Times de que Gostamos: Lyon 2001-2002
Após lembrar o
fantástico time do River Plate do período de 1996/1997, recordo o ótimo time do
Lyon da temporada 2001-2002. Mas, por que o Lyon dessa temporada? Simplesmente pelo fato de ter sido o time que levou o clube ao seu primeiro título nacional. Possivelmente, no
caso deste time ter sido malsucedido, os que se seguiram não teriam alcançado tantas glórias.
Em pé: Coupet, Edmílson, Foé, Juninho, Brechet, Chanelet; Agachados: Luyndula, Carriere, Violeau, Govou e Patrick Muller. |
Time: Lyon
Período: 2001-2002
Time Base: Coupet; Chanelet, Patrick Muller (Caçapa), Edmilson (Laville), Bréchet;
Philipe Violeau, Juninho Pernambucano, Eric Carriére (Pierre Laigle), David
Lináres; Sidney Govou , Sonny Anderson. Téc. Jacques
Santini
Um grande time
sem grandes títulos. Isso definia o Lyon na França até a virada do século XXI. No entanto, a temporada de
2001-2002 veio mudar, para sempre, esse panorama.
Comandado pela precisão dos passes, lançamentos e cobranças de falta do craque Juninho Pernambucano, o clube francês conquistou (com emoção), seu primeiro título nacional.
Comandado pela precisão dos passes, lançamentos e cobranças de falta do craque Juninho Pernambucano, o clube francês conquistou (com emoção), seu primeiro título nacional.
Defendendo a
meta do clube, estava o goleiro Gregory Coupet (foto), personagem histórico da equipe. Segundo jogador que mais vezes defendeu as cores do Lyon, disputou, ao todo, 518 jogos entre 1997 e 2008. Em 2005, foi eleito o 4º melhor goleiro do
mundo, atrás de Petr Cech, Dida e Gianluigi Buffon.
Coupet era um goleiro seguro, porém baixo para os padrões atuais (1,81m). Além disso, cabe lembrar, como curiosidade, que, durante muito tempo, foi pedido que ele assumisse a titularidade da Seleção Francesa, então nas mãos do irregular Fabien Barthez.
Coupet era um goleiro seguro, porém baixo para os padrões atuais (1,81m). Além disso, cabe lembrar, como curiosidade, que, durante muito tempo, foi pedido que ele assumisse a titularidade da Seleção Francesa, então nas mãos do irregular Fabien Barthez.
A zaga
tinha um quarteto de respeito, o qual se revezou muito durante a competição. Como opções menos frequentes, o clube dispunha do experiente Florent Laville e do recém-chegado Cláudio Caçapa, que
alternou durante a temporada a titularidade com o suíço Patrick Müller. Laville
foi um zagueiro muito representativo na história do Lyon. Formado no clube,
defendeu-o entre 1993 e 2003, sendo sempre lembrado como um jogador firme, um verdadeiro xerife da
defesa. O brasileiro Caçapa, de baixa
estatura para a posição (1,79m), tinha um excepcional posicionamento e ótima
saída de bola. Já Müller era mais rápido, porém limitado tecnicamente.
Curiosamente, tanto Laville quando Caçapa tiveram suas carreiras interrompidas precocemente
em decorrência de lesões. A despeito de toda a qualidade que estes defensores possuíam, nenhum era
tão completo quanto o também brasileiro Edmílson (foto).
Com muita qualidade no desarme, no passe e na saída de bola, o ex-defensor do São Paulo foi muito importante na vitoriosa trajetória do Lyon. Seu prêmio? A titularidade da Seleção Brasileira campeã da Copa do Mundo em 2002.
Com muita qualidade no desarme, no passe e na saída de bola, o ex-defensor do São Paulo foi muito importante na vitoriosa trajetória do Lyon. Seu prêmio? A titularidade da Seleção Brasileira campeã da Copa do Mundo em 2002.
Na proteção aos flancos, jogavam Jean-Marc Chanelet (foto), pela direita, e Jeremy Brechet, pela esquerda. O lateral
direito chegou ao clube em 2000 já com grande acúmulo de experiência. Então com
32 anos, Chanelet, não tinha mais o mesmo vigor do início de sua carreira, todavia, sua experiência garantia segurança na defesa e prudência quando ia ao ataque. Pelo outro lado, atuava
Brechet, então lateral esquerdo (hoje, ainda na ativa, Brechet joga como
zagueiro) apesar da estatura, 1,86m, tinha boa desenvoltura para ir ao ataque,
atuando, por vezes, como meia esquerda.
Defendendo o meio-campo
do Lyon, estava sempre bem posicionado o volante, e capitão, Philippe Violeau (foto). Além de um bom
desarme e muita garra, o atleta marcava com alguma regularidade seus gols. Na temporada
2001-2002, foram cinco tentos. Além dele, ajudava da proteção o jogador David Linares, que, embora menos técnico era mais forte e ajudava a garantir o “fechamento” do meio-campo.
À frente, considerado um dos maiores
jogadores do Lyon em todos os tempos – para muitos o maior – Juninho Pernambucano foi a peça
mais vital à equipe. Personificando o clube, Juninho seria o coração da equipe, o responsável por bombear intermitentes assistências, prover grandes passes e cobrar excepcionais faltas.
Ao final de sua saga pela França, o brasileiro afirmou-se como o 7º atleta que mais representou o clube (por 380 jogos) e também como o 4º maior artilheiro, com 107 gols. Ao seu lado, atuava um jogador que marcou história no futebol francês e, devido à grande concorrência, não conseguiu o mesmo sucesso pela Seleção Francesa: Eric Carriere. Ótimo organizador de jogo, foi, ao lado de Juninho, o responsável pelas jogadas de talento do meio-campo da equipe.
Ao final de sua saga pela França, o brasileiro afirmou-se como o 7º atleta que mais representou o clube (por 380 jogos) e também como o 4º maior artilheiro, com 107 gols. Ao seu lado, atuava um jogador que marcou história no futebol francês e, devido à grande concorrência, não conseguiu o mesmo sucesso pela Seleção Francesa: Eric Carriere. Ótimo organizador de jogo, foi, ao lado de Juninho, o responsável pelas jogadas de talento do meio-campo da equipe.
No ataque, havia a presença de outro
personagem histórico do Lyon: Sidney Govou (foto). Rápido e arisco, o francês, cria da
base do clube, representou como poucos as cores do clube. No total, jogou
461 jogos pelo clube e marcou 87 gols, vivendo todo o período glorioso do
clube.
Já na função de matador, jogava o brasileiro “Sonny” Anderson, jogador formado no Vasco e que trilhou uma carreira de sucesso na França. Após fazer sucesso no Olympique de Marselha e no Mônaco, o jogador chegou ao Lyon (após uma passagem fraca pelo Barcelona), onde confirmou sua veia artilheira. Na temporada em foco ele marcou 18 gols.
Já na função de matador, jogava o brasileiro “Sonny” Anderson, jogador formado no Vasco e que trilhou uma carreira de sucesso na França. Após fazer sucesso no Olympique de Marselha e no Mônaco, o jogador chegou ao Lyon (após uma passagem fraca pelo Barcelona), onde confirmou sua veia artilheira. Na temporada em foco ele marcou 18 gols.
O banco da
equipe tinha, ainda, algumas possibilidades muito válidas. Dentre elas, cabe ressaltar as presenças do lateral direito
belga Éric Deflandre, do meio-campo camaronês Marc-Vivien Foe (que viria a falecer
durante uma partida em 2003, fato que fez com que o clube aposentasse a camisa 17) além do meia-esquerda Pierre Laigle e do atacante Peguy Luyindula.
Ficha Técnica de alguns jogos importantes nesse período:
26ª rodada do Campeonato Francês:
Lyon 3 x 0 PSG
Estádio Gerland, Lyon
Árbitro Damien Ledentu
Público: 38.323
Gols: Dehu (contra) ’61, Sonny Anderson ’76, Juninho
’86 (Lyon)
Lyon: Coupet; Deflandre, Laville, Muller,
Delmotte; Violeau, Juninho Pernambucano, Eric Carriére, David Linares; Govou e
Sonny Anderson. Téc. Jacques Santini
PSG: Alonzo; Cristóbal, El-Karkouri (Aloísio
Chulapa), Potillon, Heinze; Dehu, Arteta, Hugo Leal (Domi), Jerome Leroy,
Ronaldinho (Okocha); Fiorése. Téc. Luis Fernández
31ª rodada do Campeonato Francês: Auxerre 0 x 1 Lyon
Estádio Abbe
Deschamps, Auxerre
Público: 17.458
Gol: Govou '90 (Lyon)
Auxerre: Fabien Cool;
Johan Radet, Boumsong, Mexès, Jaurés; Diabaté, Lachuer, Tainio, Fadiga, Lionel Mathis; e Djibril Cissé. Téc. Guy
Roux
Lyon: Coupet; Chanelet, Edmilson (Laville), Muller,
Brechet; Violeau, Juninho Pernambucano (Laigle), Eric Carriere, David Linares;
Govou e Sonny Anderson. Téc. Jacques Santini
34ª rodada do Campeonato Francês: Lyon 3 x 1 Lens
Estádio Gerland,
Lyon
Árbitro Gilles
Veissieré
Público: 39.691
Gols: Govou '7, Violeau '14, Laigle '52 (Lyon); Bak
'27 (Lens)
Lyon: Coupet; Chanelet, Caçapa, Muller, Brechet;
Violeau, Laigle, Juninho Pernambucano (Eric Carriere), David Linares; Govou
(Delmotte) e Sonny Anderson (Laville). Téc. Jacques Santini
Lens: Warmuz; Ferdinand Coly, Coulibaly (Traore),
Wallemme, Bak (Coridon), Ismael; Blanchard, Pedron; Sibierski, Diouf, Daniel
Moreira. Téc. Joel Muller
Este time foi espetacular só faltou uma UCL pra coroar o elenco.
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