Times de que Gostamos: Vélez Sarsfield 1994
Após lembrar o excelente time do Borussia Mönchengladbach, de meados da década de 70, período em que os Fohlen comandaram o futebol na Alemanha, trato do bom time do Vélez Sarsfield de 1994, que, treinado por Carlos Bianchi, conquistou a única Copa Libertadores da América de sua história.
Em pé: Trotta, Gómez, Sotomayor, Chilavert, Zandoná, Basualdo. Agachados: Bassedas, Flores, Asad, Pompei, Cardozo. |
Time: Vélez Sarsfield
Período: 1994
Time Base: Chilavert; Zandoná (Almandoz), Trotta, Sotomayor (Pellegrino), Cardozo; Gomez, Basualdo, Bassedas, Pompei ; Turu Flores e Asad. Téc.: Carlos Bianchi
Conquistas: Copa Libertadores da América e Intercontinental
Indiscutivelmente identificado e
lembrado com carinho no Boca Juniors, o treinador Carlos Bianchi fez boa parte
de sua interessante carreira como jogador no Vélez Sarsfield. Apesar disso, foi
como comandante de El Fortín que El Virrey conquistou sua maior glória
pelo clube.
Mostrando as características que
o consagrariam como um dos maiores treinadores argentinos de todos os tempos,
Bianchi montou um time extremamente organizado taticamente e capaz de mostrar
diferentes estilos, jogando tanto tecnicamente quanto com a raça habitual dos Hermanos. Dessa forma, conseguiu avançar
no Grupo 2, que continha Cruzeiro, Palmeiras e Boca Juniors, e seguir até a
conquista do título da Copa Libertadores da América de 1994.
Durante o ano de 1994, o Vélez bateu grandes
equipes como um Cruzeiro que tinha nomes como Dida e Ronaldo, o Junior de
Barranquilla de Carlos Valderrama, o grande São Paulo de Telê Santana e um
excepcional Milan, no Intercontinental, ao final do ano. Com uma equipe que
mesclou a experiência de jogadores como José Luis Chilavert e José Basualdo com
a juventude de Turu Flores e Christian Bassedas, o clube argentino conquistou
seu único título da América, com bom futebol e uma pitada de sorte em disputas
de pênaltis.
Defendendo a meta argentina,
estava um dos melhores goleiros da década de 90, o polêmico paraguaio
Chilavert. Em todos os aspectos o arqueiro era incomum. Robusto, desbocado,
cobrador de faltas e pênaltis (foi durante muitos anos o goleiro com maior
número de gols da história, ultrapassado recentemente por Rogério Ceni), era
chamado de Buldogue e em alguma parte
de sua carreira inclusive estampou o cão em suas camisas.
Embora seja lembrado por algumas confusões, que envolvem brigas com Faustino Asprilla e Diego Armando Maradona, Chilavert era um goleiro extremamente seguro e capaz das mais impensáveis defesas. Além disso, sempre se mostrou um líder. No Vélez foi ídolo, defendendo a equipe entre 1991 e 2001 e marcando 48 gols.
Embora seja lembrado por algumas confusões, que envolvem brigas com Faustino Asprilla e Diego Armando Maradona, Chilavert era um goleiro extremamente seguro e capaz das mais impensáveis defesas. Além disso, sempre se mostrou um líder. No Vélez foi ídolo, defendendo a equipe entre 1991 e 2001 e marcando 48 gols.
As laterais da equipe eram
compostas por Flávio Zandoná e Raul Cardozo, ambos mais conhecidos pela
capacidade de marcação do que propriamente pelo apoio ao ataque. O primeiro, que atuava pela direita, é
lembrado pelo público brasileiro por ter agredido o então flamenguista Edmundo,
no ano de 1995.
Zandoná não era titular absoluto
e disputava a posição com Héctor Almandoz, cujas características eram
semelhantes, sendo ambos marcados pela raça e uma certa catimba. Cardozo, por
outro lado, jogador que atuou entre 1986 e 1999 no Vélez, possuía mais recursos
técnicos, mas também tinha como ponto mais forte sua qualidade defensiva.
O miolo de zaga da equipe, um de seus
setores mais fortes, era composto pelos fortes e vigorosos Roberto Trotta
(foto), capitão do time, e Víctor Hugo Sotomayor. Altos para a época, viris e
fortes fisicamente, eram suscetíveis ao recebimento de muitos cartões, mas intimidavam,
como poucos, os atacantes rivais. Durante sua carreira, Trotta ficou famoso
pelo recorde de 17 cartões vermelhos no Campeonato Argentino, mas também é
lembrado por sua liderança e por inaugurar o marcador no Intercontinental,
contra o Milan.
Como um primeiro volante, logo à
frente da defesa, o Vélez contou com a proteção de Marcelo El Negro Gómez, revelado no próprio clube e que representou cores de El Fortín durante sete anos.
Outro jogador de forte poder de marcação, aos 24 anos, tinha muita vitalidade e
poder de marcação, mas cometia muitas faltas.
Em uma segunda linha de
meio-campistas, ajudando tanto o setor defensivo quanto o ofensivo, José
Basualdo (foto) era o jogador mais técnico da equipe. Experiente, o jogador já havia
ultrapassado a casa dos 30 anos, disputado torneios com a Seleção Argentina e
atuado no exterior (onde representou o Stuttgart) quando ajudou o Vélez a
conquistar a Libertadores. Sua capacidade de ligar defesa e ataque, com um bom
passe e visão de jogo o tornavam a grande referência do meio argentino. Antes do término da Copa Libertadores, Basualdo foi à Copa do Mundo dos Estados Unidos.
Auxiliando-o, havia a presença de
Christian Bassedas, à época um jovem de 21 anos. Talentoso com a bola no pé,
dono de bom passe e muita noção tática, podia atuar em qualquer posição do
meio-campo e até mesmo como líbero. Cria da casa, atuou 10 anos no Vélez e
depois seguiu para o Newcastle United, tendo atuando, ainda, pela Albiceleste.
Como a figura mais avançada de um
meio-campo raçudo e pegador, o Vélez tinha Roberto “Tito” Pompei, outro jogador revelado nas categorias de base do
próprio time. É lembrado por sua função como enganche e por ter convertido o último pênalti do título da Copa
Libertadores, contra o São Paulo, em pleno Morumbi. Como era muito bem
protegido por seus companheiros de meio-campo, Pompei tinha liberdade para se
deslocar por toda a faixa ofensiva do meio-campo, auxiliando os atacantes e
complicando a vida das defesas adversárias.
O ataque da equipe do bairro de
Liniers era formado por uma dupla jovem, formada por José Óscar “Turu” Flores (foto) e Omar “El Turco” Asad. Outros dois pratas da casa, os atacantes formavam
uma dupla muito completa e eficiente. Flores é lembrado por sua habilidade e
por um movimento característico (uma espécie de “quebra” da cintura) com as
pernas que desmontava marcações inteiras e desestabilizava rivais. Em 181 jogos
pelo clube, marcou 56 vezes. Posteriormente, mudou-se para o futebol espanhol,
onde defendeu Las Palmas, Deportivo La Coruña, Real Valladolid, Mallorca e Murcia.
Asad, por outro lado, era famoso
por seu faro de gol apuradíssimo. Vice-artilheiro da Copa Libertadores de 1994,
foi eleito o melhor jogador da final do Intercontinental do mesmo ano, marcando
o tento do título argentino. Apelidado em função de suas origens, o jogador era
forte e letal na área adversária. “El
Turco” atuou durante toda a sua breve carreira no Vélez, encerrando-a em
2000, em função de problemas de lesões. Em 145 jogos, marcou 31 gols, o que
parece pouco, mas é compreensível em função da quantidade e gravidade dos
problemas com os quais conviveu.
Como dito no princípio, a equipe
argentina tinha o grande Carlos Bianchi na chefia. Não obstante, à época, o
comandante era apenas um promissor treinador, que ainda não possuía grandes glórias.
Com um estilo de garra, técnica e catimba, que consagrou sua carreira, o Virrey fez seu primeiro grande trabalho,
aumentando ainda mais a idolatria que o clube já possuía em si. Além dele, o
banco de reservas contava com jogadores úteis como o zagueiro Maurício
Pellegrino, que mais tarde faria história com a camisa do Valencia, e os
meio-campistas Claudio Husain e Patricio Camps.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse período:
Grupo 2 da Copa Libertadores: Vélez Sarsfield 2x0 Cruzeiro
Árbitro: Eduardo Dluzniewski
Gols: ’14 Trotta e ’29 Asad (Vélez)
Vélez: Chilavert; Almandoz, Trotta,
Sotomayor, Cardozo; Gómez, Basualdo, Bassedas, Camps; Tutu Flores (Pompei) e
Asad (Husaín) Téc.: Carlos Bianchi
Cruzeiro: Dida; Paulo Roberto, Luizinho,
Célio Lúcio, Nonato; Ademir (Catê), Cleisson (Toninho Cerezo), Douglas, Luís
Fernando, Roberto Gaúcho; e Ronaldo. Téc.: Ênio Andrade
Semifinal da Copa Libertadores: Vélez Sarsfield 2(5)x1(4) Atlético
Junior
Estádio El Fortín, Buenos Aires
Árbitro: Iván Guerrero
Gols: ‘4 Bassedas e ’12 Turu Flores (Vélez); ’18 Valenciano
(Atlético)/ Trotta, Chilavert, Zandoná, Pompei e Basualdo converteram seus
pênaltis; Turu Flores perdeu (Vélez); Valenciano, Mendoza, Carlos Valderrama,
MacKenzie converteram seus pênaltis; Méndez e Ronald Valderrama desperdiçaram
(Atlético)
Vélez: Chilavert; Zandoná, Trotta, Sotomayor, Cardozo; Gómez,
Basualdo, Bassedas, Pompei; Turu Flores e Asad (Fernández). Téc.: Carlos
Bianchi
Atlético Junior: Paso; Méndez,
Mendoza, Cassiani, Briasco (R. Valderrama), Grau; Galeano, C. Valderrama, Víctor
Pacheco; Valenciano e Araújo (MacKenzie). Téc.: Julio Comesaña
Final da Copa Libertadores: São Paulo 1(3)x0(5) Vélez Sarsfield
Estádio Morumbi, São Paulo
Árbitro: Ernesto Filippi
Gol: ’33 Müller (São Paulo)/ André Luiz, Müller, Euller converteram
seus pênaltis; Palinha perdeu (São Paulo); Trotta, Chilavert, Zandoná, Almandoz,
Pompei converteram seus pênaltis (Vélez)
São Paulo: Zetti, Vítor (Juninho Paulista), Gilmar, Júnior Baiano,
André Luiz; Válber, Axel, Cafu, Palinha; Müller e Euller. Téc.: Telê Santana
Vélez: Chilavert; Zandoná, Trotta, Pellegrino, Cardozo; Almandoz, Gómez, Basualdo (Pompei), Bassedas; Turu Flores (Husaín), Asad. Téc.: Carlos Bianchi
Vélez: Chilavert; Zandoná, Trotta, Pellegrino, Cardozo; Almandoz, Gómez, Basualdo (Pompei), Bassedas; Turu Flores (Husaín), Asad. Téc.: Carlos Bianchi
Final do Intercontinental: Vélez Sarsfield 2x0 Milan
Árbitro: José Torres Cadena
Público 47.886
Gols: ’50 Trotta e ’57 Asad (Vélez)
Vélez: Chilavert; Almandoz, Trotta, Sotomayor, Cardozo; Gómez,
Basualdo, Bassedas, Pompei; Turu Flores, Asad. Carlos Bianchi
Milan: Rossi; Tassotti, Baresi, Costacurta, Maldini; Desailly, Donadoni, Albertini, Boban (Simone), Savicevic (Panucci); Massaro. Téc.: Fabio Capello
Milan: Rossi; Tassotti, Baresi, Costacurta, Maldini; Desailly, Donadoni, Albertini, Boban (Simone), Savicevic (Panucci); Massaro. Téc.: Fabio Capello
Nunca me esqueci desse velez primeiro por causa da camisa com um v enorme na frente segundo por que bateu(batia mesmo esse time)nos brasileiros impedindo o tri do sao paulo.no mundial eu acho ate hoje que o milan depois de moer o dream team do barcelona subestimou o velez e pagou caro.carlos el mago bianchi comecava ali a destruir times do brasil empilhar libertas e mundiais e fazer do morumbi recreio dos argentinos.
ResponderExcluirO velez era muito competente e teve também o que as pessoas haviam de sorte
ResponderExcluir