Times de que Gostamos: Bayern de Munique 1973-1976
Depois de lembrar o excelente e vitorioso time do Galatasaray do período entre 1999-2000, quando a equipe contou, dentre outros, com Gheorghe Hagi e Taffarel, trago um pouco do que muitos consideram ser o melhor Bayern de Munique de todos os tempos, o tricampeão europeu.
Em pé: Beckenbauer, Kapellmann, Torstensson, Schwarzenbeck, Dürnberger, Roth, Gerd Müller, Breitner, Hoeness e Udo Laterk (Treinador). Agachados: Zobel, Hadewicz, Jensen, Robl, Maier e Hansen. |
Time: Bayern de Munique
Período: 1973-1976
Time base: Sepp Maier; Johnny Hansen, Schwarzenbeck, Beckenbauer, Paul
Breitner (Udo Horsmann); Franz Roth, Jupp Kapellmann, Bernd Dürnberger; Karl-Heinz
Rummenigge, Gerd Müller e Uli Hoeness. Téc. Udo Latek e Dettmar Cramer
Conquistas: Tricampeão da UEFA Champions League, Campeão alemão e do Intercontinental
Se hoje quem dá as cartas no futebol alemão e europeu é o Bayern de Munique de Manuel Neuer, Arjen Robben, Frank Ribery, Bastian Schweinsteiger e Philipp Lahm, no passado, cerca de 40 anos atrás, o futebol germânico e do velho continente submeteu-se ao poder do incrível Bayern de Munique de Sepp Maier, Franz Beckenbauer, Paul Breitner, Karl-Heinz Rummenigge e Gerd Müller.
Apesar do grande
número de esquadrões que os bávaros já tiveram em sua história, o time que
reinou nos anos 70 é, ainda hoje, tido como o melhor de sempre. Evoluído
taticamente, bom com a bola nos pés e consistente como poucos na história do
futebol mundial, o time, que foi “criado”
pelo treinador Udo Latek e “lapidado” por Dettmar Cramer, foi sublime.
Tricampeão da
Europa, campeão alemão e do Mundial Interclubes, esse time foi um dos grandes
responsáveis pela afirmação do Bayern no rol dos gigantes do futebol mundial.
Considerando um
país que contou com goleiros do calibre de Oliver Kahn, Jens Lehmann, Bodo Illgner,
Harald Schumacher e hoje conta com Manuel Neuer, a tarefa de definir o melhor
golquíper da história da Alemanha torna-se no mínimo inglória. No entanto,
muitos não hesitam ao afirmar: Sepp Maier (foto) foi o maior de todos. Titular dos bávaros
entre 1965 e 1979, foi formado no clube e esteve em quatro Copas do Mundo,
levando o caneco em 1974. Sua marca eram seus absurdos reflexos, os quais lhe
renderam o apelido de “Gato”. Com a aposentadoria dedicou-se à função de
treinador de goleiros, a qual desempenhou entre 1988 e 2008, na seleção alemã e
no Bayern.
As laterais da
equipe foram preenchidas, inicialmente, por Johnny Hansen – pela direita – e Paul
Breitner (foto) – pela esquerda. Hansen, dinamarquês, chegou ao clube em 1970, vindo
do Nürnberg, e permaneceu até 1976. Dono de características defensivas, foi um
excelente defensor, eleito, inclusive, o melhor jogador de seu país em 1967. Só
deixou os bávaros para retornar ao clube que o formou. Já Breitner, atleta
mitificado, fez valer sua fama. É um dos poucos defensores da história a marcar
mais de 100 gols na carreira e a anotar gols em mais de uma final de Copa do
Mundo. Lateral esquerdo de vocação ofensiva deixou o Bayern logo em 1974, indo
para o Real Madrid, e retornou em 1978.
Para o lugar de
Breitner o clube contou com Udo Horsmann, atleta que não dispunha nem de longe
nem de perto da qualidade técnica de seu antecessor mas cumpriu muito bem o seu
papel defensivo. Atuou no clube entre 1975 e 1983.
A zaga foi formada por Hans-George Schwarzenbeck e pelo Kaiser Franz Beckenbauer (foto). O primeiro foi um jogador vitoriosíssimo. Além de ter dedicado 15 anos de sua carreira ao Bayern – seu único clube – também foi peça importante nos títulos da Eurocopa de 1972 e da Copa do Mundo em 1974 com a Alemanha. Já Beckenbauer dispensa maiores apresentações. Extraordinariamente técnico, o “defensor” (se é que se pode denomina-lo assim) revolucionou o futebol mundial. Seja como líbero, zagueiro, volante ou, até mesmo, meia, aliou categoria, segurança e senso tático ímpares. Está na prateleira dos maiores de todos os tempos, indubitavelmente.
O meio-campo foi
formado pela tríade Franz Roth (foto), Jupp Kapellmann e Bernd Dürnberger. Roth, o cão
de guarda do time, ficou conhecido como “o Touro”. Com muita garra e um estilo
de jogo muito “físico” foi peça vital no esquema do Bayern, clube que defendeu
por 12 anos. O volante ficou marcado, ainda, por ter marcado gols importantes
como nas finais da UEFA Champions League de 1975 e 1976.
Kapellmann, também afeito às tarefas defensivas
foi o principal parceiro de Roth, defendendo o clube entre 1973 e 1979.
Versátil, também podia jogar na zaga ou ainda na lateral. Já Dürnberger
desempenhou um papel mais relacionado à armação que propriamente à contenção.
Um dos mais jovens da equipe, é mais um que defendeu apenas os bávaros, entre
1972 e 1985.
Na frente, o
outro trio da equipe foi formado, na maior parte das vezes, por Karl-Heinz
Rummenigge, Gerd Müller (foto) e Uli Hoeness. Mais jovem dentre os titulares da equipe, Rummenigge firmou-se como um dos maiores jogadores da história do Bayern
e do futebol alemão. Contratado em 1974, aos 18 anos, foi peça muito importante
da equipe – embora só tenha sido protagonista no final da década. Habilidoso,
fez mais de 160 gols pelo clube e disputou quase 100 partidas pela seleção.
Gerd Müller, por
sua vez, não ficou conhecido por seu talento e habilidade e sim por sua
letalidade. Artilheiro por natureza e matador por opção, Müller marcou mais de
400 gols em 15 anos de clube. Pela seleção alemã tem média de gols superior a
um por jogo e foi, até ser ultrapassado por Ronaldo, em 2006, o maior
artilheiro da história das Copas do Mundo. Por fim, Uli Hoeness, foi outra peça
de habilidade no ataque bávaro, importante tanto na criação das jogadas quanto
na finalização das mesmas, fez muito sucesso entre 1970 e 1979. É o atual
presidente do clube.
Além dessa
constelação de craques, os treinadores Udo Latek e Dettmar Cramer contaram com
jogadores de muito talento no banco e que frequentemente atuavam entre os
titulares. Dentre eles é preciso ressaltar o defensor sueco Björn Andersson, o
meio-campista alemão Rainer Zobel e o também sueco atacante Conny Torstensson (foto),
opção muito utilizada em qualquer posição do ataque bávaro.
Ficha técnica de
alguns jogos importantes nesse período:
17ª rodada do
Campeonato Alemão: Bayern de Munique 4x3 Borussia Monchengladbach
Estádio
Olímpico, Munique
Árbitro: Walter
Engel
Público 70.000
Gols: ‘4 Roth, ’20 Müller, ’23 Zobel, ’64 Hoeness (Bayern); ‘6 Wimmer,
’18 Jensen e ’88 Bonhof (Borussia)
Bayern: Sepp Maier; Hansen, Schwarzenbeck, Beckenbauer, Breitner; Roth,
Zobel, Dürnberger; Hoeness, Hadewicz e Gerd Müller. Téc. Udo Lattek
Borussia: Kleff; Vogts, Sieloff, Wimmer; Köppel, Kulik, Danner, Bonhof;
Rupp, Jensen e Jupp Heynckes. Téc. Hennes Weisweiler
Final da UEFA
Champions League 1974: Bayern 4x0 Atlético de Madrid
Estádio Heysel,
Bruxelas
Árbitro: Alfred
Delcourt
Público 23.325
Gols: ’28 e ’82
Hoeness, 56 e 69 Müller (Bayern)
Bayern: Maier; Hansen, Schwarzenbeck, Beckenbauer, Breitner; Roth,
Zobel, Kapellmann; Hoeness, Torstensson e Müller. Téc.
Udo Latek
Atlético: Reina;
Delgado Melo, Adelardo Rodríguez (Benegas), Heredia, Capón; Luis Aragonés,
Eusebio, Salcedo; Gárate, Fernández (Ufarte) e Becerra. Téc. Juan Carlos
Lorenzo
Final da UEFA Champions League 1975: Bayern 2x0 Leeds United
Estádio Parc des
Princes, Paris
Público 48.374
Gols: ’72 Roth e ’78 Müller (Bayern)
Bayern: Maier; Andersson (Weiss), Schwarzenbeck, Beckenbauer, Kapellmann;
Roth, Zobel, Dürnberger; Hoeness (Wunder), Torstensson e Gerd Müller. Téc.
Dettmar Cramer
Leeds: David Stewart; Reaney, Hunter, Frank Gray, Paul Madeley; Yorath (Eddie Gray), Giles, Bremner; Lorimer,
Jordan e Clarke. Téc. Jimmy Armfield
Final da UEFA Champions League 1976: Bayern 1x0 Saint-Etiénne
Estádio Hampden Park, Glasgow
Público 54.864
Gol: ’57 Roth (Bayern)
Bayern: Maier; Hansen, Schwarzenbeck, Beckenbauer, Horsmann; Roth,
Kapellmann, Dürnberger; Rummenigge, Hoeness e Gerd Müller. Téc. Dettmar Cramer
St. Etiénne: Curkovic; Repellini, Osvaldo Piazza, Christian López,
Gérard Janvion; Santini, Larqué, Bathernay; Sarramagna (Rocheteau), Patrick
Revelli e Hervé Revelli. Téc. Robert Herbin
Final do Mundial
Interclubes 1976: Bayern 2x0 Cruzeiro
Estádio
Olímpico, Munique
Árbitro: Luis
Pestarino
Público 22.000
Gols: ’80 Müller e ’82 Kapellmann (Bayern)
Bayern: Maier; Andersson, Schwarzenbeck, Beckenbauer, Horsmann;
Dürnberger, Kapellmann, Hoeness; Rummenigge, Torstensson e Gerd Müller. Téc.
Dettmar Cramer
Cruzeiro: Raul;
Nelinho, Moraes, Ozires, Vanderlei; Piazza, Zé Carlos, Eduardo; Palinha,
Joãozinho (Dirceu Lopes) e Jairzinho. Téc. Zezé Moreira
O poderoso e talentoso bayern campeao de tudo nos anos 70 e que serviu junto com o borussia moncheng.de base da alemanha no periodo.na euro 72 eram 06 jogadores bavaros titulares e na copa 74 eram os mesmos 06 com o acrescimo de jupp kapelmann que foi banco.
ResponderExcluir