Times de que Gostamos: River Plate 1996-1997
Depois de
relembrar os feitos do Borussia Dortmund da temporada 1996-1997, trago a
memória do grande River Plate de 1996-1997, última equipe do craque uruguaio
Enzo Francescoli.
Em pé: Díaz, Altamirano, Astrada, Celso Ayala, Rivarola , Burgos Agachados: Sorín, Almeyda, Francescoli, Ortega e Crespo. |
Time: River
Plate
Período: 1996-1997
Time base:
Burgos; H. Díaz, Celso Ayala, Rivarola, Altamirano (Sorín); Almeyda, Cedrés
(Gallardo), Escudero e Ortega; Francescoli e Crespo (Marcelo Salas). Téc. Ramón
Díaz.
Conquistas: Copa
Libertadores de 1996, Supercopa da Libertadores 1997, Torneio Apertura
1996/1997 e Torneio Clausura 1997
Uma grande safra
de jovens e uma grande referência. Essa frase define o que foi o grande River
Plate da temporada 1996-1997.
Sob o comando técnico de Enzo Francescoli, jovens como Hernán Crespo, Ariel Ortega, Matías Almeyda, Juan Pablo Sorín e Marcelo Gallardo levaram os Millonarios ao topo da América e por pouco não alcançaram o topo do mundo. Poucas vezes na história, experiência e juventude casaram tão bem, como em Buenos Aires nos anos 1996-1997.
Sob o comando técnico de Enzo Francescoli, jovens como Hernán Crespo, Ariel Ortega, Matías Almeyda, Juan Pablo Sorín e Marcelo Gallardo levaram os Millonarios ao topo da América e por pouco não alcançaram o topo do mundo. Poucas vezes na história, experiência e juventude casaram tão bem, como em Buenos Aires nos anos 1996-1997.
No gol do River estava o folclórico e
controverso goleiro Germán Burgos (foto). Apelidado de mono
(macaco), era um goleiro bem grande para a época, com 1,88m. Responsável
por guardar a meta do River Plate entre os anos de 1994-1999, ficou
marcado por defender uma penalidade no jogo de ida da final da Libertadores de
1996. Além disso, o excêntrico goleiro defendeu a seleção argentina entre
1995-2003.
A linha
defensiva como um todo era experiente. Nas laterais jogavam, pela direita,
Hernán Díaz (foto) e, pela esquerda, Ricardo Altamirano. Díaz foi um grande lateral na
história argentina. Formado no Rosário Central, defendeu o River
Plate por mais de 10 anos e se tornou o segundo jogador argentino com
mais aparições na Copa Libertadores, com 73 jogos disputados. Tinha um
grande capacidade física, o que ajudava-o imensamente a atacar e defender com
muita efetividade. Pelo outro lado, Altamirano era menos privilegiado
tecnicamente que Hernán Díaz, mas era um defensor eficiente. Aos poucos, o
lateral esquerdo foi perdendo a posição para o então jovem Juan Pablo Sorín, que viria a
ser um dos maiores, senão o maior, lateral esquerdo argentino de todos os
tempos.
A dupla de zaga
era privilegiada. Formada por dois zagueiros baixos, Celso Ayala (foto) e Guillermo
Rivarola, a defesa era segura e tinha muita técnica. Ayala formou ao lado de
Gamarra uma das melhores duplas de zaga da história do futebol mundial. Pela
Seleção Paraguaia, em 1998, consagrou-se, compondo a defesa menos vazada da Copa do
Mundo da França. Seu companheiro, Rivarola, tinha um pouco menos técnica, mas
compensava com muita raça. Ambos, Celso e Guillermo, tinham excelente tempo de bola.
O meio-campo Millonario começava com um dos grandes
volantes argentinos da história recente, Matías Almeyda (foto). Técnico, raçudo e com
estilo de jogo aguerrido, o volante caiu rapidamente nas graças da torcida.
Quando foi vendido, tornou-se o jogador argentino mais caro da história. Ao seu
lado, jogava Marcelo Escudero. Menos dotado tecnicamente, era igualmente dedicado
e também escreveu seu nome na história do River Plate, defendendo-o entre
1996-2002.
A frente dos
volantes atuavam dois jogadores ofensivos: Gabriel Cédres e Ariel Ortega (foto). Este último
foi um jogador de técnica apuradíssima. Cabia a ele a tarefa de organizar o
meio-campo argentino. Seus
desconcertantes dribles foram a chave de incontáveis vitórias do River Plate e sua carreira foi, infelizmente, prejudicada por problemas com alcoolismo.
Já Cédres, meia-atacante uruguaio, não tinha tantos recursos, mas era um jogador de indubitável eficiência, tendo atuado com sucesso, pelo River Plate, Peñarol e pela Seleção Uruguaia.
Já Cédres, meia-atacante uruguaio, não tinha tantos recursos, mas era um jogador de indubitável eficiência, tendo atuado com sucesso, pelo River Plate, Peñarol e pela Seleção Uruguaia.
No ataque, o River tinha uma
dupla infernal: o velho e o moço; Enzo Francescoli e Hernán Crespo (foto). O primeiro, uruguaio, era conhecido
como “O Príncipe” e possuía indiscutível habilidade, grande visão de jogo, e bom
faro de gol. Sua categoria era de tal forma grandiosa que ele é sempre lembrado
por ter sido a inspiração para o craque Zinedine Zidane, que inclusive deu a um
de seus filhos o primeiro nome do Uruguaio, Enzo.
Ao seu lado, o clube dispunha do talento de um jovem cheio de apetite. Entretanto, não um apetite saciável com comida, e sim com gols. Hernán Crespo, implacável marcador, afirmou-se como um dos grandes centroavantes argentinos de todos os tempos. Na Copa Libertadores de 1996, foi vital, marcando os dois gols do título, na finalíssima no Monumental de Nuñez.
Ao seu lado, o clube dispunha do talento de um jovem cheio de apetite. Entretanto, não um apetite saciável com comida, e sim com gols. Hernán Crespo, implacável marcador, afirmou-se como um dos grandes centroavantes argentinos de todos os tempos. Na Copa Libertadores de 1996, foi vital, marcando os dois gols do título, na finalíssima no Monumental de Nuñez.
Além desses
grandes titulares, o banco de reservas do River tinha grandes opções como
Santiago Solari, que viria a representar o Real Madrid, o excelente Marcelo
Gallardo (foto), muitas vezes titular, o centroavante Julio Cruz e posteriormente o
chileno Marcelo Salas, que era absolutamente letal e chegou para substituir
Crespo quando este foi vendido ao Parma. Além deles, comandando as ações estava
o renomado e vitorioso Ramón Díaz.
Ficha Técnica de alguns jogos
importantes nesse período:
Final da Copa
Libertadores da América: River Plate 2 x 0 América de Cali
Árbitro Júlio
Matto
Gols: Crespo ‘6
e ’59 (River Plate)
River Plate:
Burgos; Hernán Díaz, Celso Ayala, Rivarola, Altamirano; Almeyda, Escudero
(Gomez), Cedrés, Ortega (Sorín); Francescoli e Crespo (Gallardo). Téc. Ramón
Díaz.
América de Cali:
Córdoba; Asprilla, Bermúdez, Dinas, Maziri; Cabrera, Berti, Escobar, Oviedo;
Zambrano, Antony de Ávila. Téc. Diego Edison Umaña.
Final do Mundial
Interclubes: Juventus 1 x 0 River Plate
Estádio
Nacional, Tóquio
Árbitro Márcio
Rezende de Freitas
Público: 48.305
Gol: Del Piero
’81 (Juventus)
Juventus:
Peruzzi; Porrini, Ciro Ferrara, Paolo Montero, Moreno Torricelli; Deschamps, Di
Livio, Jugovic, Zidane (Tacchinardi); Del Piero e Boksic. Téc. Marcello Lippi.
River Plate:
Bonano; Hernán Díaz, Celso Ayala, Eduardo Berizzo, Sorín; Astrada, Berti
(Gancedo), Monserrat, Ortega; Francescoli e Julio Cruz (Marcelo Salas). Téc.
Ramón Díaz.
Final da
Supercopa da Libertadores: River Plate 2 x 1 São Paulo
Estádio
Monumental de Nuñez, Buenos Aires
Árbitro Ubaldo
Aquino
Público: 59.181
Gols: Marcelo
Salas ’46 e ’58 (River Plate); Dodô ’53 (São Paulo)
River Plate:
Burgos; Hernán Díaz, Celso Ayala, Eduardo Berizzo, Sorín (Escudero); Astrada,
Monserrat, Gallardo (Solari), Placente; Francescoli (Gancedo) e Marcelo Salas.
Téc. Ramón Díaz.
São Paulo:
Roger; Zé Carlos, Edmílson, Álvaro, Serginho; Sidney, Alexandre (Fábio Mello),
Fabiano (Cláudio), Marcelinho Paraíba; Aristizábal (Reinaldo) e Dodô. Téc. Darío
Pereyra.
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