oitavas de finais da Copa do Mundo.
Contando com a boa fase do artilheiro Konstantinos Mitroglou, autor de 24 gols
em 27 jogos na temporada, a equipe tem consistência tática para
bater de frente contra qualquer de suas rivais na fase de grupos.

A meta grega
deverá ser defendida pelo arqueiro Orestis Karnezis, que pertence à Udinese e
está emprestado ao Granada. Aos 28 anos, e com passagem destacada pelo
Panathinaikos, é reserva em seu clube, tendo disputado, apenas seis jogos nesta
temporada. Seus concorrentes à posição são Alexandros Tzorvas, Panagiotis
Glykos
, Michalis Sifakis e Stefanos Kapino. Destes, Tzorvas e Sifakis são os
que mais defenderam a seleção, e são, por isso, os principais candidatos à
reserva na Copa do Mundo.

As laterais
estão definidas. Pelo lado direito a titularidade será de Vasilis Torosidis,
reserva de Maicon na Roma. Apesar de não ser nenhum craque, é muito eficiente e
versátil. Comumente chega à linha de fundo e marca seus golzinhos. Na temporada
anotou dois gols e deu duas assistências. Pode
atuar na lateral esquerda e também na meia direita. Pelo flanco canhoto atuará
José Holebas, do Olympiacos. Bom no ataque e fraco na defesa é uma boa arma de
ataque da defesa, mas também pode ser um vilão, deixando muitos espaços no
setor defensivo.

Embora não tenha
grande qualidade técnica, a dupla de zaga grega é segura. Sokratis
Papastathopoulos
, defensor do Borussia Dortmund, é titular absoluto da seleção.
Firme na marcação e bom no jogo aéreo é a principal referência da defesa helênica.
Seu companheiro mais frequente é Dimitros Siovas do Olympiacos. Canhoto e dono
de respeitáveis 1,92m, se dá melhor com a bola pelo alto do que pelo chão. As
outras opções, Konstantinos Manolas e Avraam Papadopoulos, são melhores
tecnicamente que Siovas, contudo tem alguns pontos contra sua escalação.
Manolas ainda é muito jovem – tem 22 anos – e pode sentir o peso de uma Copa do
Mundo. Já Papadopoulos vem de uma lesão no ligamento cruzado.

Última escalação da Grécia
O meio-campo
demonstra o porque de a seleção grega ser tão burocrática e jogar um jogo “feio”.
interminável Konstantinos Katsouranis e seus companheiros – Giannis Maniatis
e Alexandros Tziolis – são todos volantes de contenção. Seu jogo é muito mais
ligado à destruição das jogadas adversárias do que à criação de jogadas de
ataque, o que deixa a equipe muito pouco criativa. Dois jogadores que podem
melhorar esse aspecto da equipe são o “ancião” Georgios Karagounis, de 37 anos,
e Panagiotis Kone, meio-campista do Bologna, atletas de características
ofensivas.

O ataque,
composto por três jogadores, terá a presença de Dimitros Salpingidis pelo lado
direito, Georgios Samaras pelo lado esquerdo e Mitroglou no centro. Salpingidis,
o mais habilidoso dos três é quem tem mais facilidade para circular pelo ataque
e criar chances concretas de gol. O grandalhão Samaras exerce, muitas vezes, a
chamada “função tática”, ajudando a impedir os ataques adversários no seu lado.
Apesar disso, possui boa técnica, bom faro de gol e muita disposição. Já
Mitroglou, recém-transferido para o Fulham, é quem possui a atribuição de marcar
gols, o que tem feito muito bem. Sua excelente capacidade de finalização e bom
posicionamento, são seus principais trunfos.


Com um atacante
em excelente fase e uma equipe bem postada a Grécia pode conseguir a inédita
passagem de fase. Seu grupo, apesar da teórica superioridade da Colômbia, é
muito imprevisível e todas as equipes tem possibilidades.


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