Elas vêm aí: Bélgica e Brasil

Com as situações de Alemanha, Argélia,
Argentina e Austrália dissecadas, deixo a letra “A” do alfabeto, trazendo o
panorama das seleções belga e brasileira às vésperas da Copa do Mundo.

BÉLGICA

Time esperado: Courtois (Mignolet); Alderweireld, Kompany,
Vermaelen (van Buyten), Vertonghen; Axel Witsel, Fellaini, Dembele; Mirallas (De
Bruyne), Lukaku (Benteke), Hazard. Téc. Marc Wilmots

Grupo:
H. Com Argélia, Rússia e Coreia do Sul.

Expectativa:
Chegada às quartas de finais.

Histórico:
11 participações em Copas, a última em 2002.


Em 2002, Wilmots foi o
grande destaque.
Depois de 12
anos
(ou duas Copas de intervalo), a Bélgica está de volta à Copa do Mundo. Sob
o comando do treinador Marc Wilmots – grande estrela e capitão da equipe em 2002,
e com uma leva de jovens jogadores de grande qualidade, tem boas possibilidades
na competição
.

A equipe que se
classificou em primeiro no Grupo A das eliminatórias de forma invicta (num
grupo que contava com Croácia e Sérvia) terá, enfim, a chance de alçar um voo
alto numa Copa. Recheada de jogadores vencedores e talentosos, terá pela frente
um grupo parelho mas deverá passar com certa tranquilidade – seu maior
obstáculo será, provavelmente, a Rússia.

O gol dos Rote
Teufel
virá extremamente bem protegido. O titular da posição é o arqueiro
do Atlético de Madrid, emprestado pelo Chelsea, Thibaut Courtois, que vive
excelente momento em sua carreira com o seu clube se intrometendo na contenda
particular entre Real Madrid e Barcelona no Campeonato Espanhol. Contudo, não
está completamente descartada a opção pelo goleiro do Liverpool Simon Mignolet,
que jogou o último amistoso da equipe e vive igualmente um bom momento em sua
carreira.

As laterais da
equipe serão provavelmente o ponto menos forte da equipe. Se a safra belga
atual produziu ótimos goleiros, zagueiros, meias e atacantes, tal sorte não se
descobriu nas laterais, por onde atuam improvisados os zagueiros Toby Alderweireld,
pela direita, e Jan Vertonghen, pela esquerda. O primeiro é mais deficiente na
função, tendo menos mobilidade e ímpeto ofensivo, sendo literalmente um
zagueiro pelo lado. Já o segundo está mais habituado à função, que desempenha
também no Tottenham, tendo menos problemas com o posto. Ainda assim, os dois
são zagueiros e não laterais de ofício. Se Wilmots mudar de opinião e decidir
utilizar jogadores da posição, terá, disponíveis, o lateral direito Guillaume
Gillet
, e os laterais esquerdos Sébastien Pocognoli e Jelle Van Damme.

Última escalação da Bélgica
No centro da
defesa não faltam opções de qualidade. Os titulares – e líderes da equipe –  habituais são Vincent Kompany e Thomas Vermaelen.
O primeiro, que defende o Manchester City, vive fase esplendorosa na carreira.
Completamente adaptado à zaga, o volante de origem, é o capitão e exemplo de
dedicação. Já Vermaelen perdeu a vaga de titular do Arsenal, mas é um zagueiro
experimentado e confiável. Na ausência destes poderão ser usados os laterais
citados ou, ainda, o experiente Daniel Van Buyten, remanescente da geração de
2002, e o defensor do Zenit Nicolas Lombaerts.

Pelo centro do
meio-campo, a titularidade caberá à Axel Witsel, Mousa Dembele e Marouane
Fellaini
. Jogadores móveis e donos de ótimo passe, são exemplos do “volante
moderno”, box-to-box, atletas que
circulam desde a sua área até a adversária. Não são propriamente afeitos à
contenção, mas juntos tem atuado com muita coesão. Uma eventual ausência de um
deles deverá ser ocupada por Steven Defour do Porto, mas outras opções são
Timmy Simons, veteraníssimo de 37 anos, e Radja Nainggolan.

Aberto pelo
flanco esquerdo Eden Hazard é o grande líder técnico da equipe. Apesar disso,
não consegue apresentar o mesmo desempenho do Chelsea na seleção. Já pela
direita o titular é Kevin De Bruyne, recém-transferido ao Wolfsburg. Não
obstante, poderão aparecer na equipe titular os atacantes Kevin Mirallas, Dries
Mertens
e Nacer Chadli.

Já a vaga de
centroavante está vaga – com o perdão do trocadilho. Romelu Lukaku e Christian
Benteke
têm se revezado no comando do ataque belga. Quem estiver vivendo o
melhor momento às vésperas da competição será o titular. No momento a vantagem
é do primeiro, que se firmou com um dos grandes destaques do Everton na
temporada.


Com uma geração
de talento nunca antes vista, a Bélgica tentará surpreender. Potencial técnico
para isso ela tem. Resta saber se a equipe, que tem poucos resultados
relevantes em sua história, terá a estrutura psicológica necessária para os
grandes jogos, ou se sucumbirá à falta de tradição. A dizer pelo sucesso dos
atletas em seus clubes isso não será problema.



BRASIL

Time
esperado:
Júlio César; Dani Alves (Maicon), Thiago
Silva, David Luiz, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar; Hulk
(Ramires/Bernard), Fred, Neymar. Téc. Luiz Felipe Scolari

Grupo:
A. Com Croácia, México e Camarões.

Expectativa:
Brigará pelo título

Histórico:
Pentacampeã (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). 6ª
colocada no último mundial.



Cafu levantou a taça
do penta em 2002
Anfitrião e dono
da seleção de futebol mais bem-sucedida de todos os tempos
, o Brasil recorreu
ao passado para tentar trazer o hexacampeonato para casa. Desde a volta de Luiz
Felipe Scolari, treinador do penta, e de Carlos Alberto Parreira, treinador do
tetra, nas funções de treinador e diretor técnico, respectivamente, o Brasil ,
ganhou corpo, voltou a apresentar um bom futebol e a figurar entre os grandes
favoritos ao título neste ano.

Contestado por
grande parte da crítica brasileira, principalmente por não vir tendo uma
sequência de jogo, Júlio César é o goleiro da confiança do treinador brasileiro
e sua presença (a não ser que se lesione) já foi confirmada por Felipão. A
opção que, certamente, estará na Copa é Jefferson do Botafogo e reserva
imediato na Copa das Confederações. Já a terceira vaga está em aberto, Victor
do Atlético Mineiro e Diego Cavalieri do Fluminense disputam a vaga. 

Apesar do bom retorno
do lateral direito Maicon nos últimos amistosos, a titularidade da posição parece assegurada nos pés de Daniel Alves, opção escolhida durante a maior
parte dos jogos desde a Copa de 2010. Já a esquerda é de Marcelo, que mostra-se mais controlado e tecnicamente é excelente. Seu reserva será,
provavelmente, o lateral Maxwell do PSG, que, a exemplo de Maicon, se destacou
quando esteve em campo nos amistosos, passando à frente de Filipe Luís. 

Última escalação do Brasil
Os  zagueiros brasileiros titulares estão definidos.
Thiago Silva, o capitão, e David Luiz são titulares indiscutíveis desde o fim
da última Copa do Mundo e o início da preparação para esta. Firmes, técnicos e
entrosados, são um dos principais pontos fortes do selecionado canarinho. Quem
também está confirmado na seleção é o zagueiro Dante. A quarta vaga ainda está
em aberto
, Marquinhos, Dedé, Réver, Henrique e Miranda estão no páreo por ela.

Fixo na
contenção, Luiz Gustavo é o titular e protetor da defesa brasileira. Desde que
Felipão retornou, a opção por um “volante-volante” voltou a ser regra, e, após
vencer uma disputa inicial contra o Fernando, então no Grêmio, e hoje no
Shakhtar Donetsk, Luiz é peça chave do esquema verde-amarelo. Outro ponto que
pesa a seu favor é a versatilidade. Pelo Brasil também atuou na
lateral-esquerda e por seus clubes já fez a função de zagueiro. Seu companheiro
de meio-campo é Paulinho, jogador que tem liberdade para sair jogando e
aparecer como elemento surpresa no ataque. Na ausência deles os nomes fortes
para desempenharem suas funções são Lucas Leiva e Ramires, respectivamente.

Na criação das
jogadas há uma linha de três meias-atacantes. Oscar é o armador da equipe, dono
do melhor passe e da maior visão de jogo. Neymar, que atua pela esquerda, é a
estrela da seleção, jogador mais habilidoso, decisivo e imprevisível da equipe.
Já o lado direito deve ser ocupado por Hulk, jogador mais utilizado pelo
treinador. Apesar de enfrentar muita resistência do público brasileiro, o
atacante, que  também tem a
responsabilidade de marcar o lateral adversário, se firmou. Na sua ausência,
deverão jogar Ramires, se o treinador fizer uma escolha defensiva ou Bernard,
se a opção for um lançar a equipe ao ataque.

O centroavante,
em circunstâncias normais, será Fred, matador de ofício, bom com a bola nos pés
e dono de ótima média de gols pela seleção. Se não for possível utilizar o
atacante do Fluminense, a opção natural será do Atlético Mineiro, contudo, a
convocação de Robinho sinalizou uma possibilidade de o Brasil atuar com um “falso
nove”.


Com a autoestima
em dia, demonstrando um futebol condizente com sua história, e tendo a seu
favor o fator-casa o Brasil é candidatíssimo ao título e pode trazer para casa seu
sexto troféu
.


Sem Resultados

  1. Wladimir Dias disse:

    Seria interessante ver essa variação tática na Bélgica, talvez resolvesse o problema das laterais! Concordo que o Diego Costa é uma perda e que o Coutinho merecia uma chance no Brasil, sendo realista não creio que o Paulinho perca a vaga (embora prefira o Ramires) e acharia um avanço a troca do Hulk pelo William, que também não acho que vá acontecer…

    Se o Brasil fizer o que contra a Espanha dificilmente será batido.

    Grande abraço.

  2. Anônimo disse:

    Esse time da Belgica dará trabalho. Mas a zaga é um grande problema. Van Buyten, Vertonghen e Alderweireld estão sendo pouco aproveitados em seus clubes. Esses laterais eu não conheço(não acompanho o futebol belga).

    Uma formação boa para mim seria com três zagueiros, deixando o Dembele como um meia armador. Lukaku se lesionou nessa ultima partida pelo Everton. Se ficar fora da Copa vai ser uma grande perda.

    Courtois; Vermalen, Komapany, Vertonghen; Fellaini, Witsel, Nainggolan; Mirallas, Dembele, Hazard; Lukaku;(Como pode ver, eu gosto de 3-6-1).

    Já o Brasil, por causa do entrosamento que eles tem no Chelsea, penso que o Willian brigará por uma vaga nesse time. E o Ramires acabará ficando com a vaga do Paulinho.

    Para mim o gol vai o grande problema. É um grande risco levar um goleiro que nem está jogando. Ainda mais para ser titular. E no ataque o Diego Costa fará muita falta. Acho que nem o Fred quanto o Jo o substituirão o altura.

    Um cara que eu levaria para seleção seria o P. Coutinho. Está jogando demais no Liverpool. Pena que o Felipão levará o Robinho, que nem chutar para o gol sabe.

    Para mim, o Brasil só leva o caneco se a torcida empurrar! VAI BRASIL!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *