Craques das Copas: 1958 e 1990
No último post,
falei dos geniosos e geniais Ferenc Puskas e Romário, craques das Copas do Mundo de 1954 e 1994, respectivamente. Neste, os nomes em foco são os de Didi e
Lothar Matthäus, destaques máximos das competições de 58 e 90.
falei dos geniosos e geniais Ferenc Puskas e Romário, craques das Copas do Mundo de 1954 e 1994, respectivamente. Neste, os nomes em foco são os de Didi e
Lothar Matthäus, destaques máximos das competições de 58 e 90.
Ficha técnica
Nome: Valdir Pereira
Data de nascimento/falecimento: 8 de outubro de 1929/ 12 de maio de 2001
Local de nascimento: Campos
dos Goytacazes (RJ), Brasil
dos Goytacazes (RJ), Brasil
Carreira: Americano
(1946), Lençoense (1946-1947), Madureira (1947-1949), Fluminense (1949-1956),
Botafogo (1956-1959), Real Madrid (1959-1960), Botafogo (1960-1962), Sporting
Cristal (1963), Botafogo (1964), São Paulo (1964), Botafogo (1964-1965),
Veracruz (1965-1966) e São Paulo (1966)
(1946), Lençoense (1946-1947), Madureira (1947-1949), Fluminense (1949-1956),
Botafogo (1956-1959), Real Madrid (1959-1960), Botafogo (1960-1962), Sporting
Cristal (1963), Botafogo (1964), São Paulo (1964), Botafogo (1964-1965),
Veracruz (1965-1966) e São Paulo (1966)
Títulos: Campeonato
Carioca (1951) e Copa Rio (1952), pelo Fluminense, Campeonato Carioca (1957,
1961 e 1962), Torneio Rio-São Paulo (1962), pelo Botafogo, Copa do Mundo (1958
e 1962), pelo Brasil
Carioca (1951) e Copa Rio (1952), pelo Fluminense, Campeonato Carioca (1957,
1961 e 1962), Torneio Rio-São Paulo (1962), pelo Botafogo, Copa do Mundo (1958
e 1962), pelo Brasil
Inventor da Folha-Seca, batida na bola semelhante à Trivela (chute com a parte externa do pé), Didi, o Príncipe Etíope – alcunha angariada graças
a sua elegância em campo e refino técnico –, foi mais um talentosíssimo
meio-campista brasileiro, o principal nome de uma Seleção que já possuía o
jovem Pelé e o imberbe Garrincha, além de outros grandes nomes. Com o craque
brasileiro, a bola rolava com grande fluência. Passes precisos e lançamentos
sob medida marcavam seu jogo, que ainda apresentava dribles curtos de rara beleza, e
eficiência, além de um chute extremamente preciso.
a sua elegância em campo e refino técnico –, foi mais um talentosíssimo
meio-campista brasileiro, o principal nome de uma Seleção que já possuía o
jovem Pelé e o imberbe Garrincha, além de outros grandes nomes. Com o craque
brasileiro, a bola rolava com grande fluência. Passes precisos e lançamentos
sob medida marcavam seu jogo, que ainda apresentava dribles curtos de rara beleza, e
eficiência, além de um chute extremamente preciso.
Cria das ruas
fluminenses, o gênio brasileiro, por pouco, não foi obrigado a parar de
praticar o futebol. Ainda aos 14 anos, machucou-se em uma pelada, e a lesão, de
moderada complexidade, tornou-se uma infecção, a qual quase levou-o à amputação
de sua perna. Dramas à parte, Didi se profissionalizou, e tornou-se ídolo de
duas torcidas rivais, a do Fluminense e a do Botafogo, clubes em que é
considerado, ainda hoje, um dos maiores jogadores de suas ricas histórias.
fluminenses, o gênio brasileiro, por pouco, não foi obrigado a parar de
praticar o futebol. Ainda aos 14 anos, machucou-se em uma pelada, e a lesão, de
moderada complexidade, tornou-se uma infecção, a qual quase levou-o à amputação
de sua perna. Dramas à parte, Didi se profissionalizou, e tornou-se ídolo de
duas torcidas rivais, a do Fluminense e a do Botafogo, clubes em que é
considerado, ainda hoje, um dos maiores jogadores de suas ricas histórias.
Em 1958, vivendo, provavelmente, o ápice máximo de sua carreira, Didi, que disputou ao todo 74
partidas pela Seleção Brasileira, marcando 21 gols, entrou em campo em todas as
partidas do escrete canarinho, desde a estreia contra a Áustria (3×0), na fase
de grupos (que contou, ainda, com URSS – 2×0 – e Inglaterra – 0x0), até a
partida final contra os anfitriões suecos (5×2), passando pelo País de Gales
(1×0) e pela França (5×2), no caminho para a primeira conquista mundial
brasileira. Nos seis encontros, marcou apenas contra os franceses, nas
semifinais.
partidas pela Seleção Brasileira, marcando 21 gols, entrou em campo em todas as
partidas do escrete canarinho, desde a estreia contra a Áustria (3×0), na fase
de grupos (que contou, ainda, com URSS – 2×0 – e Inglaterra – 0x0), até a
partida final contra os anfitriões suecos (5×2), passando pelo País de Gales
(1×0) e pela França (5×2), no caminho para a primeira conquista mundial
brasileira. Nos seis encontros, marcou apenas contra os franceses, nas
semifinais.
Vitorioso e
genial, o craque da Copa de 1958 – eleito, inclusive, pela FIFA – só teve uma
grande frustração em sua extensa e bela carreira. Campeão Mundial, em 1959, foi
contratado pelo gigantesco Real Madrid, onde atuaria cercado por jogadores da classe
de Alfredo Di Stéfano e Ferenc Puskas, atletas fantásticos. Entretanto,
conta-se que Di Stéfano, estrela maior da equipe, boicotava o talentoso médio
brasileiro, que, rapidamente, retornou ao Botafogo.
genial, o craque da Copa de 1958 – eleito, inclusive, pela FIFA – só teve uma
grande frustração em sua extensa e bela carreira. Campeão Mundial, em 1959, foi
contratado pelo gigantesco Real Madrid, onde atuaria cercado por jogadores da classe
de Alfredo Di Stéfano e Ferenc Puskas, atletas fantásticos. Entretanto,
conta-se que Di Stéfano, estrela maior da equipe, boicotava o talentoso médio
brasileiro, que, rapidamente, retornou ao Botafogo.
A desilusão
vivida em Madrid não impediu, contudo, que o craque canarinho continuasse a
fazer história, como aconteceria em 1962, ocasião em que o Brasil foi bicampeão
mundial, no Chile. Além de ser marcado pelo seu grande futebol, também ficou
eternizado na história por ter marcado o gol inaugural do Maracanã.
vivida em Madrid não impediu, contudo, que o craque canarinho continuasse a
fazer história, como aconteceria em 1962, ocasião em que o Brasil foi bicampeão
mundial, no Chile. Além de ser marcado pelo seu grande futebol, também ficou
eternizado na história por ter marcado o gol inaugural do Maracanã.
Em 2001, o maior
jogador da Copa de 1958, perdeu a batalha contra um câncer hepático e faleceu,
deixando um rico legado de estilo de jogo, lances únicos e influência sobre as
gerações que sucederam-no.
jogador da Copa de 1958, perdeu a batalha contra um câncer hepático e faleceu,
deixando um rico legado de estilo de jogo, lances únicos e influência sobre as
gerações que sucederam-no.
1990 – MATTHÄUS
Nome: Lothar Herbert Matthäus
Data de nascimento: 21 de
março de 1961
março de 1961
Local de nascimento: Erlangen,
Alemanha
Alemanha
Carreira: Borussia Mönchengladbach
(1979-1984), Bayern de Munique (1984-1988), Internazionale (1988-1992), Bayern
de Munique (1992-2000) e MetroStars (2000)
(1979-1984), Bayern de Munique (1984-1988), Internazionale (1988-1992), Bayern
de Munique (1992-2000) e MetroStars (2000)
Títulos: Campeonato Alemão
(1984-1985, 1985-1986, 1986-1987, 1993-1994, 1996-1997, 1998-1999, 1999-2000),
Copa da Alemanha (1985-1986, 1997-1998, 1999-2000), Supercopa da Alemanha
(1987), Copa da UEFA (1996), pelo Bayern de Munique, Campeonato Italiano
(1988-1989), Supercopa da Itália (1989), Copa da UEFA (1990-1991), pela
Internazionale, Campeão da Conferência Leste da MLS (2000), pelo MetroStars,
UEFA Euro (1980), Copa do Mundo (1990), pela Alemanha
(1984-1985, 1985-1986, 1986-1987, 1993-1994, 1996-1997, 1998-1999, 1999-2000),
Copa da Alemanha (1985-1986, 1997-1998, 1999-2000), Supercopa da Alemanha
(1987), Copa da UEFA (1996), pelo Bayern de Munique, Campeonato Italiano
(1988-1989), Supercopa da Itália (1989), Copa da UEFA (1990-1991), pela
Internazionale, Campeão da Conferência Leste da MLS (2000), pelo MetroStars,
UEFA Euro (1980), Copa do Mundo (1990), pela Alemanha
Grande vencedor
e líder, Lothar Matthäus é o jogador que mais vezes envergou a camisa Die Mannschaft, com 150 partidas, distribuídas
em longos 20 anos e cinco Copas do Mundo. Jogador completo, era dono de extrema
técnica, podendo jogar em uma grande diversidade de posições. Meio-campista
ofensivo de origem, com o tempo foi se adaptando a outras funções e terminou a
carreira atuando como um excepcional líbero.
e líder, Lothar Matthäus é o jogador que mais vezes envergou a camisa Die Mannschaft, com 150 partidas, distribuídas
em longos 20 anos e cinco Copas do Mundo. Jogador completo, era dono de extrema
técnica, podendo jogar em uma grande diversidade de posições. Meio-campista
ofensivo de origem, com o tempo foi se adaptando a outras funções e terminou a
carreira atuando como um excepcional líbero.
Em entrevista
concedida ao site Trivela, o ex-atleta disse que sua transformação se deu em
função da idade. Com o tempo, ajustou-se às funções onde, fisicamente, seria
melhor aproveitado. E ninguém melhor do que Franz Beckenbauer poderia tê-lo
ajudado na mudança. Treinador do craque na Copa de 1990, em que Matthäus
capitaneou a Alemanha ao seu terceiro título mundial, também foi, pouco tempo depois, seu técnico no Bayern
de Munique.
concedida ao site Trivela, o ex-atleta disse que sua transformação se deu em
função da idade. Com o tempo, ajustou-se às funções onde, fisicamente, seria
melhor aproveitado. E ninguém melhor do que Franz Beckenbauer poderia tê-lo
ajudado na mudança. Treinador do craque na Copa de 1990, em que Matthäus
capitaneou a Alemanha ao seu terceiro título mundial, também foi, pouco tempo depois, seu técnico no Bayern
de Munique.
Em 1990, na
Itália, Matthäus jogou todas as partidas da Alemanha, e marcou importantes
quatro gols. Suas vítimas foram a Iugoslávia, contra quem marcou dois gols, os
Emirados Árabes, e a Tchecoeslováquia, que sofreu o mais importante deles, o qual valeu a classificação às semifinais da competição. Somadas as cinco Copas
do Mundo em que envergou o manto germânico, o craque jogou impressionantes 25
partidas, com 15 vitórias, quatro empates, seis derrotas, contabilizando dois vice-campeonatos
e um título mundial.
Itália, Matthäus jogou todas as partidas da Alemanha, e marcou importantes
quatro gols. Suas vítimas foram a Iugoslávia, contra quem marcou dois gols, os
Emirados Árabes, e a Tchecoeslováquia, que sofreu o mais importante deles, o qual valeu a classificação às semifinais da competição. Somadas as cinco Copas
do Mundo em que envergou o manto germânico, o craque jogou impressionantes 25
partidas, com 15 vitórias, quatro empates, seis derrotas, contabilizando dois vice-campeonatos
e um título mundial.
No torneio, o
alemão não foi eleito o melhor jogador da competição, ficando atrás do italiano
Salvatore Schillaci, entretanto, ao final do ano, em eleição tradicional feita
pela revista France Football, o
jogador foi eleito o melhor do ano, recebendo o Ballon D’or. No ano seguinte, em 1991, com a instituição do prêmio
de melhor jogador do mundo da FIFA, Lothar foi eleito, novamente, o melhor jogador
do mundo no ano.
alemão não foi eleito o melhor jogador da competição, ficando atrás do italiano
Salvatore Schillaci, entretanto, ao final do ano, em eleição tradicional feita
pela revista France Football, o
jogador foi eleito o melhor do ano, recebendo o Ballon D’or. No ano seguinte, em 1991, com a instituição do prêmio
de melhor jogador do mundo da FIFA, Lothar foi eleito, novamente, o melhor jogador
do mundo no ano.
Sua
impressionante trajetória é marcada também pela superação. Se em 1990 vivia seu
esplendor técnico, depois de colecionar títulos pelo Bayern de Munique e pela
Internazionale, pouco depois passou a sofrer e conviver com lesões e problemas
físicos. Em 1992, após sofrer com a ruptura dos ligamentos de seu joelho, muitos
diziam que estava acabado. Estavam inteiramente
enganados, como o craque provaria disputando mais duas Copas do Mundo, uma UEFA
Euro e uma Copa das Confederações.
impressionante trajetória é marcada também pela superação. Se em 1990 vivia seu
esplendor técnico, depois de colecionar títulos pelo Bayern de Munique e pela
Internazionale, pouco depois passou a sofrer e conviver com lesões e problemas
físicos. Em 1992, após sofrer com a ruptura dos ligamentos de seu joelho, muitos
diziam que estava acabado. Estavam inteiramente
enganados, como o craque provaria disputando mais duas Copas do Mundo, uma UEFA
Euro e uma Copa das Confederações.
Entre a sua estreia
internacional contra a Holanda, em 1980,
e sua última partida, contra Portugal, em 2000, marcou 23 gols. Jogador moderno,
foi o sucessor do grande Paul Breitner e foi sucedido por Michael Ballack, na campanha
do vice-campeonato mundial de 2002.
internacional contra a Holanda, em 1980,
e sua última partida, contra Portugal, em 2000, marcou 23 gols. Jogador moderno,
foi o sucessor do grande Paul Breitner e foi sucedido por Michael Ballack, na campanha
do vice-campeonato mundial de 2002.