Times de que Gostamos: Fiorentina 1995-1997
Depois de falar
do bom time do Real Betis da temporada 2004-2005, que tinha os brasileiros
Marcos Assunção, Edu, Denílson e Ricardo Oliveira no elenco, falo da Fiorentina
de meados da década de 90, que foi liderada pelos craques Rui Costa e Gabriel
Batistuta.
Em pé: Amoruso, Toldo, Carnasciali, Falcone, Firicano, Rui Costa. Agachados: Batistuta, Piacentini, Schwarz, Oliveira, Cois. |
Período: 1995-1997
Time base: Francesco Toldo; Carnasciali,
Amoruso, Padalino, Serena; Emiliano Bigica (Luis Oliveira), Piacentini,
Schwartz, Rui Costa; Francesco Baiano (Anselmo Robbiati), Batistuta. Téc. Claudio
Ranieri
Conquistas: Coppa Itália e Supercoppa
Itália.
Equipe que
contou com grandes craques em sua história, casos, por exemplo, do italiano
Roberto Baggio e do brasileiro Sócrates, a Fiorentina é uma equipe muito
tradicional na Itália. Entretanto, não conquistou muitos títulos em sua
história. Dois deles foram conquistados em meados da década de 90, troféus que
coroaram uma equipe que desempenhava um futebol muito bem jogado, seguro da
defesa, criativo no meio e letal na frente.
A equipe de
Florença, capital da bela região da Toscana, tinha coadjuvantes de enorme
qualidade. O goleiro Francesco Toldo – um dos grandes de sua geração – o zagueiro
Lorenzo Amoruso e o meio-campista sueco Stefan Schwarz, compunham como grande
eficiência a equipe, cujos craques eram o cerebral Rui Costa e o matador
argentino Gabriel Batistuta, que possuía um faro de gol poucas vezes visto.
Além dos títulos da Coppa Itália e da Supercoppa Itália, a Fiorentina também fez bela campanha na UEFA Winner's Cup da temporada 1996-1997, quando chegou às semifinais, mas foi eliminada pelo Barcelona de Luis Figo, Ronaldo e Stoichkov.
Guardando a meta
da Viola, como dito, atuava o excelente
arqueiro Francesco Toldo (foto). Apesar da grande qualidade que possuía, Toldo pode
ser considerado um atleta azarado. Concorrendo com goleiros da qualidade de Gianluca
Pagliuca, Angelo Peruzzi e Gianluigi Buffon, só conseguiu ser titular da
Seleção Italiana na Euro 2000, tendo sido reserva nos torneios de 1996 e 2004,
além das Copas do Mundo de 1998 e 2002. Cria do Milan, só ganhou espaço no
cenário nacional com a camisa da Fiorentina, onde pôde mostrar suas qualidades.
Rápido, dono de bons reflexos e perito na defesa de pênaltis, foi um dos
melhores goleiros italianos dos últimos tempos e, após 266
partidas pela equipe, é tido por muitos como o maior arqueiro da história do
clube.
Na zaga central, Lorenzo Amoruso (foto), que mais tarde ficaria marcado como um dos maiores ídolos da história do Rangers, fez ótima dupla com Pasquale Padalino. Conquanto não fosse uma defesa das mais altas (1,84m para Amoruso e 1,80 para Padalino), possuía as grandes qualidades típicas das zagas itálicas. Ótimo posicionamento, marcação apertadíssima e boa técnica nos desarmes marcaram a dupla florentina. Com o tempo, e com a falta de oportunidades na Seleção Italiana, Amoruso, que tinha personalidade fortíssima, chegou a criticar os treinadores da Squadra Azzurra, Giovanni Trapattoni, Cesare Maldini e Dino Zoff, alegando ter condições técnicas para defender a Itália.
Nas laterais atuaram dois jogadores mormente defensivos. Do lado direito, atuou Daniele Carnasciali, que também podia jogar na zaga central. Pela faixa canhota, jogou Michele Serena (foto), o qual também desempenhava a função de lateral direito e meio-campista defensivo. Apesar de terem atuado longo período em clubes de destaque, tiveram poucas chances na Seleção Italiana, tendo jogado, respectivamente, duas e uma partida. Carnasciali atuou na equipe entre 1992 e 1997, já Serena chegou em 1995, deixando-a em 1998, quando foi defender o Atlético de Madrid.
Na proteção da
defesa, destruição das jogadas adversárias e inicial construção do ataque da Viola, atuaram os italianos Emiliano
Bigica e Giovanni Piacentini, além do sueco Stefan Schwarz (foto). Todos tinham boa
qualidade de marcação, mas os dois primeiros eram notadamente mais afeitos ao
trabalho defensivo. O sueco, figura importante de sua seleção na década de 90,
era um desses jogadores que todo time precisa ter. Multifuncional, Schwarz
atacava e defendia com muita facilidade, sendo o principal responsável pelo
fomento à linha de frente da Viola.
Vindo do Arsenal, em 1995, ficou no clube até 1998, quando rumou para o
Valencia.
Com muita liberdade à frente
da primeira linha de meio-campistas, Rui Costa (foto) tinha nos pés uma batuta, com a
qual regia a equipe. Atuando como um autêntico Playmaker, Enganche ou Trequartista,
o talentoso camisa 10 português tinha enorme visão de jogo e grande habilidade.
Seus passes, lançamentos, cobranças de faltas e pênaltis o transformaram em um
dos grandes ídolos da história da equipe. Nos sete anos em que defendeu a Fiorentina,
disputou mais de 250 partidas e foi vendido ao Milan por impressionantes 28
milhões de libras.
No ataque, além de Francesco Baiano, bom atacante italiano, o torcedor florentino viu aquele que pode ser considerado um dos, senão o maior jogador da história do clube, o centroavante argentino Gabriel Batistuta (foto). O primeiro foi um atacante eficiente, que tanto marcava gols como assistia seus companheiros. Entre 1992 e 1997 foi um dos destaques do clube. Já Batistuta, um dos mais efetivos centroavantes da história do futebol mundial, chegou ao clube em 1991, permanecendo uma década no clube. Ao final de sua passagem, contabilizava mais de 250 partidas pelo clube, tendo se afirmado como o maior artilheiro da história da equipe, com 168 gols.
No banco de
reservas da equipe estava o principal responsável pela grande qualidade do
time, o treinador Claudio Ranieri (foto). Contratado quando a Viola amargava a segunda divisão, o treinador colocou a equipe em
seu devido lugar e extraiu o melhor de seus jogadores. Além dos onze titulares
habituais, havia ainda as presenças de jogadores importantes como o
meio-campista Sandro Cois, que chegou a disputar a Copa do Mundo de 1998, os
zagueiros Alberto Malusci e Giulio
Falcone e o atacante Anselmo Robbiati.
Outro atleta que
não pose ser olvidado é o brasileiro-belga Luís Oliveira, que chegou na temporada 1996-1997 e foi figura
importante no futuro da Fiorentina. Atacante de velocidade, formou boa dupla de
ataque com Batigol.
Ficha técnica de alguns jogos importantes
nesse período:
Semifinal da Coppa Itália 1995-1996: Inter
0x1 Fiorentina
Estádio Giuseppe Meazza, Milão
Gol: ’78 Batistuta (Fiorentina)
Inter: Pagliuca; Festa, Fresi, Paganin,
Centofanti; Dell’Anno (Fontolan), Ince, Bianchi (Orlandini), Carbone; Branca,
Ganz. Téc Roy Hodgson
Fiorentina: Toldo; Carnasciali, Malusci,
Amoruso, Serena; Bigica, Cois (Sottil), Schwarz, Rui Costa; Francesco Baiano,
Batistuta. Téc. Claudio Ranieri
Final da Coppa Itália 1995-1996: Atalanta
0x2 Fiorentina
Árbitro: P. Pairetto
Gols: ’48 Amoruso, ’61 Batistuta (Fiorentina)
Atalanta: Ferron; Paolo Montero, Paganin
(Rotella), Valentini, Pavone (Temelin); Fortunato, Bonacina, Gallo (Salvatori),
José Herrera; Morfeo, Tovalieri. Téc. E. Mondonico
Fiorentina: Toldo (Mareggini); Carnasciali,
Malusci, Amoruso, Padalino; Bigica, Piacentini, Cois, Rui Costa; Flachi
(Robbiati) (Orlando), Batistuta. Téc. Claudio Ranieri
Final da Supercoppa Itália: Milan 1x2
Fiorentina
Estádio San Siro, Milão
Público 29.582
Gols: ’12 e ’83 Batistuta (Fiorentina); ’22
Savicevic (Milan)
Milan: Rossi; Reiziger, Costacurta, Baresi,
Maldini; Desailly, Albertini (Eranio), Boban, Savicevic (Davids); M. Simone, G.
Weah. Téc. Óscar Tabárez
Fiorentina: Toldo; Carnasciali, Amoruso,
Falcone, Firicano; Piacentini, Cois (Pusceddu), Schwarz, Rui Costa (Robbiati);
Luis Oliveira (Bigica), Batistuta. Téc. Claudio Ranieri
Semifinal da UEFA Winner’s Cup 1996-1997:
Barcelona 1x1 Fiorentina
Estádio Camp Nou, Barcelona
Árbitro: Bernd Heynemann
Público 105.000
Gols: ’42 Nadal (Barcelona); ’62 Batistuta
(Fiorentina)
Barcelona: Vítor Baía; Ferrer, Popescu,
Fernando Couto, Nadal; Amor, Roger, Luís Figo, Giovanni; Ronaldo e Stoichkov
(Juan Pizzi). Téc. Bobby Robson
Fiorentina: Toldo; Serena, Amoruso,
Falcone, Pusceddu; Padalino, Cois, Rui Costa; Luis Oliveira, G. Batistuta,
Robbiati. Téc. Claudio Ranieri
A mídia esportiva quantifica a grandeza de um jogador pelo fato de ter ganho ou não uma copa do mundo. Tivesse Batistuta ganhado uma copa, estaria laureado entre os maiores atacantes da história do futebol...
ResponderExcluirSou torcedor da fiorentina desde 94 por causa de batistuta quem nao o viu jogando em alto nivel la durante 09 anos eu posso falar ele era junto com romario e ronaldo os tres atacantes mais temidos do mundo pois batigol ganhava jogos sozinhos tambem.obrigado bati e viva a minha viola.
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