Times de que Gostamos: Galatasaray 1999-2000
Depois de
lembrar o excepcionalmente bem treinado time do Villarreal, comandado por Manuel Pellegrini e que teve como grandes astros os argentinos Juan Pablo Sorín e Juan Roman Riquelme, além do uruguaio Diego Forlán, rememoro o grande Galatasaray do biênio 1999-2000, quando contou com as presenças de grandes
jogadores como Taffarel, Emre, Hakan Sükur e Hagi.
Em pé: Taffarel, Capone, Popescu, Davala, Korkmaz, Hakan Sukur. Agachados: Buruk, Hagi, Kaya, Arif Erden e Ergun Penbe. |
Time: Galatasaray
Período: 1999/2000
Time
base: Taffarel; Ümit Davala, Capone, Popescu, Penbe
Ergün; Okan Buruk, Emre Belozoglu, Hagi, Hasan Sas; Hakan Sükur e Erdem Arif
(Márcio Mexerica). Téc. Fatih Terim/ Mircea Lucescu
Base da surpreendente
seleção turca, que alcançou a terceira colocação da Copa do Mundo em 2002, o
Galatasaray foi, no final do século XX, soberano em seu país e uma das grandes
potências europeias. O ápice de uma grande fase que começou em 1996 foi a
temporada 1999-2000, quando o clube conquistou o tetracampeonato turco, o
bicampeonato da Copa da Turquia, a UEFA Cup e a UEFA Super Cup, estes dois
últimos títulos conquistados com vitórias sobre os poderosos Arsenal e Real
Madrid, respectivamente.
Com um elenco
recheado de experiência e com o aparecimento de alguns jovens talentos, o auri-rubro de Istambul se tornou o primeiro time turco a conquistar um título
continental. Seu sucesso foi tão grande que abriu portas para muitos
jogadores, como Hakan Sükur e Emre Belozoglu que, rapidamente, deixaram o clube
e rumaram para a Inter de Milão.
No gol da equipe
a titularidade estava protegida pelas luvas de ninguém menos que Taffarel (foto), um
dos protagonistas do tetracampeonato mundial do Brasil. Já veterano, o arqueiro
foi novamente peça chave em grandes conquistas e na final da UEFA Cup mostrou
toda a sua estrela. Sua impressionante atuação parou o ataque do
Arsenal, então formado pelos holandeses Dennis Bergkamp e Marc Overmars e por Thierry Henry, e
garantiu-lhe o prêmio de melhor em campo na final.
A dupla de zaga
do Galatasaray foi formada, na maior parte das vezes pelo brasileiro Capone e
pelo experiente romeno Gheorghe Popescu (foto), que já tinha defendido as cores do PSV
Eindhoven, do Tottenham e do Barcelona. Capone, então campeão da Copa do Brasil
pelo surpreendente Juventude, não tinha grande técnica, mas era um zagueiro
rápido e polivalente, tendo atuado em muitas ocasiões pela lateral direita. Já
Popescu detinha muita categoria, sendo excelente nos desarmes e também no
início das jogadas ofensivas.
Quem também foi presença importante na defesa turca foi o ídolo auri-rubro Bülent Korkmaz, que dedicou 19 anos de carreira ao Galatasaray e foi o responsável pelo deslocamento de Capone à lateral.
Quem também foi presença importante na defesa turca foi o ídolo auri-rubro Bülent Korkmaz, que dedicou 19 anos de carreira ao Galatasaray e foi o responsável pelo deslocamento de Capone à lateral.
Quando não
atuava no meio-campo, Ümit Davala (foto) preenchia a lateral direita da equipe, sempre
com muito ímpeto ofensivo, velocidade e bom passe. Após deixar o clube, em
2001, passou por Milan, Inter de Milão e Werder Bremen, onde, em função das
muitas lesões que sofreu, aposentou-se aos 32 anos. Pelo lado oposto a lateral
foi ocupada por Ergün Penbe, outra grande referência da equipe. Atuou 13 anos
no clube e foi o responsável por abrir, de forma bem sucedida, as cobranças
penais contra o Arsenal.
O meio-campo atuava,
na maior parte das vezes num losango. A peça mais recuada foi o volante Suat Kaya. Forte marcador, foi importante peça na estrutura
da meia cancha da equipe. A principal alternativa ao jogador foi o jovem Emre Belozoglu, que,
apesar de ser um jogador mais ligado à armação do que à contenção, dava conta
do recado. Abertos pelos lados sempre atuavam Okan Buruk – pela direita – e Hasan
Sas (foto) – pela esquerda. O primeiro destacava-se pela aplicação tática, velocidade
e finalização de média distância. Em contraponto, o segundo era mais habilidoso
e agudo.
O construtor do
jogo do Galatasaray foi Gheorghe Hagi, provavelmente o maior jogador romeno de
toda a história. Chamado de o “Maradona dos Cárpatos” tinha incrível talento. Sua
visão de jogo privilegiada, qualidade técnica e finalização (inclusive nas
cobranças de falta) o tornaram um dos maiores ídolos do clube. Atuou na Turquia entre 1996 e 2001, quando encerrou sua carreira.
No ataque, o
time contou com o faro de gol de Arif Erdem e, principalmente, de Hakan Sükur (foto).
Juntos, marcaram mais de 400 gols pelo clube e pela seleção turca. Os dois
jogadores, considerando todas as passagens pelo time, defenderam o auri-rubro
por 14 anos. Sükur detém, ainda, alguns recordes: é o maior artilheiro do
campeonato turco de todos os tempos e o atleta turco que mais vezes marcou na
UEFA Champions League.
No banco de
reservas esteve presente o regente da orquestra. Fatih Terim (foto), treinador que
dedicou longos anos de suas carreiras como jogador e treinador ao Galatasaray.
Em sua primeira passagem como técnico, chegou ao clube em 1996 e só saiu em
2000, com muitos títulos na bagagem. Seu sucessor foi Mircea Lucescu, hoje
técnico do Shakhtar Donetsk e conhecido pela adoração por jogadores brasileiros.
Como outras
opções no elenco Terim teve o lateral direito Fatih Aykel, o lateral esquerdo
Hakan Ünsal, o zagueiro Ahmet Yildirim e o atacante Márcio Mexerica,
ex-Portuguesa e responsável por alguns gols muito importantes.
Valem, por fim, as lembranças de que no início da temporada 2000-2001, o artilheiro Sükur deixou a equipe e, para seu lugar, foi contratado o brasileiro Jardel e também de que todos os jogadores turcos titulares desta equipe estiveram na Copa do Mundo de 2002.
Valem, por fim, as lembranças de que no início da temporada 2000-2001, o artilheiro Sükur deixou a equipe e, para seu lugar, foi contratado o brasileiro Jardel e também de que todos os jogadores turcos titulares desta equipe estiveram na Copa do Mundo de 2002.
Ficha
técnica de alguns jogos importantes nesse período:
9ª
rodada do Campeonato Turco: Fenerbahçe 1x2 Galatasaray
Estádio Sukru Saracoglu, Istambul
Público 0, o jogo foi disputado com portões
fechados.
Gols: ’20 Sas e ’30 Márcio Mexerica
(Galatasaray); ’52 Moldovan (Fenerbahçe)
Fenerbahçe: Rustu; Dogan, Johnson, Ozalan,
Ercan; Korkut, Moshoeu, Senturk, Diyadin; Preko (Bolic) e Moldovan. Téc. Z.
Zeman
Galatasaray: Bolukbasi; Akyel, Capone,
Popescu, Penbe; Kaya (Yildirim), Buruk, Emre, Sas; Márcio Mexerica (Korkmaz)e
Hakan Sukur. Téc. Fatih Terim
Semifinal
da UEFA Cup: Galatasaray 2x0 Leeds United
Estádio Ali Sami Yen, Istambul
Árbitro: Hellmut Krug
Público 30.000
Gols: ’13 Hakan Sükur e ’44 Capone (Galatasaray)
Galatasaray: Taffarel; Capone, Korkmaz,
Popescu, Penbe; Kaya, Buruk (Ünsal), Emre, Hagi (Yildirim); Erdem Arif (Sas) e
Hakan Sükur. Téc. Fatih Terim
Leeds United: Martyn; G. Kelly, Lucas Radebe, Woodgate, Ian Harte; Eirik Bakke,
McPail, M. Jones (Wilcox), Lee Bowyer, Harry Kewell; M. Bridges (Huckerby).
Téc. David O’Leary
Final
da UEFA Cup: Galatasaray 0(4)x0(1) Arsenal
Estádio Praken, Copenhagen
Árbitro: Antonio López Nieto
Público 39.000
Gols: Penbe, Sükur, Davala e Popescu marcaram de pênalti (Galatasaray);
Süker e Vieira desperdiçaram suas cobranças, Parlour marcou (Arsenal)
Galatasaray: Galatasaray: Taffarel; Capone, Korkmaz, Popescu; Davala, Kaya (Yildirim), Buruk
(Ünsal), Hagi, Penbe; Erdem Arif (Sas) e Hakan Sükur. Téc. Fatih Terim
Arsenal: Seaman; Dixon, Keown, T. Adams, Sylvinho; Patrick Vieira, Ray Parlour,
E. Petit; Dennis Bergkamp (Kanu), Marc Overmars (Süker) e Thierry Henry. Téc.
Arsene Wenger
Final
da UEFA Super Cup: Galatasaray 2x1 Real Madrid
Estádio Louis II, Monaco
Árbitro: Günter Benkö
Gols: ’41 e ‘102 Jardel (Galatasaray); ’79 Raúl (Real Madrid)
Galatasaray: Taffarel; Capone (Aykel), Korkmaz, Popescu, Ünsal; Kaya, Buruk
(Sas), Emre, Hagi (Akin), Davala; Jardel. Téc. Mircea Lucescu
Real
Madrid: Casillas; Geremi, Helguera, Campo (Flávio
Conceição), Roberto Carlos; Makelele, Celades (Salgado), Guti (Munitis); Figo,
Raúl e Sávio. Téc. Vicente Del Bosque
Um fato curioso quando os turcos titulares do gala atuavam no time eles traziam um entrosamento natural a selecao que viveu um periodo de euro e copa muito bom depois do desmanche do gala a turquia sofreu diretamente com isso e voltou a ser figurante.
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