Elas vêm aí: EUA e França
Depois de tratar das seleções do Equador e da Espanha, nesta semana falo um pouco dos selecionados norte-americano e francês.
Cameron, Brooks, Onyewu (González), Castillo (Johnson); Jones, Bradley; Dempsey (Kljestan), Donovan
(Johnson), Bedoya; Altidore. Téc. Jürgen Klinsmann
de finais.
seu melhor resultado foi a chegada à semifinal em 1930.
futebol tem crescido em popularidade de forma espantosa nos últimos anos – como
comprovam as altas médias de público e lotação de seus estádios (superiores, na
média, às do Brasileirão, inclusive) – os EUA, ainda não conseguiram nenhum
resultado de grande expressão em Copas do Mundo.
Donovan foi o grande destaque em 2002. |
equipe chegou às semifinais, mas só o fez pelo formato do torneio, em que os
campeões de cada grupo avançavam à tal fase. Seu grupo contou com Paraguai e
Bélgica, equipes, à época, muito fracas. Na semifinal os norte-americanos
enfrentaram a Argentina e perderam por 6×1. O outro resultado de certa forma
relevante ocorreu em 2002, quando o país chegou às quartas de finais, sendo
eliminado pela Alemanha.
avizinha, a meta norte-americana será defendida pelo arqueiro Tim Howard, do
Everton. Experiente, o goleiro vem para sua terceira Copa do Mundo, sua segunda
como titular. Na África do Sul, em 2010, foi muito bem e ganhou, inclusive, o
prêmio de Melhor da Partida no encontro com a Inglaterra. Seu primeiro reserva
será Brad Guzan, golquíper do Aston Villa. Já a terceira opção segue
indefinida. No último teste, contra a Ucrânia, o convocado foi Cody Cropper,
jovem de 21 anos do Southampton. Outras possibilidades são Bill Hamid, do D.C.
United, Sean Johnson, do Chicago Fire e Nick Rimando, do Real Salt Lake.
praticamente definida. O jovem John Brooks, nascido na Alemanha e com passagem
pela base da seleção germânica, ganhou espaço no final do período das
eliminatórias e sua titularidade é praticamente certa. Seu companheiro deverá
ser o experiente Oguchi Onyewu. Hoje com 31 anos, o ex-defensor do Milan
defende o Sheffield Wednesday. Correm por fora por uma vaga Jonathan Spector,
do Birmingham City e Omar González do Los Angeles Galaxy.
direita deve ser ocupada por Geoff Cameron, do Stoke City. Jogador de
características defensivas, pode também atuar na zaga e como volante. Se isso
acontecer o flanco destro será protegido por Fabian Johnson, atualmente no
Hoffenheim e já acertado com o Borussia Mönchengladbach para a próxima
temporada. Já a esquerda tem a sua disposição Edgar Castillo, lateral ofensivo
do Club Tijuana, que chegou a ser pretendido pelo Atlético Mineiro nesta
temporada.
Última escalação dos EUA |
contenção, os EUA deverão contar com a força de Jermaine Jones, outro jogador
nascido na Alemanha, e o bom passe de Michael Bradley. Jogadores de
características distintas, Jones e Bradley se completam e deixam o setor
defensivo muito bem protegido. Jones acaba de deixar o Schalke 04, por
empréstimo, e é agora jogador do Besiktas, já Bradley deixou a Roma e fechou com
o Toronto FC. A ausência de um deles seria muito sentida, mas daria chance ao
americano de origem sérvia Sacha Kljestan, atleta do Anderlecht, que também
pode fazer a função de armador.
jogadas, as principais referências seguem sendo os habilidosos Clint Dempsey,
que voltou ao Fulham e Landon Donovan, atualmente no Los Angeles Galaxy.
Apesar de experientes, não são “velhos” e podem fazer a diferença. Quem ganhou
espaço na seleção e pode firmar parceria com os dois, numa linha de três meias,
é Alejandro Bedoya, jogador de origem colombiana que atua no Nantes.
referência é Jozy Altidore, do Sunderland. Aos 24 anos já acumula experiências
no futebol espanhol, turco, holandês e inglês mas, como seu time, não vive
grande fase, se destacando mais pelas assistências, oito no total, do que por
seus gols.
equipe mais fraca de seu grupo, os EUA não devem avançar às oitavas de finais,
mas, como estamos tratando de futebol, tudo é possível. Com a provável
superioridade alemã no grupo, terá de tentar arrancar pontos de Portugal e
Gana, tarefa difícil.
Koscielny (Mangala/Abidal), Evra; Pogba,
Matuidi (Nasri), Cabaye; Valbuena (Remy), Benzema (Giroud), Ribery. Téc. Didier
Deschamps
sucesso posterior dependerá do chaveamento.
em 1998.
Zidane foi o principal nome francês no título de 1998. |
Depois do
fracasso na Copa de 2010 e da complicadíssima classificação para a competição
deste ano, quando reverteu uma desvantagem de 2×0 imposta pela Ucrânia na
partida de ida, os franceses, campeões mundiais em 1998 e vice em 2006 chegam
ao Brasil sob muita desconfiança.
renovou grande parte do elenco Les Bleus
e, talvez por isso, tenha tido tanta dificuldade para encontrar a melhor
formação para a equipe. Contudo ótimos e jovens valores despontaram – nomes como
Paul Pogba, Raphäel Varane e Antoine Griezmann (que recebeu neste mês sua
primeira oportunidade) – e têm a chance de mostrar seu valor.
segue com a titularidade do capitão Hugo Lloris. Hoje, assim como o Tottenham –
seu clube –, não vive seu melhor momento, mas é uma grande referência, um
grande goleiro e tem feito, regularmente, a diferença com a camisa francesa.
Seus reservas, praticamente certos, serão Steve Mandanda, do Olympique de
Marselha que também esteve em 2010, e Stéphane Ruffier, que tem se destacado muito
na boa campanha do Saint-Étienne no campeonato francês.
deverão ser ocupadas por Mathieu Debuchy, pela direita, e Patrice Evra, do
outro lado, são um dos pontos menos fortes da equipe. O primeiro, lateral do
Newcastle, é excessivamente burocrático e demonstra fragilidade no jogo mental, sendo
expulso com alguma regularidade. Já Evra está envelhecido. Ainda conserva bom
senso tático e técnica, mas sua vitalidade e explosão, suas características
mais fortes, pioraram consideravelmente. A opção para a direita é Bacary
Sagna, que também não convenceu. Já pela esquerda as possibilidades são Gaël
Clichy e o jovem Lucas Digne.
zagueiros é possivelmente a maior incógnita da seleção, muitas e instáveis são
as opções. Exceção feita ao experiente Éric Abidal, atualmente no Monaco, todas
as outras opções são jovens e tem alternado momentos excelentes com falhas grotescas.
O destaque é Laurent Koscielny, que parece finalmente ter se acertado no
Arsenal e vive boa forma. As outras opções são Raphäel Varane, que teve um
início brilhante no Real Madrid, mas perdeu espaço, Mamadou Sakho, herói da
classificação à Copa, e Eliaquim Mangala, destaque do Porto.
Última escalação da França |
O meio-campo é
outro setor cuja configuração ainda não está definida. Alternando entre os
esquemas 4-2-3-1 e 4-3-3, o time oscila entre formações com três “volantes” e
com dois. As aspas usadas justificam-se pois Yohan Cabaye, Paul Pogba e Blaise Matuidi,
as opção mais frequentes, são muito mais do que simples marcadores. Se a opção
for o 4-3-3 os três deverão ser titulares, já no 4-2-3-1, um deles dá lugar ao
meia Samir Nasri. Outros jogadores que podem aparecer na equipe são Clément
Grenier e Moussa Sissoko.
canhoto é certo que Franck Ribery será titular, já do lado direito reside uma
dúvida. Mathieu Valbuena, Loïc Remy, Dimitri Payet e Antoine Griezmann disputam
a vaga, a qual deve ficar com um dos dois primeiros – os mais aproveitados nos
últimos jogos da seleção.
também não está definido. Karim Benzema não é mais titular absoluto e concorre
com Olivier Giroud. Provavelmente será titular aquele que estiver num melhor
momento às vésperas da Copa. Apesar de mais novo, Benzema tem a seu favor a
experiência de ter disputado a Copa passada.
totalmente imprevisível, podendo surpreender tanto positiva quanto
negativamente. Num grupo relativamente tranquilo, deve passar, mas é temerário
afirmar mais sobre o seu futuro.