Elas vêm aí: Costa Rica e Croácia

Após traçar um
panorama sobre as seleções da Coreia do Sul e da Costa do Marfim, lideradas porSon e Drogba, respectivamente, falo das equipes da Costa Rica e da Croácia.


COSTA RICA

Time esperado: Keylor
Navas; Michael Umaña, Júnior Díaz, Giancarlo González; Christian Gamboa,  Celso Borges, José Cubero, Bryan Oviedo; Bryan
Ruíz, Christian Bolaños e Joel Campbell. Téc. Jorge Luis Pinto

Grupo: D. Com
Inglaterra, Itália e Uruguai.

Expectativa:
Fica na primeira fase.

Histórico:
Disputou as Copas de 1990, 2002 e 2006.



Wanchope foi destaque
em 2002 e 2006.
Seleção de
resultados continentais apenas razoáveis
, a Costa Rica começou a ganhar
notabilidade após ir à Copa de 1990, quando caiu num grupo com Brasil, Escócia
e Suécia e conseguiu avançar de fase e terminar na 13ª colocação geral. Posteriormente,
em 2002 e 2006, foi também lembrada por ser a nação do atacante Paulo Wanchope,
com passagens por West Ham, Manchester City e Málaga.

Apesar desse
retrospecto recente razoavelmente bom, a seleção foi, provavelmente, a que mais
se lamentou ao final do sorteio dos grupos para a Copa do Mundo deste ano. Num
grupo com as campeãs mundiais Inglaterra, Itália e Uruguai, nem com um grande milagre
os costarriquenhos avançarão de fase.

O goleiro da
equipe é Keylor Navas, atleta do Levante. Tendo disputado mais de 50 partidas
pela seleção e atuando num grande centro, é, indubitavelmente, uma das grandes
referências da equipe. Navas, de 27 anos, disputou a Copa Ouro em 2009 e 2011.
Seus pontos fortes são sua agilidade e grandes reflexos, contudo sua baixa
estatura (1,84m) pode representar alguma dificuldade para sua equipe.

Última escalação da Costa Rica

A zaga, ao
contrário da grande maioria das seleções do mundo, se utiliza de três zagueiros.
Michael Umaña
, Júnior Díaz e Giancarlo González devem ser as opções escolhidas
para a função. Essa escolha é justificável por dois fatores centrais.
Primeiramente há que se considerar a ofensividade dos laterais, que nesse
esquema ganham liberdade para atacar. Além disso, a seleção carece de boas
opções defensivas para o meio-campo, assim, na teoria, a equipe troca um
volante por um zagueiro. Dentre as opções destaca-se Júnior Díaz, zagueiro do
Mainz.


As laterais são
um dos pontos mais fortes da equipe. Cristian Gamboa, lateral do Rosemborg, e
Bryan Oviedo, do Everton, são jovens – ambos possuem 24 anos –  mas possuem a experiência de atuar no futebol
europeu. Os dois são baixinhos e muito velozes, sendo opção, inclusive, para
jogarem como pontas numa necessidade. Os jogadores são, ainda, os principais
responsáveis pela saída de bola da equipe e início das ações ofensivas.

Apesar da falta
de volantes, problema já citado, a equipe deve apostar em José Cubero para a
função. Jogador que atua no futebol local (no Herediano), não é muito forte fisicamente e tem como características principais o passe e a saída de jogo,
não sendo propriamente um jogador de contenção. À sua frente o posto de armador
deverá ser ocupado por Celso Borges, meia do AIK que integra a seleção
costarriquenha deste os 20 anos, tem passaporte brasileiro e é um dos destaques
do time sueco.

Circulando no
ataque, a seleção terá três jogadores muito rápidos, Bryan Ruíz, Christian
Bolaños
e Joel Campbell. Bolanõs, jogador do Copenhagen, tem mais afeição pelo
lado direito e é  o único destro do ataque, devendo atuar por
este lado. Já Bryan Ruíz e Joel Campbell são canhotos e tem facilidade em atuar
por qualquer dos lados do campo. Ruíz é o craque da equipe e prima pela técnica
e habilidade, já Campbell é a aposta de velocidade.

Com uma safra
até melhor do que a das outras Copas que disputou a seleção costarriquenha deu
azar e sua permanência na fase de grupos é uma das poucas “certezas” da Copa do
mundo que virá
.



CROÁCIA

Time esperado:
Pletikosa; Srna, Corluka (Simunic), Lovren, Strinic (Pranjic); Luka Modric,
Ivan Rakitic, 
Mateo Kovacic (Milan Badelj); Perisic, Ivica Olic (Alen Halilovic)
e Mario Mandzukic. Téc. Niko Kovac

Grupo: A. Com
Brasil, Camarões e México.

Expectativa:
Busca vaga nas oitavas de final.

Histórico: Com a
dissolução da Iugoslávia, disputou as Copas de 1998, 2002 e 2006. 



Em 1998, Suker foi o vice-artilheiro
da Copa do Mundo.
Uma nova geração
de talentos
começou a aparecer bem na Eurocopa de 2008, quando a Croácia obteve a quinta
colocação, perdendo nas quartas de final para a Turquia nos pênaltis, em jogo
emocionante. Já na última Eurocopa, em 2012, também mostrou bom futebol, mas
caiu nu grupo com Itália e Espanha e ficou na primeira fase.

O golquíper
croata, como já falado, é Stipe Pletikosa, atualmente no Rostov, já com 35 anos
e remanescente das Copas do Mundo de 2002 e 2006 e da Eurocopa de 2008 e 2012.
É o segundo jogador que mais vezes defendeu a seleção e conta, em seu
currículo, com boas passagens por Hajduk Split e Spartak Moscow. Não é um
grande goleiro, mas é o melhor à disposição. Uma alternativa poderia ser o
arqueiro Danijel Subasic do Monaco, que também não se mostra um goleiro tão
seguro.

Nas laterais
duas situações diferentes. Pelo flanco direito Darijo Srna é titular
indiscutível. Capitão, cobrador de faltas e o jogador que mais vezes defendeu a
seleção croata na história é a principal referência da equipe. Há 11 anos jogador do Shakhtar
Donetsk, já marcou 21 gols pela seleção. Já o flanco esquerdo vive uma
indefinição, a opção mais adequada é Ivan Strinic, lateral do Dnipro, mas quem
pode acabar assumindo a titularidade é Danijel Pranjic, meia de origem mas
acostumado à posição. Experiente, após defender times como Bayern de Munique e
Sporting Lisboa, enverga as camisa do Panathinaikos.

Última escalação da Croácia
A dupla de zaga
deverá ser formada por Vedran Corluka e por Dejan Lovren. O primeiro, que atuou
grande parte da carreira pela lateral direita, traz consigo muita experiência.
Aos 28 anos, passou por Manchester City e Tottenham e defende atualmente o
Lokomotiv Moscow. Apesar de seu 1,93 não é um defensor muito lento o que o
ajuda nas coberturas. Lovren, por sua vez, destacou-se no Lyon e subiu de nível
no Southampton. Na Inglaterra tem vivido dias excelentes na surpreendente
campanha de seu clube.

O meio-campo é o
setor mais interessante da equipe. Talento, qualidade de passe, movimentação e
boa visão de jogo são características comuns aos seus integrantes. Luka Modric,
a referência do setor, ganhou a titularidade do Real Madrid com a chegada de
Carlo Ancelotti e, na temporada, já assistiu seus companheiros seis vezes. Já
Ivan Rakitic vive fase ainda melhor. É o melhor jogador do
Sevilla na temporada. Apesar de ser meia central em 34 jogos oficiais marcou 12
gols e criou, impressionantes, 15 assistências. 



Quem deve completar o
meio-campo é o jovem Mateo Kovacic, de 19 anos e jogador da Inter de Milão.
Muito técnico e bom passador, sabe controlar o jogo. Quem também pode
aparecer  é Milan Badelj, jogador do
Hamburgo e detentor de características semelhantes às de seus concorrentes.

Na linha de
frente, Ivan Perisic, Mario Mandzukic e Ivica Olic são praticamente certezas.
Olic e Perisic, companheiros no Wolfsburg, trazem consigo o entrosamento do
clube e devem ser as opções pelos lados do campo, podendo alternar entre a
direita e a esquerda. Apesar dos 34 anos, Olic voltou a viver boa fase nesta
temporada. Na Bundesliga, em 20 jogos, marcou oito gols e deu duas
assistências. No centro do ataque Mandzukic é a referência. O matador do Bayern
– que também passou pelo Wolfsburg – não conta com grande apreço de Pep
Guardiola, mas tem impressionante faro de gol.

Acertada em quase todos os setores do campo, a seleção croata é favorita a passar de fase junto com o Brasil. Seu meio-campo é seu grande trunfo, e, entrosado pode levar a Croácia a uma grande campanha. Quem sabe 2014 não traga de volta a campanha de 1998, quando a equipe alcançou a 3ª colocação na França?


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