Times de que Gostamos: Ajax 1994-1995
Após lembrar o ótimo time do Boca Juniors da temporada 2000-2001, trago a recordação do grande e poderoso time que o Ajax apresentou ao mundo na temporada 1994-1995.
Em pé: Van der Sar, Reiziger, Seedorf, Rijkaard, Kanu, Blind. Agachados: Litmanen, Ronald de Boer, Frank de Boer, Overmars e Finidi. |
Time: Ajax
Período: 1994-1995
Time Base: Edwin van der Sar;
Reiziger, Frank de Boer, Blind, Bogarde (Rijkaard); Ronald de Boer, Davids,
Seedorf; Litmanen, Finidi e Overmars (Kluivert). Téc.: Louis Van Gaal
O Ajax da temporada 1994-1995 honrou a tradição do futebol holandês. Apresentando qualidade futebolística impressionante, com um futebol verdadeiramente belíssimo, os comandados de Louis van Gaal conquistaram a Europa e os corações de muitos amantes do futebol. Fazendo uso de um esquema tático ousado, um 4-3-3 recheado de jogadores de indiscutível talento, o Ajax assombrou o mundo. No Brasil, gremistas se lembrarão dessa equipe sem muito prazer.
Jogadores jovens, extremamente técnicos e cheios de vontade de vencer e se afirmar no cenário mundial conduziram o clube holandês ao quarto título continental, o primeiro e único conquistado após o período em que o Ajax contou com a melhor geração de sua história, comandado por Johan Cruyff na década de 70.
Jogadores jovens, extremamente técnicos e cheios de vontade de vencer e se afirmar no cenário mundial conduziram o clube holandês ao quarto título continental, o primeiro e único conquistado após o período em que o Ajax contou com a melhor geração de sua história, comandado por Johan Cruyff na década de 70.
No gol dos “Filhos dos Deuses”
(como é conhecido o Ajax), atuou um verdadeiro Deus das traves: Edwin van der Sar, para muitos o melhor goleiro holandês de todos os tempos. 1,97m de
altura, agilidade e grandes reflexos fizeram do goleirão holandês um dos
melhores de todos os tempos. Ele foi absoluto em Amsterdã durante o período
entre 1990-1999, atuando mais de 200 vezes pelo clube. Em 1995 conquistou
também o prêmio de melhor goleiro europeu do ano. No Mundial, contra o Grêmio, defendeu pênalti de Dinho nas disputas penais.
A dupla de zaga tinha dois
líderes, um moral e um técnico. Danny Blind era a referência moral da equipe.
Baixo para os padrões atuais, 1,76m, o defensor se destacava pela consistência
e posicionamento. Podia atuar também na lateral esquerda. Atuou em mais de 350
jogos pelo Ajax e foi o capitão neste período. É pai do atual lateral esquerdo
do Ajax Daley Blind.
Já a liderança técnica cabia a Frank de Boer. Elegante e com futebol refinado, era quem iniciava as jogadas da equipe, na defesa. Atuou também como líbero alguma parte de sua carreira e contabilizou mais de 300 jogos pelo clube entre 1990-1999, quando saiu para o Barcelona.
Já a liderança técnica cabia a Frank de Boer. Elegante e com futebol refinado, era quem iniciava as jogadas da equipe, na defesa. Atuou também como líbero alguma parte de sua carreira e contabilizou mais de 300 jogos pelo clube entre 1990-1999, quando saiu para o Barcelona.
Chegamos ao ponto alto da equipe: o meio-campo. Nessa faixa do campo havia três jogadores com grande capacidade
defensiva e ofensiva. Ronald de Boer, Edgar Davids e Clarence Seedorf. Os três jogadores
possuíam estilo semelhante, mas com características que os distinguiam. Davids tinha mais
capacidade de marcação e menos criação que os outros, o que equilibrava ainda
mais o meio-campo holandês. Seedorf, que conquistou a UEFA
Champions League por três equipes diferentes (Ajax, Real Madrid e Milan), e Ronald de Boer tinham mais refino técnico para o passe.
À frente, o clube de Amsterdã apresentava algo semelhante ao que muitos consideraram como uma inovação do Barcelona: o falso nove. Quando não jogavam Patrick Kluivert e Nwankwo Kanu, centroavantes de referência, cabia a Jari Litmanen o preenchimento da lacuna deixada pela falta de centroavante. O finlandês era um meio-campista com muita capacidade para invadir as áreas adversárias e fuzilar seus goleiros. Não à toa foi o melhor marcador do Ajax na temporada com 27 gols.
Por fim, pelas pontas Marc Overmars e George Finidi entortavam as pernas dos defensores com grandes dribles e velocidade. Havia balanço pelo setor também, uma vez que o primeiro era mais habilidoso e o segundo mais veloz.
À frente, o clube de Amsterdã apresentava algo semelhante ao que muitos consideraram como uma inovação do Barcelona: o falso nove. Quando não jogavam Patrick Kluivert e Nwankwo Kanu, centroavantes de referência, cabia a Jari Litmanen o preenchimento da lacuna deixada pela falta de centroavante. O finlandês era um meio-campista com muita capacidade para invadir as áreas adversárias e fuzilar seus goleiros. Não à toa foi o melhor marcador do Ajax na temporada com 27 gols.
Por fim, pelas pontas Marc Overmars e George Finidi entortavam as pernas dos defensores com grandes dribles e velocidade. Havia balanço pelo setor também, uma vez que o primeiro era mais habilidoso e o segundo mais veloz.
Havia ainda a opção clássica de
usar um centroavante. Tarefa cabida a Kluivert e Kanu, artilheiros implacáveis,
com ótima técnica, velocidade e faro de gol. O holandês foi o artilheiro
da equipe no Campeonato Nacional com 18 gols.
No banco de reservas da equipe estava
o comandante Louis Van Gaal, treinador muito amado e odiado, mas, a despeito
disso, com uma história fantástica comandando o Ajax. LvG conduziu a equipe em
11 conquistas, entre 1991-1997, e teve um total de 68,35% de aproveitamento à
frente do clube.
Ficha técnica de alguns jogos importantes do clube nesse período:
Semifinal da UEFA Champions League – Jogo de Volta: Ajax 5 x 2 Bayern
de Munique
Estádio Olímpico, Amsterdã
Árbitro Sándor Puhl (HUN)
Público: 42.000
Gols: Litmanen ’12, ’46; Finidi ’46; Ronald de Boer ’44; Overmars
’88 (Ajax); Witeczek ’36; Scholl ’75 (Bayern de Munique)
Ajax: Van der Sar; Reiziger, Rijkaard,
Blind, Bogarde; R. de Boer, Seedorf, Litmanen; Finidi (Davids), Kanu (Kluivert)
e Overmars. Téc. Louis van Gaal.
Bayern: Scheuer; M. Babbel, Kuffour,
Helmer (Kreuzer), Ziege; Frey, Schupp, Nerlinger, Scholl; Witeczek e Zickler
(Sutter). Téc. G. Trapattoni
Final da UEFA Champions League: Ajax 1 x 0 Milan
Estádio Ernst-Happel, Viena
Público: 49.730
Gol: Kluivert ’85 (Ajax)
Ajax: Van der Sar; Reiziger, Blind, Rijkaard, F. de Boer; R. de
Boer, Davids, Seedorf (Kanu); Finidi, Litmanen (Kluivert) e Overmars. Téc.
Louis van Gaal.
Milan: Rossi; Panucci, Desailly, Costacurta, Maldini; Baresi,
Donadoni, Albertini, Boban (Lentini); Simone e Massaro (Eranio). Téc. Fábio
Capello.
33ª rodada do Campeonato Holandês: Feyenoord 0 x 5 Ajax
Estádio De Kuip, Roterdã
Público: 40.000
Gols: Overmars ’38; Kanu ’46, ’76;
Davids ’83; van Vossen ’89 (Ajax)
Feyenoord: Van Djik; Refos, Esajas (Gláucio),
Gobbel, Schuiteman; Trustfull, Blinker, Bosz, Witschge; Taument e Henrik
Larsson (Obiku). Téc. Van Hanegem.
Ajax: Grim; Reiziger, Blind, F. de Boer,
Bogarde; Wooter, Reuser (Van den Brom), Davids, Seedorf; Overmars (Van Vossen) e
Kanu. Téc. Louis Van Gaal.
Final do Mundial Interclubes: Ajax 0(4) x 0(3) Grêmio
Estádio Nacional, Tóquio
Árbitro David Elleray (ENG)
Público: 47.129
Pênaltis convertidos: R. de Boer, F. de Boer, Finidi, Blind (Ajax)
e Magno, Gélson e Adílson Batista (Grêmio)
Pênaltis desperdiçados: Kluivert (Ajax) e Dinho e Arce (Grêmio)
Ajax: Van der Sar, Reiziger Blind, F. de Boer, Bogarde; R. de Boer,
Davids, Litmanen (Reuser); FInidi, Kluivert e Overmars (Kanu). Téc. Louis Van
Gaal.
Grêmio: Danrlei; Arce, Rivarola, Adílson, Roger; Dinho, Luiz Carlos
Goiano, Carlos Miguel (Gélson)e Arílson (Luciano); Paulo Nunes e Jardel
(Magno). Téc. Felipão.
Mais um excelente texto. Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirPara mim, melhor que o Barcelona atual.
ResponderExcluirExcelente texto.doído pois sou gremista.mas como amante do futebol admito q era um timaço.
ResponderExcluirAjax tinha um timaço e o Grêmio conseguiu segurar até os pênaltis
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