Times de que Gostamos: Wolfsburg 2008-2009
Depois de um tempo parada, a
coluna “Times de que Gostamos” volta com tudo nesta semana, tratando do surpreendente
time do Wolfsburg, da temporada 2008-2009, que contou com os artilheiros Grafite e Edin Dzeko e foi campeão alemão.
Time: Wolfsburg
Período: 2008-2009
Time base: Benaglio; Riether, Barzagli, Simunek (Ricardo Costa/Madlung),
Schäfer; Josué, Hasebe (Pekarik), Gentner, Misimovic; Grafite e Dzeko. Téc.:
Felix Magath
Título: Campeonato Alemão
Então virgem de títulos
nacionais, o Wolfsburg, clube administrado pela Volkswagen, conquistou, na
temporada 2008-2009, a Bundesliga. Com um ataque avassalador (o melhor do
torneio, com 80 gols, 54 deles marcados pela grande dupla formada por Grafite e
Edin Dzeko) e uma defesa equilibrada (a terceira melhor, com 41 gols sofridos),
o Wolfsburg fez partidas avassaladoras e, com totais méritos, levantou a Salva
de Prata.
Apesar de todos estes predicados, o título não foi conquistado com facilidade, tendo sido disputado até a última rodada, ponto a ponto, com o Bayern de Munique. Após um início titubeante, os Lobos emplacaram e, entre as rodadas 19 e 28, conquistaram 10 vitórias seguidas, incluindo um sonoro e inesquecível 5 a 1 contra o Bayern de Munique, ocasião em que Grafite marcou, após jogada individual incrível, de calcanhar.
Apesar de todos estes predicados, o título não foi conquistado com facilidade, tendo sido disputado até a última rodada, ponto a ponto, com o Bayern de Munique. Após um início titubeante, os Lobos emplacaram e, entre as rodadas 19 e 28, conquistaram 10 vitórias seguidas, incluindo um sonoro e inesquecível 5 a 1 contra o Bayern de Munique, ocasião em que Grafite marcou, após jogada individual incrível, de calcanhar.
Arqueiro seguro, o suíço Diego
Benaglio garantiu onze clean sheets
em favor do time no campeonato. Tendo jogado 31 das 34 partidas da Bundesliga,
firmou-se como um dos pilares do time, uma das referências dos Lobos. Boa
saída do gol, recuperação e reflexos muito apurados fizeram do goleiro um
verdadeiro paredão.
No miolo de zaga, o torcedor viu algumas formações diferentes, todas seguras. Entretanto, um jogador foi sempre certeza. Andrea Barzagli, atualmente na Juventus, jogou todos os jogos do Wolfsburg na temporada. À época um zagueiro rápido e dono de ótimo tempo de bola, foi a principal referência do setor. Seus parceiros variaram; Jan Simunek, Ricardo Costa e Alexander Madlung alternaram-se. Embora inferiores em qualidade técnica, em relação ao italiano, todos demonstravam muita consistência. Destaque para Ricardo e Madlung, que também foram importantes no ataque, marcando três gols cada.
No miolo de zaga, o torcedor viu algumas formações diferentes, todas seguras. Entretanto, um jogador foi sempre certeza. Andrea Barzagli, atualmente na Juventus, jogou todos os jogos do Wolfsburg na temporada. À época um zagueiro rápido e dono de ótimo tempo de bola, foi a principal referência do setor. Seus parceiros variaram; Jan Simunek, Ricardo Costa e Alexander Madlung alternaram-se. Embora inferiores em qualidade técnica, em relação ao italiano, todos demonstravam muita consistência. Destaque para Ricardo e Madlung, que também foram importantes no ataque, marcando três gols cada.
As laterais alviverdes tiveram duas opções de estilo de jogo extremamente seguro. Do lado direito, Sascha Riether era um jogador de qualidade técnica razoável, sem nenhuma deficiência acentuada. Apesar de, normalmente, ficar mais restrito às obrigações defensivas (podendo atuar como volante), também atacava com qualidade, tendo marcado dois gols na temporada.
Do outro lado, Marcel Schäfer foi
sinônimo de regularidade e eficiência. Tendo atuado em todos os jogos do
Campeonato Alemão, foi responsável por importantes oito assistências. O
reconhecimento pelo bom trabalho de Riether e Schäfer veio com convocações para
a Seleção Alemã. Contratado na janela de inverno, Peter Pekarík foi opção muito
utilizada no lado direito, transferindo Riether para o meio-campo em algumas ocasiões
Na contenção, contestado pelo torcedor brasileiro — que o achava limitado para defender a Seleção Brasileira —, Josué era unanimidade nos Lobos. Tratava-se do o capitão do time. Trabalhando incansavelmente, foi o cão de guarda da defesa e peça vital para a construção inicial dos ataques da equipe.
Em uma linha um pouco mais
adiantada, o japonês Makoto Hasebe fez parceria sólida e criativa
com o alemão Christian Gentner. Jogadores taticamente disciplinados, desempenhavam muitas
funções na equipe. Sem a bola, ajudavam na recomposição defensiva — sobretudo Hasebe. Com a bola, eram importantes nas transições e levavam a equipe à frente, conduzindo a bola entre os
setores defensivo e ofensivo. Não por acaso, Gentner teve números excelentes,
tendo marcado quatro gols e provido impressionantes 10 assistências.
Armando o time e com excelente
chegada ao ataque, o bósnio Zvjezdan Misimovic era o jogador mais técnico e habilidoso
da equipe. Sua facilidade para invadir a área adversária, assistir seus
companheiros e finalizar, tanto com a bola parada quanto com a pelota rolando,
tanto de perna direita (sua preferida) quanto com a perna esquerda, o tornaram
uma arma extremamente imprevisível e letal. Na temporada 2008-2009, conferiu
sete tentos e 20 (!) assistências.
No comando do ataque, os Lobos
tinham uma dupla de eficiência raras vezes vista. Dificilmente, no início da
temporada, alguém poderia prever o nefasto efeito que Grafite e Edin Dzeko trariam para as defesas adversárias. Centroavantes, brasileiro e bósnio nadaram
contra a corrente em um futebol em que cada vez menos se veem jogadores de
área. Todavia, seu encaixe foi quase perfeito. Se Dzeko representou a técnica,
Grafite era a velocidade e o faro de gol apurados. Em um aspecto, ambos eram
igualmente bons: o oportunismo. Ao final da temporada, o brasileiro foi o artilheiro
do Campeonato, com 28 gols em 25 jogos (!), e o bósnio o vice, com 26
tentos.
A coesão da equipe, baseada em um esquema tático 4-1-3-2, se deu em função do ótimo trabalho desempenhado pelo experiente treinador
Felix Magath — com vitoriosa passagem pelo Bayern de Munique e, como jogador,
pela Seleção Alemã e o Hamburgo. Líder genioso e de escolhas, por
vezes, esdruxulas, acertou a mão durante a temporada 2008-2009. Foi perfeito no comando do
Wolfsburg, levando-o ao inédito, e até hoje único, título nacional da equipe. Além dos
titulares, contou com algumas peças importantes durante a temporada, casos do polivalente defensor Cristian Zaccardo, do meia-atacante Ashkan Dejagah e do atacante nipônico
Yoshito Okubo.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse período:
14ª rodada do Campeonato Alemão:
Wolfsburg 4x1 Stuttgart
Volkswagen Arena, Wolfsburg
Público 26.897
Gols: ’51 e ’76 Grafite, ’79 e ’85 Dzeko (Wolfsburg); ’17 Lanig
(Stuttgart)
Wolfsburg: Benaglio; Riether
(Zaccardo), Ricardo Costa, Barzagli, Schäfer; Josué, Hasebe (Krzynowek),
Gentner, Misimovic; Grafite e Dzeko (Caiuby). Téc.: Felix Magath
Stuttgart: Lehmann; Boulahrouz, Tasci, Delpierre, Magnin; Lanig,
Hitzlsperger, Élson, Simak (Boka/Ljuboja); Cacau e Mario Gómez. Téc.: Armin Veh
24ª rodada do Campeonato Alemão: Wolfsburg 4x3 Schalke 04
Volkswagen Arena, Wolfsburg
Árbitro: Peter Sippel
Público 30.000
Gols: ’25, ’74 e ’84 Grafite e ’44 Dzeko (Wolfsburg); ‘9
Westermann, ’76 Jones e ’90 Kuranyi (Schalke 04)
Wolfsburg: Benaglio; Pekarik, Madlung, Simunek, Schäfer; Barzagli,
Josué, Gentner (Hasebe), Misimovic (Dejagah); Grafite (Okubo) e Dzeko. Téc.:
Felix Magath
Schalke 04: Schober;
Rafinha, Westermann (Latza), Krstajic, Höwedes, Kobiashvili (Pander); Jones,
Rakitic; Farfán, Sánchez (H. Altintop) e Kuranyi. Téc.: Fred Rutten
26ª rodada do Campeonato Alemão: Wolfsburg 5x1 Bayern de Munique
Volkswagen Arena, Wolfsburg
Público 30.000
Gols: ’44 Gentner, ’63 e ’66 Dzeko, ’74 e
’77 Grafite (Wolfsburg); ’45 Luca Toni (Bayern)
Wolfsburg: Benaglio (Lenz); Pekarik (Dejagah),
Barzagli, Simunek, Schäfer; Josué, Riether, Gentner, Misimovic; Grafite (Okubo)
e Dzeko. Téc.: Felix Magath
Bayern: Rensing; Lell, Breno, Lúcio (Ottl),
Lahm (Borowski); van Bommel, Zé Roberto, Schweinsteiger (Sosa), Ribery;
Podolski e Toni. Téc.: Jürgen Klinsmann
32ª rodada do Campeonato Alemão: Wolfsburg 3x0 Borussia Dortmund
Volkswagen Arena, Wolsfburg
Público 30.000
Gols: ’15 e ’85 Dzeko e ’47 Grafite (Wolfsburg)
Wolfsburg: Benaglio; Riether, Madlung, Barzagli, Schäfer; Josué,
Hasebe (Pekarik), Gentner, Misimovic (Schindzielorz); Grafite e Dzeko. Téc.:
Felix Magath
Borussia Dortmund:
Weidenfeller; Owomoyela, Felipe Santana, Subotic, Dedê; Kehl, Sahin, Hajnal
(Boateng), Blaszczykowski (Kringe); Nelson Valdez (Zidan) e A. Frei. Téc.:
Jürgen Klopp
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