A fase artilheira de Robinho no Galo
Com 35 partidas disputadas na temporada, a cria do Santos foi às redes 20 vezes. Apenas uma a menos do que os maiores artilheiros do Brasil no ano – Rodrigão, atualmente no Santos, Kléber, do Coritiba e Anselmo, do Fortaleza. Em 2016, o jogador vai mostrando impressionante poder de decisão. Mesmo sem ter conseguido ser brilhante no Galo, Robinho vem mostrando importante qualidade à frente das balizas adversárias, com ótimo posicionamento e acuidade nas finalizações.
Algumas estatísticas corroboram o exposto. No Brasileirão de 2016, o atacante arriscou 24 chutes, acertando 16 no gol e computando nove tentos. Seu aproveitamento nesse fundamento é de 66,6%, um dos melhores de todo o campeonato. No drible, seu desempenho também é bom, com 63% de acerto, mas chama atenção o fato de que o atleta tentou apenas 11, deixando ainda mais evidente o fato de estarmos diante de um “novo Robinho”. Para completar, na competição tem quatro assistências.
É claro também que ainda provoca euforia no torcedor em alguns lances de grande imprevisibilidade em que demonstra muita destreza no comando da bola. Não obstante, estes têm sido raros. Sua realidade atual é outra e seu perfil muito menos individualista. O atacante dialoga com seus companheiros de ataque com muita propriedade nas ações ofensivas do Galo e isso tem ajudado sobremaneira no funcionamento do setor. Na recomposição, todavia, pouco auxilia.
Muito se diz que o jogador mostra dificuldade para ser decisivo em partidas importantes, como na disputa da Libertadores da América e nos confrontos diretos pelas primeiras posições no Brasileirão. De fato, é verdade que o jogador não é exemplo de regularidade, mas é preciso ressaltar que ele não é para o time o que Ronaldinho ou Diego Tardelli foram em um passado recente. Há divisão de tarefas e responsabilidades na criação e finalização das jogadas, não existindo a figura de uma grande estrela que se sobreponha aos demais atletas. É nesse sentido que também tem entendido o treinador Marcelo Oliveira:
“Não podemos reclamar do nosso poder ofensivo. Estamos adaptando com esses dois jogadores (Fred e Pratto). Eles são dois atacantes e compensamos trazendo Robinho ou o Maicosuel para dentro. É uma nova forma de jogar. A parte ofensiva está boa, não precisa de modificações, precisamos de ajustes”, disse Marcelo Oliveira em entrevista coletiva após o jogo contra a Chapecoense.