Craques das Copas: 1974
Finalizando a
série sobre os grandes Craques das Copas, depois de tratar de Pelé e Kempes,
destaques de 1970 e 1978, falo sobre outros dois jogadores monumentais, Johan
Cruyff e Franz Beckenbauer, o líderes do Carrossel Holandês e o da campeã
Alemã.
série sobre os grandes Craques das Copas, depois de tratar de Pelé e Kempes,
destaques de 1970 e 1978, falo sobre outros dois jogadores monumentais, Johan
Cruyff e Franz Beckenbauer, o líderes do Carrossel Holandês e o da campeã
Alemã.
Ficha técnica
Nome: Hendrik Johannes
Cruiff
Cruiff
Data de nascimento: 25 de
abril de 1947
abril de 1947
Local de nascimento: Amsterdã,
Holanda
Holanda
Carreira: Ajax (1964-1973),
Barcelona (1973-1978), Los Angeles Aztecs (1979-1980), Washington Diplomats (1980-1981),
Levante (1981), Ajax (1981-1983), Feyenoord (1983-1984)
Barcelona (1973-1978), Los Angeles Aztecs (1979-1980), Washington Diplomats (1980-1981),
Levante (1981), Ajax (1981-1983), Feyenoord (1983-1984)
Títulos: Campeonato
Holandês (1965-1966, 1966-1967, 1967-1968, 1969-1970, 1971-1972, 1972-1973, 1981-1982, 1982-1983),
Copa da Holanda (1966-1967, 1969-1970, 1970-1971, 1971-1972, 1982-1983), UEFA
Intertoto Cup (1968), UEFA Champions League (1970-1971, 1971-1972, 1972-1973),
UEFA Super Cup (1972), Mundial Interclubes (1972), pelo Ajax, Campeonato
Espanhol (1973-1974), Copa del Rey (1977-1978), pelo Barcelona, Campeonato
Holandês (1983-1984), Copa da Holanda (1983-1984), pelo Feyenoord
Holandês (1965-1966, 1966-1967, 1967-1968, 1969-1970, 1971-1972, 1972-1973, 1981-1982, 1982-1983),
Copa da Holanda (1966-1967, 1969-1970, 1970-1971, 1971-1972, 1982-1983), UEFA
Intertoto Cup (1968), UEFA Champions League (1970-1971, 1971-1972, 1972-1973),
UEFA Super Cup (1972), Mundial Interclubes (1972), pelo Ajax, Campeonato
Espanhol (1973-1974), Copa del Rey (1977-1978), pelo Barcelona, Campeonato
Holandês (1983-1984), Copa da Holanda (1983-1984), pelo Feyenoord
Maior jogador da
história do futebol holandês, e segundo maior do século XX, segundo eleição da
FIFA, que elegeu Pelé o maior de todos, Johan Cruyff ultrapassou as barreiras
do bom futebol. Revolucionário, foi o comandante do inolvidável “Carrossel Holandês”,
o exemplo do monumental Totaalvoetbal (Futebol
Total, em tradução livre). Líder do que mal treinado seria uma total desordem, Cruyff
foi o expoente máximo de uma ideia de jogo em que todos têm uma função, mas não
se restringem a ela, conseguindo alternar-se sem prejuízo tático, sendo Totais: podendo fazer qualquer função
(exceto o goleiro, por motivos óbvios).
história do futebol holandês, e segundo maior do século XX, segundo eleição da
FIFA, que elegeu Pelé o maior de todos, Johan Cruyff ultrapassou as barreiras
do bom futebol. Revolucionário, foi o comandante do inolvidável “Carrossel Holandês”,
o exemplo do monumental Totaalvoetbal (Futebol
Total, em tradução livre). Líder do que mal treinado seria uma total desordem, Cruyff
foi o expoente máximo de uma ideia de jogo em que todos têm uma função, mas não
se restringem a ela, conseguindo alternar-se sem prejuízo tático, sendo Totais: podendo fazer qualquer função
(exceto o goleiro, por motivos óbvios).
Além dos
fundamentais fatores futebolísticos, Cruyff também era único fora das quatro
linhas. Preferiu o separatismo insurrecionado catalão à ditatura madridista.
Depois de elevar o Ajax ao patamar dos gigantes do futebol mundial, com três
títulos europeus, aportou em Barcelona, onde continuaria a mostrar o
brilhantismo de um jogador cuja característica capital era a precisa leitura de
jogo, e onde, após a aposentadoria, faria mais revolução, como treinador.
fundamentais fatores futebolísticos, Cruyff também era único fora das quatro
linhas. Preferiu o separatismo insurrecionado catalão à ditatura madridista.
Depois de elevar o Ajax ao patamar dos gigantes do futebol mundial, com três
títulos europeus, aportou em Barcelona, onde continuaria a mostrar o
brilhantismo de um jogador cuja característica capital era a precisa leitura de
jogo, e onde, após a aposentadoria, faria mais revolução, como treinador.
Sua posição? A
enigmática expressão “função-Cruyff” explica. Chamá-lo de atacante é
insuficiente, contudo, também não se pode descrevê-lo como um jogador à defensiva.
Estrela da companhia Total, fez de tudo e se tornou único. Ícone e protagonista
do que poderia ter sido uma obra cinematográfica dramática. Em 1974, a Holanda
merecia ser campeã, pela bola e pela proposta. Todavia, foi vitimada por uma forte e
pragmática Alemanha. Um caso raro de vice que é mais lembrado que o campeão.
enigmática expressão “função-Cruyff” explica. Chamá-lo de atacante é
insuficiente, contudo, também não se pode descrevê-lo como um jogador à defensiva.
Estrela da companhia Total, fez de tudo e se tornou único. Ícone e protagonista
do que poderia ter sido uma obra cinematográfica dramática. Em 1974, a Holanda
merecia ser campeã, pela bola e pela proposta. Todavia, foi vitimada por uma forte e
pragmática Alemanha. Um caso raro de vice que é mais lembrado que o campeão.
Na competição, o
craque e capitão neerlandês atuou em todos os jogos, marcando três gols, dois
contra a Argentina e um contra o Brasil. Sob sua direção, os holandeses escaparam da
pancadaria Uruguaia, não saíram do zero contra a Suécia (em um jogo com muitas
chances, apesar do placar) e golearam a Bulgária, na primeira fase. Na segunda, ajudou a Holanda a liderar com autoridade um grupo com Brasil, Argentina e Alemanha Oriental (que,
ironicamente, tinha se superiorizado à sua irmã do ocidente, que bateria a
Holanda, na final). E, ao final, juntou-se ao seleto grupo dos gênios sem Copa.
Não disputaria outra.
craque e capitão neerlandês atuou em todos os jogos, marcando três gols, dois
contra a Argentina e um contra o Brasil. Sob sua direção, os holandeses escaparam da
pancadaria Uruguaia, não saíram do zero contra a Suécia (em um jogo com muitas
chances, apesar do placar) e golearam a Bulgária, na primeira fase. Na segunda, ajudou a Holanda a liderar com autoridade um grupo com Brasil, Argentina e Alemanha Oriental (que,
ironicamente, tinha se superiorizado à sua irmã do ocidente, que bateria a
Holanda, na final). E, ao final, juntou-se ao seleto grupo dos gênios sem Copa.
Não disputaria outra.
Ao todo,
envergou a camisa laranja 48 vezes, balançando as redes adversárias em 33 turnos.
Único, foi capaz de desafiar prognósticos e a direção do Ajax. Ao final de sua
carreira, quando já tinha 36 anos, viu-se rejeitado pelo Ajax, que, em função
de sua idade, não quis renovar seu contrato. Desejando provar o contrário,
fechou com o Feyenoord, grande rival do clube de Amsterdã. Lá, venceria o
Campeonato Holandês e a Copa da Holanda, provando que não se podia duvidar de
um gênio.
envergou a camisa laranja 48 vezes, balançando as redes adversárias em 33 turnos.
Único, foi capaz de desafiar prognósticos e a direção do Ajax. Ao final de sua
carreira, quando já tinha 36 anos, viu-se rejeitado pelo Ajax, que, em função
de sua idade, não quis renovar seu contrato. Desejando provar o contrário,
fechou com o Feyenoord, grande rival do clube de Amsterdã. Lá, venceria o
Campeonato Holandês e a Copa da Holanda, provando que não se podia duvidar de
um gênio.
Para o
jornalista Mauro Beting, “Cruyff
reinventou a matemática do jogo. Redefiniu seus números. Renomeou suas posições.
Reinou nos campos e nos bancos. Foi o maior não campeão mundial por uma
Seleção. É um dos poucos que podem jogar em qualquer posição, em qualquer
seleção de melhores de todos os tempos. É Cruyff. É craque.”
jornalista Mauro Beting, “Cruyff
reinventou a matemática do jogo. Redefiniu seus números. Renomeou suas posições.
Reinou nos campos e nos bancos. Foi o maior não campeão mundial por uma
Seleção. É um dos poucos que podem jogar em qualquer posição, em qualquer
seleção de melhores de todos os tempos. É Cruyff. É craque.”
1974 – FRANZ BECKENBAUER
Ficha técnica
Nome: Franz Anton
Beckenbauer
Beckenbauer
Data de nascimento: 11 de
setembro de 1945
setembro de 1945
Local de nascimento: Munique,
Alemanha
Alemanha
Carreira: Bayern de
Munique (1965-1977), Cosmos (1977-1980), Hamburgo (1980-1982), Cosmos (1983)
Munique (1965-1977), Cosmos (1977-1980), Hamburgo (1980-1982), Cosmos (1983)
Títulos:
Campeonato
Alemão (1968-1969, 1971-1972, 1972-1973, 1973-1974), Copa da Alemanha (1965-1966,
1967-1968, 1968-1969, 1970-1971), UEFA Champions League (1973-1974, 1974-1975,
1975-1976), UEFA Winner’s Cup (1966-1967), Mundial Interclubes (1976), pelo
Bayern de Munique, NASL (1977, 1978, 1980), pelo Cosmos, Campeonato Alemão (1981-1982),
pelo Hamburgo, UEFA Euro (1972) e Copa do Mundo (1974), pela Alemanha
Campeonato
Alemão (1968-1969, 1971-1972, 1972-1973, 1973-1974), Copa da Alemanha (1965-1966,
1967-1968, 1968-1969, 1970-1971), UEFA Champions League (1973-1974, 1974-1975,
1975-1976), UEFA Winner’s Cup (1966-1967), Mundial Interclubes (1976), pelo
Bayern de Munique, NASL (1977, 1978, 1980), pelo Cosmos, Campeonato Alemão (1981-1982),
pelo Hamburgo, UEFA Euro (1972) e Copa do Mundo (1974), pela Alemanha
Se descrever Cruyff
como um jogador de ataque é insuficiente, na mesma medida, tratar o gênio Franz
Beckenbauer como um jogador defensivo também o é. Meio-campista de formação,
sempre gostou de entremear os construtores de jogo da equipe. Completo em
termos de qualidades futebolísticas, tinha uma capacidade de entender o jogo e
interpretá-lo absolutamente fantásticas. Não fosse assim, talvez não tivesse
compreendido que seu melhor lugar seria atuando na retaguarda, onde melhor poderia
enxergar a cancha e ajudar sua equipe. Nascia ali o líbero, na maior e melhor
acepção terminológica.
como um jogador de ataque é insuficiente, na mesma medida, tratar o gênio Franz
Beckenbauer como um jogador defensivo também o é. Meio-campista de formação,
sempre gostou de entremear os construtores de jogo da equipe. Completo em
termos de qualidades futebolísticas, tinha uma capacidade de entender o jogo e
interpretá-lo absolutamente fantásticas. Não fosse assim, talvez não tivesse
compreendido que seu melhor lugar seria atuando na retaguarda, onde melhor poderia
enxergar a cancha e ajudar sua equipe. Nascia ali o líbero, na maior e melhor
acepção terminológica.
“Dono” do Bayern
de Munique e da Seleção Alemã, o Kaiser,
como ficou conhecido, fez nascer uma função que, diferentemente da de
Cruyff, ganharia nome: líbero. Pela classe que tinha, Beckenbauer poderia ter
atuado em qualquer lugar do campo. Era elegante e jogava com grande
inteligência. Entendia o jogo como poucos entenderam. Sabia da importância da
defesa, sem perder o apreço pelo ataque.
de Munique e da Seleção Alemã, o Kaiser,
como ficou conhecido, fez nascer uma função que, diferentemente da de
Cruyff, ganharia nome: líbero. Pela classe que tinha, Beckenbauer poderia ter
atuado em qualquer lugar do campo. Era elegante e jogava com grande
inteligência. Entendia o jogo como poucos entenderam. Sabia da importância da
defesa, sem perder o apreço pelo ataque.
Nono atleta que
mais vezes vestiu a camisa germânica, com 103 aparições, entre 1965 e 1977,
marcou 14 gols. Na trajetória rumo ao bicampeonato mundial tudesco, não marcou
gols, mas foi o esteio da equipe durante todas as partidas da competição. Desde
a magra vitória na estreia contra o Chile, passando pela derrota para a
Alemanha Oriental e chegando, por fim, à finalíssima, quando embateu forças com
a fantástica Holanda.
mais vezes vestiu a camisa germânica, com 103 aparições, entre 1965 e 1977,
marcou 14 gols. Na trajetória rumo ao bicampeonato mundial tudesco, não marcou
gols, mas foi o esteio da equipe durante todas as partidas da competição. Desde
a magra vitória na estreia contra o Chile, passando pela derrota para a
Alemanha Oriental e chegando, por fim, à finalíssima, quando embateu forças com
a fantástica Holanda.
Exemplo de
sobriedade e refino, sempre valorizou o trabalho coletivo. Ao falar da atual
campeã mundial, ressaltou a grandeza da equipe, como um todo. E sempre teve
discernimento para tudo o que dissesse respeito ao riscado, às quatro-linhas. Não à toa passou com imenso sucesso por todos os postos do futebol. Ganhou a
Copa do Mundo como jogador e treinador, presidiu o Bayern de Munique e dirigiu
o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2006, um total sucesso.
sobriedade e refino, sempre valorizou o trabalho coletivo. Ao falar da atual
campeã mundial, ressaltou a grandeza da equipe, como um todo. E sempre teve
discernimento para tudo o que dissesse respeito ao riscado, às quatro-linhas. Não à toa passou com imenso sucesso por todos os postos do futebol. Ganhou a
Copa do Mundo como jogador e treinador, presidiu o Bayern de Munique e dirigiu
o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2006, um total sucesso.
Na bola, poucos
tiveram sua qualidade técnica. Menor é o número daqueles que entenderam o jogo
como ele. Foi craque. Só não foi eleito o craque da Copa de 74 porque, no meio
do caminho, havia um Cruyff.
tiveram sua qualidade técnica. Menor é o número daqueles que entenderam o jogo
como ele. Foi craque. Só não foi eleito o craque da Copa de 74 porque, no meio
do caminho, havia um Cruyff.
Ate hoje eu falo pro meu irmao mais velho que a copa 74 foi ironica pois cruyff ficou sem o titulo mas tambem seria injusto o der kaiser e tambem o der bomber muller nao ganharem coisas do futebol.