Times de que Gostamos: Sampdoria 1990-1991
Após rememorar o
ótimo Lyon, que iniciou a trajetória do heptacampeonato francês na temporada 2001/2002, trago hoje outra grande equipe, a campeã italiana da temporada
1990-1991 Sampdoria.
Em pé: Invernizzi, Toninho Cerezo, Pagliuca, Pellegrini, Lanna, Bonetti Agachados: Mannini, Roberto Mancini, Dossena, Vialli, Pari |
Time: Sampdoria.
Período:
1990-1991.
Time base:
Pagliuca; Mannini, Lanna (Pellegrini), Vierchowod, Bonetti; Toninho Cerezo (Katanec),
Pari, Dossena, Lombardo; Roberto Mancini e Gianluca Vialli. Téc. Vujadin Boskov
Jogadores
vencedores e experientes, uma verdadeira parede debaixo dos postes e uma dupla
de ataque infernal – indubitavelmente uma das melhores de toda a história do
futebol italiano, principalmente considerando as duplas formadas por jogadores
italianos: eis o que compunha a grande equipe da Sampdoria do início dos anos 90.
Após alguns anos de sucessivos sucessos, veio a glória que faltava à equipe: o Campeonato Italiano. Gênova festejou como nunca seu primeiro título nacional desde a longínqua temporada 1923-1924, quando o Genoa conquistou o torneio e, mais que isso, a torcida da Samp pôde gritar “é campeão” pela primeira e única vez em sua história.
Após alguns anos de sucessivos sucessos, veio a glória que faltava à equipe: o Campeonato Italiano. Gênova festejou como nunca seu primeiro título nacional desde a longínqua temporada 1923-1924, quando o Genoa conquistou o torneio e, mais que isso, a torcida da Samp pôde gritar “é campeão” pela primeira e única vez em sua história.
Guardando a meta
da Sampdoria estava o histórico goleiro Gianluca Pagliuca, que todo brasileiro nascido, no mínimo, em meados dos anos 80 se lembrará pelo beijo dado na trave, na final
da Copa do Mundo de 1994. Pela Seleção Italiana, foi o titular em 1994 e em 1998, mas sofreu posteriormente com a concorrência de Francesco Toldo, Angelo Peruzzi
e Gianluigi Buffon. Já na Sampdoria, foi a grande referência entre 1987-1994 tendo
sido vendido pela verba recorde (à época) de £7 milhões. Seus fortes eram a
agilidade e a qualidade na defesa de pênaltis.
Pelas laterais, atuavam dois jogadores de características e carreiras distintas. Enquanto na lateral
direita, por onde jogava Moreno Mannini o jogo era mais conservador, com o atleta desempenhando papel mormente defensivo, na esquerda, defendida por Ivano Bonetti, o
clube explorava o ataque. Meia-esquerda de origem, o jogador era ótimo passador.
Mannini jogou pela Samp entre 1984-1999; por outro lado, Bonetti atuou por uma infinidade de
clubes e, na equipe genovesa, jogou entre 1990-1993.
A dupla de zaga
era formada por Marco Lanna e Pietro Vierchowod, este um dos maiores defensores italianos de
todos os tempos - valendo ressaltar que a defesa sempre foi o ponto mais forte
das seleções italianas. Vários jogadores de impacto histórico já o definiram
como um defensor sobrenatural, dentre eles Diego Armando Maradona e Gary Lineker. O zagueirão
defendeu a Sampdoria entre 1983-1995. Por sua vez, Lanna não tinha os mesmos atributos
técnicos de Vierchowod, mas era muito eficiente, destacando-se por ser um
zagueiro veloz.
Fausto Pari e Toninho
Cerezo eram os motores da equipe. O primeiro tinha capacidades de cobertura e
posicionamento excepcionais, que o tornavam um grande marcador. Já o
brasileiro, que dispensa maiores apresentações, era quem iniciava as ações
ofensivas da Sampdoria. Com excelente qualidade nos desarmes, passadas largas, ótimos
lançamentos e um grandessíssimo pulmão, Cerezo foi ídolo na Itália.
Mais avançados, Giuseppe Dossena e Attilio Lombardo compunham o meio-campo ofensivo e o setor de criação. O primeiro tinha mais
características de um meio-campista central, um armador, um organizador; já o carequinha Lombardo era quase um
terceiro atacante, rápido, habilidoso e autor de muitos gols, ele compunha com
muita eficiência o ataque da Samp.
Responsáveis
por marcar os gols, Gianluca Vialli e Roberto Mancini, compunham uma dupla formidável.
Conhecida como os “Gêmeos do Gol”, a dupla marcou história. Vialli foi o grande
artilheiro do clube na temporada, com 23 gols. Não obstante, Mancini é considerado, por muitos torcedores, o jogador mais
importante da história da Sampdoria. Há quem se refira ao clube de Gênova como
um composto de dois períodos, antes de Mancini e depois de Mancini.
Inteligente, habilidosíssimo e dono de bom faro de gol, Roberto foi um jogador
excelente.
Além dos 11
titulares, alguns reservas foram muito importantes para o sucesso dessa
histórica temporada, dentre eles destaco o zagueiro Luca Pellegrini, os
meio-campistas Giovanni Invernizzi, Srečko Katanec (jogador de grande versatilidade e que podia também atuar em quase todas as posições do setor defensivo) e Oleksiy Mikhailichenko e o atacante Marco Branca. O treinador era
Vujadin Boskov, ex- ponta direita da própria Sampdoria.
Ficha Técnica de alguns jogos importantes nesse período:
24ª rodada do Campeonato Italiano: Sampdoria 2 x 0 Milan
Árbitro: Pietro D’Elia
Público 38.400
Gols: ’52 Vialli e ’70 Mancini
(Sampdoria)
Sampdoria: Pagliuca; Mannini,
Lanna, Vierchowod, Katanec ; Pari, Invernizzi, Dossena, Lombardo; Roberto
Mancini e Vialli (Branca). Téc. Boskov
Milan: Pazzagli; Tassotti, Costacurta,
Baresi, Maldini; Rijkaard, Stroppa, Evani (Massaro), Donadoni (Simone); Ruud
Gullit e Marco Van Basten. Téc. Arrigo Sacchi
31ª rodada do Campeonato Italiani: Inter 0 x 2 Sampdoria
Árbitro: Pietro D’Elia
Público: 78.912
Gols: ’60 Dossena, ’76 Vialli
(Sampdoria)
Inter: Zenga; Paganin, Ferri, Bergomi,
Brehme; Lothar Matthaus, Stringara (Pizzi), Berti, Bianchi; Aldo Serena e
Klinsmann. Téc. Giovanni Trapattoni
Sampdoria: Pagliuca; Mannini,
Pellegrini, Vierchowod, Invernizzi; Pari, Toninho Cerezo, Dossena (Bonetti),
Lombardo; Roberto Mancini e Vialli (Lanna). Téc. Boskov
33ª rodada do Campeonato Italiano: Sampdoria 3 x 0 Lecce
Árbitro: Tullio Lanese
Público 48.487
Gols: ‘2 Toninho Cerezo, ’13 Mannini,
’30 Vialli (Sampdoria)
Sampdoria: Pagliuca; Mannini,
Pellegrini, Vierchowod, Katanec (Invernizzi); Pari, Toninho Cerezo (Mikhailichenko),
Dossena, Lombardo; Marco Branca e Vialli. Téc. Boskov
Lecce: Zunico; Garzya (Panero),
Amodio, Carannante, Ferri; Mazinho, Aleinikov (Morello), Antonio Conte, Benedetti,
Moriero; Pasculli. Téc. Boniek
muito bom
ResponderExcluirBaresi e Maldini, que dupla antológica.
ResponderExcluirExcelente artigo. Parabéns
ResponderExcluirFeliz de encontrar este endereço. Obrigada pelas ótimas informacoes
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