Times de que Gostamos: Barcelona 2010-2011
Depois de
lembrar do grande Everton da temporada 1984-1985, que contou com grandes
jogadores como o goleiro Southall e o atacante Andy Gray, trato do fantástico
Barcelona da temporada 2010-2011, o time que praticou com a máxima eficiência
as ideias do treinador Guardiola.
Em pé: Messi, Abidal, Pedro, Busquets, Piqué e Valdés. Agachados: Daniel Alves, Iniesta, Villa, Xavi e Puyol. |
Time: Barcelona
Período:
2010-2011
Time base: Valdés;
Daniel Alves, Puyol, Piqué, Abidal; Busquets, Xavi, Iniesta; Pedro, Messi e
Villa. Téc. Pep Guardiola.
Conquistas:
Campeonato Espanhol, Supercopa da Espanha e UEFA Champions League.
Um time
revolucionário. Como a Hungria de Gustzáv Sebes e a Holanda de Rinus Michels, o
time do Barcelona da temporada 2010-2011 queria jogar o Futebol Total (Totaalvoetbal). Domínio do jogo, posse
de bola, precisão dos passes, movimentação e inversões de posições
caracterizaram estas equipes e Pep Guardiola, que foi pupilo de Johan Cruyff,
que foi pupilo de Michels, queria isso para seu time.
O antigo camisa
4 do clube catalão retornou à equipe, na condição de treinador do time principal
(antes havia treinado o Barcelona B), em 2008 e de cara abriu mão de duas de
suas maiores estrelas. Ronaldinho Gaúcho e Deco viram a porta dos fundos se
abrir e deixaram o clube. Samuel Eto’o, outro que fora inicialmente preterido,
permaneceu por mais uma temporada. Aquele time, que tinha ainda o craque
francês Thierry Henry, era fantástico e conquistou tudo o que era possível, mas
não tinha a cara de Guardiola. O mesmo pode ser dito da temporada sequente,
quando o sueco Zlatan Ibrahimovic chegou em negociação que envolveu a ida de
Eto’o para a Inter de Milão.
Foi em 2010-2011,
com a chegada de David Villa, que o clube alcançou o ponto ideal para o
treinador. Renascia ali o “falso 9”, algo que os húngaros já utilizavam em 1954,
por intermédio de Nándor Hidegkuti, e os holandeses de 1974 também, com Cruyff.
Messi, o escolhido, começara a jogar na posição que consagraria. O que o argentino, Xavi e
Iniesta jogaram nesta temporada foi algo inimaginável. O Barça foi total e para a
temporada também ser faltou, apenas, o título da Copa do Rei.
Independentemente disso, este time será sempre lembrado pela revolução que provocou.
No gol havia a presença do goleiro Victor Valdés. Contestado por grande parte da crítica mundial, que entende que um time como o Barcelona merece um goleiro melhor, é cria do clube, tem identificação com o que o clube representa (até mesmo em termos políticos), é um bom goleiro e conseguiu se adaptar ao que Guardiola desejava. Valdés participava do jogo, recebendo muitas bolas recuadas e conseguindo trabalhar decentemente com os pés. Para muitos o ponto fraco do time, era importante para a composição da equipe e a aplicação do estilo de jogo desejado.
No gol havia a presença do goleiro Victor Valdés. Contestado por grande parte da crítica mundial, que entende que um time como o Barcelona merece um goleiro melhor, é cria do clube, tem identificação com o que o clube representa (até mesmo em termos políticos), é um bom goleiro e conseguiu se adaptar ao que Guardiola desejava. Valdés participava do jogo, recebendo muitas bolas recuadas e conseguindo trabalhar decentemente com os pés. Para muitos o ponto fraco do time, era importante para a composição da equipe e a aplicação do estilo de jogo desejado.
Os laterais do
time, Daniel Alves pela direita e Eric Abidal pela esquerda, tinham funções
diferentes no time. O brasileiro possuía enorme liberdade para avançar e quando o
fazia, Abidal, cujas funções eram mais restritas à defesa, recuava, formando
uma linha de três zagueiros com Carles Puyol e Gerard Piqué e mantendo, assim,
o balanço do setor. Dani foi também uma das principais válvulas de escape do
time, iniciando a construção ofensiva da equipe com frequência e eficiência.
A dupla de
zagueiros, formada por Puyol e Piqué, também se enquadrou no estilo de jogo do
time. Com boa capacidade técnica, os dois participavam muito do jogo e o time
não tinha qualquer receio de recuar a bola para os dois. O principal problema
do setor – que perdura até hoje – eram as bolas altas que sempre causavam
dificuldades.
Fazendo
importante papel à frente da defesa, outro canterano
foi muito importante para o balanço da equipe. Sergio Busquets, jogador muito
contestado, trouxe ao Barça uma boa combinação de imposição física, bom
posicionamento e qualidade de passe. Evidentemente, que estava longe de ter a
capacidade de gerir o jogo, mas foi muito importante para a formatação tática
do time. Logo à frente dele, havia as sublimes presenças de Xavi e Andrés Iniesta.
O primeiro era quem ditava o ritmo do time. Excepcional passador, dono de ampla visão de jogo e capacidade de fazer o time se movimentar, foi o motor do time. Já Iniesta, até guarda algumas semelhanças com Xavi, como o bom passe, mas seus trunfos são a habilidade ímpar e a intensa movimentação. Craque.
O primeiro era quem ditava o ritmo do time. Excepcional passador, dono de ampla visão de jogo e capacidade de fazer o time se movimentar, foi o motor do time. Já Iniesta, até guarda algumas semelhanças com Xavi, como o bom passe, mas seus trunfos são a habilidade ímpar e a intensa movimentação. Craque.
Contestado,
Pedro Rodríguez se firmou na equipe nesta temporada. Com habilidade
considerável, velocidade, faro de gol apurado e muita movimentação, foi peça
muito importante na criação do “falso 9”. Se Messi pôde ter liberdade para
circular por todo o ataque, muito se deveu a dedicação de Pedrito que não raro trocava de posição com o gênio argentino.
Outra surpresa foi a posição desempenhada por David Villa. Depois de ter Samuel Eto’o, Zlatan Ibrahimovic e Thierry Henry, esperava-se que Villa atuasse como centroavante. Contudo, o espanhol fixou-se no lado esquerdo do ataque, marcou muitos gols e contrariando aqueles que diziam que tinha problemas pessoais com Messi, fez excepcional dupla com Lionel.
Outra surpresa foi a posição desempenhada por David Villa. Depois de ter Samuel Eto’o, Zlatan Ibrahimovic e Thierry Henry, esperava-se que Villa atuasse como centroavante. Contudo, o espanhol fixou-se no lado esquerdo do ataque, marcou muitos gols e contrariando aqueles que diziam que tinha problemas pessoais com Messi, fez excepcional dupla com Lionel.
E havia Messi.
Driblador e decisivo. Solidário e individualista. Sobretudo letal. Na
temporada, o argentino marcou 57 gols e proveu 34 assistências. 12 destes
tentos na UEFA Champions League. No time que melhor executou a proposta de
Guardiola, Messi foi o protagonista da peça.
Havia, ainda, no
banco de reservas, além do revolucionário treinador, ótimos jogadores. Para a zaga
e o meio-campo Javier Mascherano. Para a lateral esquerda Adriano e Maxwell. Como
opção de meio-campo o volante malinês Seydou Keita e para o ataque os móveis
Ibrahim Afellay e Bojan Krkic. Um selecionado para ficar para a história.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse período:
Final da
Supercopa da Espanha: Barcelona 4x0 Sevilla
Estádio Camp
Nou, Barcelona
Público 67.414
Gols: ’14 Konko
(contra), ’25, ’43 e ’90 Messi (Barcelona)
Barcelona:
Valdés; Daniel Alves, Piqué, Abidal, Maxwell; Busquets, Keyta, Xavi (Adriano);
Pedro (Villa), Messi, Bojan (Iniesta). Téc. Guardiola
Sevilla: Palop;
Konko, Navarro, Escudé, Dabo; Zokora, Romaric (Cigarini), Alfaro (Perotti),
Jesús Navas, Diego Capel (Luis Fabiano); Álvaro Negredo. Téc. Álvarez
13ª rodada do
Campeonato Espanhol: Barcelona 5x0 Real Madrid
Estádio Camp
Nou, Barcelona
Público 98.772
Gols: ’10 Xavi, ’18
Pedro, ’55 e ’58 Villa e ’90 Jeffrén (Barcelona)
Barcelona:
Valdés; Daniel Alves, Puyol, Piqué, Abidal; Busquets, Xavi (Keyta), Iniesta;
Pedro (Jeffrén), Messi e Villa (Bojan). Téc. Guardiola
Real Madrid:
Casillas; Sergio Ramos, Ricardo Carvalho, Pepe, Marcelo (Arbeloa); Xabi Alonso,
Khedira; Di María, Özil (L. Diarra), Cristiano Ronaldo; Benzema. Téc. José
Mourinho
Semifinal da
UEFA Champions League: Real Madrid 0x2 Barcelona
Estádio Santiago
Bernabéu, Madrid
Público 71.567
Gols: ’76 e ’87 Messi
(Barcelona)
Real Madrid:
Casillas; Arbeloa, Albiol, Pepe, Sergio Ramos, Marcelo; Xabi Alonso, L. Diarra;
Di María, Özil (Adebayor) e Cristiano Ronaldo. Téc. José Mourinho
Barcelona: Valdés;
Daniel Alves, Piqué, Mascherano, Puyol; Busquets, Keita, Xavi; Pedro (Afellay),
Messi, Villa (Sergi Roberto). Téc. Guardiola
Final da UEFA
Champions League: Barcelona 3x1 Manchester United
Estádio Wembley,
Londres
Árbitro: Viktor
Kassai
Público 87.695
Gols: ’27 Pedro,
’54 Messi e ’70 Villa (Barcelona); ’34 Rooney (Manchester United)
Barcelona:
Valdés; Daniel Alves (Puyol), Piqué, Mascherano, Abidal; Busquets, Xavi,
Iniesta; Pedro (Afellay), Messi e Villa (Keyta). Téc. Guardiola
Manchester United: van der Sar; Fábio (Nani), Ferdinand, Vidic, Evra;
Carrick (Scholes), Park, Valencia, Giggs; Rooney e Chicharito. Téc. Alex Ferguson
o melhor time que vi jogar.
ResponderExcluiro melhor Barcelona, na minha opinião.
ResponderExcluirCom certeza um dos melhores times da história.
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