Times de que Gostamos: Chelsea 2004-2006
a fantástica equipe da Juventus das temporadas 1995-1996 e 1996-1997, que tinha grandes craques como Zinedine Zidane, Alessandro Del Piero e Gianluca Vialli,
relembro o primeiro time da “era rica” do Chelsea a ser bem sucedido.
Em pé: Robben, Cech, Gallas, Terry, Ricardo Carvalho, Lampard. Agachados: Essien, Makelele, Drogba, Paulo Ferreira e Gudjohnsen. |
Ricardo Carvalho, John Terry, William Gallas (W. Bridge/ Del Horno); Claude
Makelele, Tiago (Essien), Frank Lampard; Joe Cole, D. Drogba (Gudjohnsen/Crespo)
e Damien Duff (A. Robben). Téc.
José Mourinho
o Chelsea, do russo Roman Abramovich, apostou, na temporada 2004-2005, no
treinador português José Mourinho, que,
até então, só havia feito sucesso comandando o Futebol Clube do Porto, equipe
onde conquistara o título do Campeonato Português e da UEFA Champions League na
temporada anterior.
inicial no clube inglês, The Special One
– nome pelo qual Mourinho viria a ser conhecido em Londres – tirou a equipe do
oeste da capital londrina de uma fila de 50 anos, que vinha desde a conquista do primeiro e, até
aquela temporada, único título nacional dos Blues,
levantou a taça da Copa da Liga Inglesa e chegou às semifinais da UEFA
Champions League.
seguinte, conquistou a Community Shield e levou o clube ao bicampeonato inglês,
começando a consagrar os ídolos eternos do Chelsea Petr Cech, John Terry, Frank
Lampard e Didier Drogba.
ao Rennes para a temporada 2004-2005, o goleiro Petr Cech (foto) foi uma das mais
acertadas contratações de toda a história do Chelsea. Na primeira temporada em
que atuou na equipe, disputou 49 jogos e levou para casa o prêmio de melhor
goleiro da Premier League. Presença assídua na equipe há 10 anos, o tcheco pode
se orgulhar de já ter disputado quase 500 jogos pelo clube.
direita da equipe foi ocupada por um conhecido que Mourinho trouxe consigo do
Porto: Paulo Ferreira (foto). Jogador de bom preparo físico e razoável técnica,
dominou a posição nas temporadas iniciais, impedindo que – o hoje lateral titular
da seleção inglesa – Glen Johnson tivesse chances.
Paulo viu sua condição física cair e foi para a reserva. Apesar disso, é muito
querido pelos torcedores. Aposentou-se em 2013, após nove anos no clube. Pelo
outro lado a lateral foi ocupada pelo zagueiro francês William Gallas, que
desempenhou um papel meramente defensivo pelo flanco esquerdo.
foi formada pelo português Ricardo Carvalho (também ex-Porto) e pelo inglês
John Terry (foto), ídolo eterno e capitão dos Blues.
Jogadores de grande preparo físico, exerciam grande influência sob seus demais
companheiros. Ao mesmo tempo em que, na necessidade, eram xerifes, proporcionavam
uma boa e tranquila saída de bola. Ficarão marcados como uma das melhores (senão a melhor) dupla
de zagueiros de todos os tempos na equipe londrina. Ricardo Carvalho disputou
209 partidas pelo clube, defendendo-o entre 2004 e 2010, já Terry, ainda no
clube, já acumula mais 600 jogos.
temporada de Mourinho, o meio-campo foi formado pelo “carregador de piano”
Claude Makelele, pelo português Tiago e pelo adorado Frank Lampard (foto). O primeiro
foi um verdadeiro “carrapato” na equipe. Com um poder de marcação invejável, não
deixava os adversários respirarem, firmando-se com um dos pilares da equipe.
Já
Tiago, jogador de bom passe, ajudava na marcação e também na saída de bola. Por
fim, Lampard foi a principal estrela da equipe nesse triênio. Seu especial pé
direito nunca antes estivera tão calibrado, o que o levou à segunda colocação
do prêmio de melhor do mundo da FIFA em 2005, a um lugar na seleção do
campeonato inglês e ao prêmio de melhor jogador da Premier League em 2005 e
2006.
2005-2006 Tiago deixou a equipe titular e deu lugar à Michael Essien, volante
ganês que, então, aliava grande pegada na marcação, qualidade na saída de bola
e dispunha de muita técnica e vitalidade.
ofensivo foi formado pelo “mago” Joe Cole, pela direita, pelo
eficiente Damien Duff, pela esquerda, e pelo poderosíssimo centroavante Didier
Drogba (foto). Cole, jogador de grande técnica, deu a carga de talento ao
ataque, enquanto Duff foi a força e a velocidade e Drogba a letalidade. A opção
que trazia um diferencial ao campo ofensivo do Chelsea foi a do holandês Arjen
Robben, que muito ajudou a equipe, mas também conviveu com muitas lesões.
reservas a equipe contou com excelentes opções. Para a defesa teve a possibilidade
do zagueiro alemão Robert Huth e dos laterais Glen Johnson, Wayne Bridge e
Asier Del Horno (na temporada 2005-2006). Já o meio-campo tinha como alternativas
o camaronês Geremi (foto), Scott Parker, Jiri Jarosik, Wright-Phillips e Maniche (também a partir da
segunda temporada). Por fim, o ataque era completado pelo islandês Eidur
Gudjohnsen – um dos jogadores que mais defendeu o Chelsea nesse período –, o
sérvio Mateja Kezman (na primeira temporada) e pelo argentino Hernán Crespo (na
segunda temporada).
fato trouxe brilhantismo à equipe foi o treinador José Mourinho (foto). E os números não
mentem. Nos 111 jogos em que comandou o Chelsea nessas duas temporadas, conquistou
80 vitórias, ou seja, saiu-se vencedor em 72% das partidas.
Chelsea
Gerrard (contra), ‘107 Drogba e ‘112 Kezman (Chelsea)
(Biscan); Hamann, Gerrard, Harry Kewell (Nuñez), Riise; Luis García e Morientes
(Baros). Téc. Rafa Benítez
Terry, Gallas (Kezman); Makelele, Jarosik (Gudjohnsen), Lampard; Joe Cole (G. Johnson),
Drogba e Duff. Téc. José Mourinho
League 2004-2005: Chelsea 4×2 Barcelona
’19 Duff e ’76 Terry (Chelsea); ’27 e ’37 Ronaldinho (Barcelona)
Carvalho, John Terry, Gallas; Makelele, Frank Lampard, Gudjohnsen (Tiago); Joe
Cole, Kezman, D. Duff (R. Huth). Téc. José Mourinho
Belletti (Giuly), Puyol, Oleguer, van Bronckhorst (Sylvinho); Xavi, Gerard,
Deco; Ronaldinho, Eto’o e Iniesta (Maxi López). Téc. Frank Rijkaard
2004-2005: Bolton 0x2 Chelsea
Bolton
(Jaidi); Gary Speed, Gardner, Giannakopoulos (Nolan), Okocha (Pedersen); Davies
e Diouf. Téc. Sam Allardyce
Gallas; Makelele (Smertin), Lampard, Tiago, Jarosik; Drogba (Huth) e Gudjohnsen
(Joe Cole). Téc. José Mourinho
Chelsea 2×1 Arsenal
(Chelsea); ’65 Fábregas (Arsenal)
Horno; Makelele, Lampard, Gudjohnsen (Tiago); Robben (Wright-Phillips), Drogba (Crespo)
e Duff (Joe Cole). Téc. José Mourinho
(Hoyte), Senderos (Cygan), Touré, Ashley Cole; Flamini (Hleb), Fábregas,
Ljungberg (Reyes), Pirés (Gilberto Silva); Bergkamp (van Persie) e Henry. Téc.
Arsene Wenger
2005-2006: Chelsea 3×0 Manchester United
Bridge, Londres
Dean
Cole e ’73 Ricardo Carvalho (Chelsea)
Ferreira, Ricardo Carvalho, John Terry, Gallas; Makelele, Essien, Lampard; Joe
Cole (Crespo), Drogba (Maniche) e Robben (Duff). Téc. José Mourinho
Nemanja Vidic, Silvestre; O’Shea, Ji-Sung Park, Ryan Giggs (Richardson),
Cristiano Ronaldo (van Nistelrooy); Wayne Rooney (Evra) e Louis Saha. Téc. Alex
Ferguson