Atuação no mercado demonstra intenções da Juventus
da história do futebol argentino não é tarefa para qualquer um. Essa é a realidade com
que Gonzalo Higuaín terá que conviver, após trocar o Napoli pela Juventus pela
bagatela de €90
milhões. É indiscutível que o argentino chega para suprir importante lacuna no
elenco Bianconeri, em negociação que mostra com clareza o que a equipe italiana pretende para 2016-2017.
A cada dia é mais fácil perceber a hegemonia da Juventus no
cenário italiano. Pentacampeã nacional, tem a equipe melhor estruturada, é a
base da Seleção Italiana e segue se superiorizando a seus rivais no campo das
negociações – seja contratando seus destaques ou vencendo a concorrência em outras
negociações, como evidenciam as chegadas de Miralem Pjanic, ex-Roma, e Higuaín,
além da de Marko Pjaca, jovem e talentoso meia-atacante croata que era
pretendido por Internazionale e Milan.
Turim precisa expandir seus horizontes e por mais que a iminente saída de Paul
Pogba possa parecer um regresso, a chegada de Higuaín, sobretudo pelo preço
pago representa com exatidão esse fato. O último artilheiro do Campeonato
Italiano, autor de substanciais 36 tentos, chega para ser a referência que
Mario Mandzukic e Álvaro Morata não foram com muita regularidade, um jogador
para maximizar o aproveitamento das chances criadas pela equipe.
repertório já faria sentido se nos mantivéssemos diante do panorama da
temporada passada, o que só ganha maior relevo em face do que a temporada
2016-2017 já nos apresenta. A Juventus adicionou a sua forte esquadra dois
grandes assistentes: no meio o citado Pjanic e na lateral direita o brasileiro
Daniel Alves.
de área do clube alvinegro e para dar o salto de qualidade em termos
continentais a letalidade na grande área é fundamental. Muitos são os exemplos
que não nos deixam mentir, sobretudo nos maiores clubes do planeta: Bayern de
Munique, Barcelona e Real Madrid, com Robert Lewandowski, Luis Suárez e Karim
Benzema.
a UEFA Champions League. Sem tê-la como foco principal e na condição
de surpresa, a equipe italiana chegou à final do certame na temporada
2014-2015, perdendo para o Barcelona, mas jogando de igual para igual. Melhor
preparada, vê suas chances crescerem. Por mais que as cifras investidas na
contratação de Higuaín sejam obscenas, sua chegada deixa pouca margem para questionamentos:
não se trata de um negócio visando a garantia de mais uma conquista nacional.
com tamanho peso e expressão, o que não parece algo incomum para um titular
da Seleção Argentina com passagem por Real Madrid e Napoli.
Pjanic, por sua
vez, terá a oportunidade de mostrar que realmente chegou ao nível mais alto do
futebol. E o mais interessante é que, como o Bayern de Munique já faz há tempos
na Alemanha, ambos os exemplos foram contratações tiradas do mercado nacional, tratando-se de conhecedoras da Juventus e estando adaptadas ao futebol italiano. Isso favorece, de
forma imensurável, o ajuste dos atletas a sua nova equipe. Nesse sentido também se encaixa o zagueiro Mehdi Benatia, que embora chegue do futebol alemão, atuou na Roma recentemente.
começam a temporada como indiscutíveis favoritos à conquista da Europa, mas a
Juventus mostra a intenção de se intrometer nessa disputa. Com um estilo
competitivo já consolidado e novas peças isso fica mais claro. Hegemônica na
Itália, a Vecchia Signora vai atrás
do tricampeonato europeu.