Benfica e Sporting: o Dérbi Eterno de Lisboa
série de postagens recheadas de histórias, dados e curiosidades dos maiores clássicos do mundo. Inicio os trabalhos com o clássico lisboeta: o Dérbi Eterno, Benfica e Sporting.
Arte: O Futebólogo |
Portugal, é morada de mais de 500 mil pessoas. Grande parte
deste contingente guarda consigo o amor pelo futebol, ou melhor, por um clube.
Nesta metrópole, há quem se vista de vermelho, e estes são os adeptos do
Benfica, das Águias. São os benfiquistas. Entretanto, há também aqueles
que escolheram vestir o verde. Estes são aqueles cujos corações batem mais forte pelo
Sporting, pelos Leões. São os sportinguistas.
Título de 1946 |
Pouco mais de três quilômetros
separam o Estádio da Luz, do Benfica, do Estádio José Alvalade, do Sporting.
Vermelho e verde pintam a via — Segunda Circular — que liga os dois estádios e formam as cores da bandeira portuguesa, tons que separados distinguem duas grandes
paixões.
1907. Ali, o Benfica passava a receber o suporte das arquibancadas da classe trabalhadora de
Lisboa, do povo. Por sua vez, o Sporting representava as classes mais altas. É o que se conta.
É fácil entender a razão para tanto: enquanto o Sporting nasceu de um clube social, da elite, liderado por José Alvalade, e tendo desde sempre as cores verde e branca e o leão no emblema, o Benfica emergiu da união de 24 ex-alunos de uma casa destinada à educação de pessoas que se encontrassem em dificuldades, como órfãos e mendigos. Desde o princípio, vestiu vermelho e teve na águia um de seus símbolos.
Sempre foi fácil perceber a paixão dos torcedores da capital portuguesa por suas equipes, todavia em pleno século XXI isso é palpável em números. Os clubes figuram no rol dos que mais sócios possuem no planeta.
Em levantamento feito pelo SporTV, o Benfica aparece no terceiro lugar, com 157 mil, e o Sporting em quinto, com aproximadamente 136 mil. Tal dado revela a dimensão da rivalidade a que se faz referência.
Os rivais lisboetas se enfrentaram
pela primeira vez em 1º de dezembro de 1907. E deu Sporting: 2 a 1. Lá se vão mais de cem anos de
história. Até a publicação deste artigo, foram disputados 288 jogos e a vantagem é vermelha: são 126 vitórias das Águias contra 104
dos Leões. Aconteceram, ainda, 58
empates. O Benfica também foi o responsável pelo maior número de gols no encontro: são 491 contra 448 do Sporting.
temporada 1945-46. A seu tempo, o Sporting aplicou um sonoro 7 a 1 contra o
Benfica na temporada 1986-87.
confronto foi o benfiquista Nené (1967-86), com 38 jogos. Mário Coluna (1954-55 e 1960-70), também do Benfica, atuou 37 vezes. Com 36 aparece o sportinguista João Azevedo (1935-52).
celebrado nos jogos foi Fernando Peyroteo (1937-49), goleador histórico do Sporting. Em 28 encontros, foi às redes 31 vezes. Ele é seguido por Eusébio (1960-75), autor de 27 gols em 28 jogos. O
brasileiro que mais marcou neste jogo foi Liédson com 11 tentos em 17 partidas.
No que tange às conquistas, os Leões vivem grande desvantagem. São 18 campeonatos nacionais, contra 32 do
Benfica; 15 taças de Portugal contra 18 das Águias; nenhuma taça da liga contra
quatro do Benfica; nenhuma Liga dos Campeões contra duas do Benfica. Por outro lado, o alviverde venceu a Recopa Europeia de 1963-64.
destacam-se figuras importantíssimas na história deles e do futebol português, gente como Eusébio,
Mário Coluna, Luís Figo, Vítor Damas, Cristiano Ronaldo e outro vários na
riquíssima história desses clubes.
Em dia de clássico, Lisboa para. Pinta-se de vermelho e verde e se desloca para a Segunda Circular. Lá, conforme o calendário, resolve se vai para um lado ou outro; se parte para Alvalade ou vai em direção à Luz.