Times de que Gostamos: Parma 1998-1999
Após trazer a
lembrança, recente é verdade, do excelente time do Lille da temporada 2010-2011, trato hoje do Parma, da época das vacas gordas da Parmalat, que
conseguiu memoráveis êxitos na temporada 1998-1999.
Em pé: Sensini, Thuram, Buffon, Boghossian, Dino Baggio, Verón; Agachados: Benarrivo, Cannavaro, Fiore, Chiesa, Crespo. |
Equipe: Parma
Período: 1998/1999
Time Base: Buffon; Thuram,
Sensini, Cannavaro e Vanoli; Dino Baggio, Boghossian, Verón, Diego Fuser
(Stefano Fiore); Chiesa (Asprilla) e Crespo. Téc.: Alberto Malesani
Endinheirado, o
Parma, uniu jogadores ascendentes, grandes contratações, e jogadores
experientes na era das vacas gordas da Parmalat. Com uma base formada pela
mistura da força defensiva peculiar aos jogadores italianos, e o talento e a
habilidade de jogadores argentinos, o clube viveu talvez a melhor temporada de
sua história. Após um início de década excelente, e um meio oscilante, a equipe
terminou os anos 90 por cima.
Formado no
clube, Buffon (foto) era o responsável por defender a meta do clube. Desnecessários
são quaisquer adjetivos para descrever o goleiro. Absolutamente fantástico, Gigi Buffon, marcou sua história no
Parma, com mais de 200 jogos em seis anos. Muito alto e dono de reflexos espetaculares,
o guarda-metas italiano, manteve verdadeiramente intransponíveis as redes do
gol do Parma. Seu sucesso no Parma, o levou a Juventus, e restante de sua carreira
e seus sucessos, são bem conhecidos.
Pela lateral
direita, o excelente Lilian Thuram (foto) esbanjava vigor físico, o defensor que foi
protagonista de uma das histórias mais interessantes da Copa do Mundo de 1998,
tinha boa chegada ao ataque, e, não que fosse um jogador habilidoso, mas
apresentava boa técnica para a sua posição. Com o passar dos anos e a perda da
velocidade fixou-se na zaga. Pela esquerda, jogava o ofensivo Vanoli. Não era
muito rápido, mas muito bom tecnicamente. Além do mais, o italiano mostrou-se
um ótimo elemento surpresa, tento marcado gols tanto na final da Copa da
Itália, quanto na final da Copa da UEFA.
A zaga é outro
setor, que dispensa maiores apresentações.
De um lado jogava Sensini, defensor completo (podia atuar, na zaga, como
líbero, como volante e ainda como lateral direito numa eventualidade) argentino,
não muito alto, 1,80m ele destacava-se pelo comprometimento, posicionamento e
raça. Do outro lado a defesa dispunha do talento do melhor jogador do mundo de
2006, segundo a FIFA, Fabio Cannavaro (foto). Definitivamente baixo para a posição,
1,76m, o italiano, tinha uma categoria incomum para um zagueiro. Rápido, ótimo
cabeceador e com excelente tempo de bola, Cannavaro escreveu seu nome na
história dos melhores defensores da história.
Trabalhando para
dar ainda mais consistência ao setor defensivo estava Dino Baggio (foto). Volante de
reconhecida raça, Dino não era jogador de brincadeiras. Sempre sério, era ele
quem destruía o jogo dos adversários e começa a construção das jogadas do
Parma, onde foi titular absoluto entre 1994 e 2000. Ademais, Baggio marcava
regularmente seus gols. Um pouco à frente do Italiano, jogava Alain Boghossian,
meio-campista francês, tal como seu companheiro na contenção, tinha boa saída
de bola e marcava muitos gols.
Incumbido de
construir o jogo da equipe, Verón (foto) foi o trequartista,
o regente da equipe, o maestro. Argentino de talento indiscutível, o jogador
formado no Estudiantes, foi o articulador do Parma. Seus passes, lançamentos e
dribles, encantaram os torcedores, que ficaram muito entristecidos com sua
saída para a Lazio no ano seguinte. Já um pouco mais aberto pelo lado direito,
atuava Diego Fuster, o jogador tinha facilidade para desempenhar qualquer
função pela direita, com facilidade para apoiar, o italiano revelou-se um ótimo
assistente para a dupla de ataque.
Finalizando as
jogadas, jogavam dois atacantes de grande espírito matador. Chiesa e Crespo (foto) não
perdoavam. Na frente dos goleiros eram verdadeiramente implacáveis. Chiesa
tinha qualidade tanto para criar quanto para concluir as jogadas. Ele viveu no
Parma uma das melhores fases de sua carreira. Já Crespo, afirmou-se como estrela
do futebol mundial no Parma. Assim como outros atacantes argentinos, como
Batistuta, Hernán Crespo, mostrou-se uma verdadeira máquina de marcar gols, não
há torcida dos clubes em que jogou que não guarde boas recordações do
centroavante. Em 2000 foi vendido por milionárias £35MI, então o recorde de
valor pago numa transferência.
No banco da equipe,
haviam ainda alguns jogadores muito úteis, casos do atacante argentino Balbo,
do meio-campo croata Stanic, dos defensores Roberto Mussi e Benarrivo e principalmente do
meia-atacante Stefano Fiore. Ainda no banco estava uma das figuras centrais da
campanha do Parma: o treinador Alberto Malesani (foto). Com ele jogadores que não
vinham num bom momento renderam seu máximo e a equipe pôde obter o merecido
sucesso.
Ficha técnica de alguns jogos nesse período:
Semifinal da Copa da UEFA: Atlético de Madrid 1 x 3
Parma
Estádio Vicente
Calderón, Madrid
Público: 55.000
Árbitro Nikolay
Levnikov
Gols: ’13 e ’40 Enrico
Chiesa, ’62 Crespo (Parma); ’20 Juninho Paulista (Atlético de Madrid)
Atlético: Molina;
Aguilera, Santi, Serena, Chamot; Jugovic, Roberto (Tevenet), Valerón, Solari,
Juninho Paulista; José Mari. Téc. Radomir Antic
Parma: Buffon; Thuram,
Sartor, Sensini, Vanoli; Dino Baggio, Verón (Stanic), Fiore, Fuser; Chiesa
(Balbo) e Crespo (Mussi). Téc. Alberto Malesani
Final da Copa da Itália: Fiorentina 2 x 2 Parma
Estádio Artemio
Franchi, Florença
Árbitro: S.
Braschi
Gols: ’42 Crespo e ’71 Vanoli
(Parma); ’48 Repka e ’62 Cois (Fiorentina)
Fiorentina: Toldo;
Padalino, Falcone, Repka; Torricelli, Cois (Luis Oliveira), Amoroso, Rui Costa
e Heinrich; Edmundo e Batistuta. Téc. G. Trapattoni
Parma: Buffon; Thuram,
Sensini, Canavarro, Vanoli; Stanic (Fiore), Verón (Mussi), Fuser, Boghossian;
Chiesa e Crespo (Balbo). Téc. Alberto Malesani
Final da Copa da UEFA: Parma 3 x 0 Olympique de
Marselha
Estádio Luzhniki,
Moscou
Público: 60.000
Árbitro Hugh Dallas
Gols: ’26 Crespo,’36
Vanoli e ’55 Chiesa (Parma)
Parma: Buffon; Thuram,
Sensini, Canavarro, Vanoli; Dino Baggio, Verón (Fiore), Fuser, Boghossian;
Chiesa (Balbo) e Crespo (Asprilla). Téc. Alberto Malesani
Olympique: Porato;
Blondeau, Issa, Blanc, Edson Miolo (Camara); Domoraud, Daniel Bravo, Brando,
Gourvennec; Robert Pirés e Maurice. Téc. Rolland Courbis
Final da Supercopa da Itália: Milan 1 x 2 Parma
Estádio Giuseppe
Meazza, Milão
Árbitro Borriello
Gols: ’54 Guglielminpietro
(Milan); ’66 Crespo, ’92 Boghossian (Parma)
Milan: Rossi; N’Gotty,
Costacurta, Maldini; Helveg (Ibrahim Ba), Albertini, Ambrosini, Weah (Giunti),
Guglielminpietro; Bierhoff e Shevchenko. Téc. Zaccheroni
Parma: Buffon; Lassissi
(Torrisi), Thuram, Canavarro; Fuser (Benarrivo), Dino Baggio, Boghossian,
Serena (Vanoli); Ortega, Di Vaio e Crespo. Téc. Alberto Malesani
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